segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PRÉMIOS EGAS 2016 VOLTAM A PREMIAR O CINEMA DE AVANCA

Na noite de quarta-feira dia 28 de dezembro, 7 cineastas portugueses e um grupo de jovens vão ser distinguidos com os Prémios EGAS 2016 Cinema.
Numa organização do Cine-Clube de Avanca, cineastas que em 2015 viram os seus filmes premiados e na seleção oficial de vários festivais internacionais de cinema que decorreram por todo o mundo. Eles são agora distinguidos nesta segunda edição.
Sendo um prémio que procura recordar, assinalar e distinguir os que, envolvendo a região, foram capazes de ter um sinal “mais” na produção cinematográfica local, é também uma forma de recordar momentos destes filmes.
Esta segunda edição dos Prémios EGAS 2016 irá decorrer no Auditório da Junta de Freguesia de Avanca, Concelho de Estarreja, pelas 21h30.
Os cineastas distinguidos são alunos da Escola Egas Moniz de Avanca, Joaquim Pavão, Juan Meseguer, Luís Diogo, Maria Raquel Atalaia, Miguel Lima, Patrícia Figueiredo e Vasco Vieira.

De entre todos, um destaque especial para os jovens alunos da Escola Egas Moniz de Avanca. Tendo sido os autores do filme "A cadeira", esta obra realizada em animação de “stop-motion” e sobretudo na biblioteca da sua escola, recebeu um prémio no estrangeiro e outro em Portugal.

Também com cinema de animação, Maria Raquel Atalaia viu a sua curta-metragem de animação "A minha casinha" ser várias vezes exibida em festivais no estrangeiro, tendo sido igualmente premiada.
Em desenho animado, o filme de Patrícia Figueiredo "Foi o Fio", esteve na seleção oficial de 28 festivais no estrangeiro, tendo recebido quatro prémios no estrangeiro e cinco em Portugal.

Luís Diogo, que depois de ter visto a sua longa-metragem "Pecado Fatal" ser vista e distinguida em 2014, voltou a ser premiada em 2015 com 3 prémios no estrangeiro e 3 em Portugal.
Também o compositor e realizador Joaquim Pavão viu o seu filme de estreia na ficção "Miragem", receber um prémio no estrangeiro e dois em Portugal.

No documentário, Juan Meseguer, Miguel Lima e Vasco Vieira serão os distinguidos.
Juan Meseguer com "Povo Inventado. Ecos de Cabo Verde", rodado no Mindelo do arquipélago cabo-verdiano, envolvendo Espanha e naturalmente Avanca, viu ser-lhe atribuído um prémio no estrangeiro e três por cá, durante o ano de 2015.
"Luz clara" é um curto documentário de criação sobre um fotografo de bebés, que permitiu aos seus jovens realizadores Miguel Lima e Vasco Vieira obter também um prémio no estrangeiro e três em Portugal.

Todas estas produções, que envolvem o Cine-Clube de Avanca, têm procurado pontos de convergência entre culturas, geografias e a região. O cinema tem sido por isso o mote para aproximar e concretizar projetos, explorações das artes, confrontar e expandir visões humanistas e criativas.
Sem fronteiras e abrangente, a atividade do CCA tem-se estendido sem limitações geográficas, mas mantém no Concelho de Estarreja o seu espaço concretizador e nuclear.
Entre os que aqui trabalham, participam, projetam, coordenam, produzem, divulgam, constituiu-se um espaço crítico a que os Prémios EGAS 2016 Cinema procuram dar visibilidade aos melhores momentos que 2015 nos deixou.

Os Prémios EGAS tomam como patrono o nome da maior figura de Avanca e Prémio Nobel, Prof. Doutor Egas Moniz, na senda do que foi, como empreendedor, viajante e criador.

Com o apoio do IPDJ, este evento conta igualmente com a participação e apoio de entidades como o Município de Estarreja e a Junta de Avanca, para além de empresas locais.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

MARROCOS HOMENAGEIA OS 40 ANOS DE CARREIRA CINEMATOGRÁFICA DO REALIZADOR PORTUGUÊS LUÍS FILIPE ROCHA

O cineasta Luís Filipe Rocha vai ser homenageado pelo 16º Festival Internacional de Cinema de Martil, na cidade de mesmo nome desta bastante popular estância balnear da costa mediterrânica do norte de Marrocos.

Neste evento que irá decorrer entre 16 e 21 do corrente mês de dezembro, com a presença do cineasta português que ali também deverá apresentar o seu último filme “O Cinzento e Negro”(2015), obra filmada nos Açores.

Luís Filipe Rocha, sendo um dos mais destacados cineastas do cinema português, iniciou a sua relação com o cinema no ano da revolução de 1974 e realizou os seus primeiros filmes em 1976.

Comemorando este ano 40 anos de carreira cinematográfica, os seus primeiros filmes foram “Barronhos Quem teve medo do poder popular?” (1976), um documentário que faz a reconstituição de um crime num bairro de lata, e a longa-metragem de ficção “A Fuga” (1976), baseada numa célebre fuga de presos políticos ocorrida no Forte de Peniche.

Nascido em Lisboa em 1947, licenciado em Direito (1971), é na Universidade de Lisboa que experimenta o teatro, tendo sido ator também no filme “O Recado” (1971) de José Fonseca e Costa.
Tendo passado por  Moçambique e Brasil, onde trabalhou com Izaías Almada, seria em Portugal que veio a construir toda a sua carreira.

Em 1980 realiza “Cerromaior”, a adaptação do romance homónimo de Manuel da Fonseca, onde recria o ambiente repressivo do Estado Novo no imenso espaço do Alentejo.
Interessado pela obra de Jorge de Sena, dedica dois anos (1982-1984) à preparação de “Sinais de Vida”, uma viagem pelos temas da obra do autor, nas áreas da poesia, da ficção e do teatro.
Em 1992, em Macau, roda “Amor e Dedinhos de Pé”. Filme  que em 1900 percorre os fabulosos salões da Cidade Cristã, mas também as sórdidas vielas do Bairro Chinês.
Regressa a Jorge de Sena e em 1995 filma “Sinais de Fogo”, uma adaptação da obra original do escritor.
Em 1996 realizou “Adeus, Pai”, o seu maior êxito de bilheteira.
A relação entre pai e filho adolescente é o tema desta película rodada no arquipélago dos Açores.
“Camarate” (2000), foi seu filme de maior impacto junto do público. Tendo por base o processo jurídico relativo ao acidente de aviação que vitimou o primeiro-ministro Sá Carneiro e o ministro da Defesa Amaro da Costa e seus acompanhantes, aquando da campanha presidencial de 1980.
Em 2003, “A Passagem da Noite”, conquistou o prémio de melhor filme nos festivais de Olímpia (Grécia) e Valência (Espanha).
“A Outra Margem” (2006), conta a história de um transformista e de um adolescente com Síndrome de Down. Ambos os protagonistas do filme foram distinguidos com o Prémio Melhor Ator no Festival de Montreal de 2007.

O festival de Cinema de Martil faz parte da “Plataforma dos 3 Continentes” que tem em Portugal a pareceria do Festival Internacional de Cinema AVANCA. António Costa Valente, diretor deste festival irá estar igualmente em Marrocos como membro do Júri internacional deste evento.