quarta-feira, 18 de setembro de 2019

CINEMA DE FICÇÃO DO CINE CLUBE DE AVANCA ENTRE OS AÇORES E O CAZAQUISTÃO

Estando o Festival CURTA AÇORES a comemorar a sua décima edição, dois filmes produzidos em parcerias pelo Cine Clube de Avanca vão estar em competição. Trata-se das curtas metragens de ficção “Carnaval sujo” de José Miguel Moreira e “A Tua Vez” de Cláudio Jordão.

Exibido fora de competição, a longa metragem de Luís Diogo “Pecado fatal” integra a programação de um novo festival que está a marcar a indústria cinematográfica da Ásia.
“Almaty Film Festival” está a decorrer na maior cidade do Cazaquistão, reunindo convidados e filmes de todo o mundo. António Costa Valente do Cine Clube de Avanca integra o júri internacional que é presidido pelo cineasta vencedor de vários oscares Hugh Hudson (“Chariots of Fire”), pela atriz Samal Yeslyamova (Palma de Ouro Melhor Atriz em Cannes 2018), Takeo Hisamatsu (Presidente do Festival de Tóquio) e pela produtora russa Natalya Ivanova.

Entretanto terminou o Festival Internacional de Cinema de Arouca onde a curta metragem de ficção “5 Cigarrilhas” de Passos Zamith ganhou o Prémio de Melhor Argumento.

Também recentemente terminado, no Reino Unido o “Out of the Can Film Festival” viu a atriz Isabel Fernandes Pinto e o compositor Joaquim Pavão serem nomeados respetivamente para melhor atriz e melhor música pelos seus trabalhos no filme “Antes que a noite venha – Falas de Antígona”.
Este filme foi igualmente exibido no evento “Dos Modos Nascem Coisas 2019” de Albergaria-a-Velha.
Joaquim Pavão acaba de ser também nomeado para o prémio de melhor música, com este seu filme, no “5º Open World Toronto Film Festival”, que irá decorrer em novembro próximo no Canadá.

Os filmes “5 Cigarrilhas” de Passos Zamith, “Antes que a noite venha – Falas de Antígona” de Joaquim Pavão, “A Tua Vez” de Cláudio Jordão, “Carnaval sujo” de José Miguel Moreira e “Pecado fatal” de Luís Diogo, marcam uma recente aposta na coprodução de filmes de ficção.

Nestes filmes intervieram várias entidades, nomeadamente o ICA, o IPDJ, Junta de Avanca, Frazão, Paços de Ferreira e os municípios de Castelo Branco, Celorico de Basto, Estarreja, Ovar, Paços de Ferreira e Vila do Conde.


quarta-feira, 11 de setembro de 2019

FILME “PRETU FUNGULI” DISTINGUIDO EM KIEV

O documentário “PRETU FUNGULI” com o artista plástico guineense Nú Barreto, de Costa Valente e Monica Musoni, acaba de ser distinguido com um “Diploma do Júri” no 16º Kinolitopys – Festival Internacional de Cinema Documental de Kiev na Ucrânia, "pela divulgação da vida de pessoas criativas na sociedade".
O festival Kinolitopys decorreu na Casa do Cinema, no centro da capital ucraniana.

PRETU FUNGULI é um filme sobre o encontro da criação artística com as descriminações sociais.
“Funguli” é uma expressão crioula usada de maneira discriminatória. Este termo foi revivido pelo artista visual guineense Nú Barreto, que o transformou num conceito visual.
Sendo de um dos países mais pobres do mundo, Nú Barreto tem hoje uma grande crescente projeção internacional no espaço das artes visuais. O filme acompanha o artista pelo Brasil, Guiné-Bissau, Macau e Paris, onde vive e trabalha. Somos convidados a mergulhar na sua vida e obra, a fim de entender o seu processo criativo e os conflitos em que vive o artista.

Tendo tido a sua estreia no festival de cinema AVANCA 2018, o filme teve imagem de António Osório, A. Valente, Aminata Embalo, a montagem do filme é de Alex Cepile e Monica Musoni que assina igualmente a autoria do documentário.
Exibido recentemente em Cabo Verde e no México, este filme tem sido acompanhado por debates onde a arte e as questões sociais se cruzam fortemente. Com a intervenção dos realizadores, o filme tem sido exibido não só no âmbito de festivais, mas também em universidades e centros de cultura onde o tema do filme tem permitido amplas e preocupadas abordagens.

Nú Barreto nasceu em 1966, em São Domingos, no norte da Guiné-Bissau. Instalou-se em Paris em 1989, onde vive e trabalha atualmente. Interessa-se inicialmente pela fotografia, tendo realizado formação na Ecole de Photografie AEO, em Paris, em 1993. Concluiu os seus estudos na Ecole Nationale des Metiers d’Image, em Paris, em 1996. Artista pluridisciplinar, procura interpelar o espectador através das suas pinturas, fotografias, desenhos e vídeos. Faz da condenação dos atos de opressão do nosso mundo o tema principal da sua obra, denunciando, em particular, a miséria e o sofrimento que atingem o continente africano. Introduz nas suas obras uma linguagem feita de formas, de cores simbólicas e de motivos portadores de forte simbolismo.Tem realizado exposições em França, em Portugal, em Espanha, em Macau e nos Estados Unidos da América. Em 1998, participou na Exposição Universal de Lisboa; em 2013, participou pela segunda vez na exposição L’Art pour la Paix à l’Unesco, em Paris. Tem também integrado exposições coletivas: no Centro Cultural Franco-moçambicano, em Maputo; no Museu Nacional de Belas Artes no rio de Janeiro; na Bienal de Dakar; no Luxemburgo; em Berlim; no Museu Vieira da Silva, em Lisboa.

Este filme foi produzido pela Filmógrafo, Cine-Clube de Avanca, Água Triangular e TonTon Communication (Bélgica), tendo sido apoiado pelo ICA, Ministério da Cultura, entre várias entidades de Portugal, Guiné-Bissau, Brasil e Macau.