quinta-feira, 13 de novembro de 2014

TAIWAN EXIBE CINEMA DE ANIMAÇÃO DE AVANCA

Num acontecimento inédito, o cinema de animação português chega a Taiwan.
A “XIII Festival Internacional de Animação” do “South Taiwan Film Festival” seleccionou um total de 11 filmes de animação portuguesa, todos eles produzidos pelo Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo, ao longo dos últimos 10 anos.

Este festival que decorre no extremo sul da ilha, tem uma forte ligação ás universidades locais, responsáveis pela selecção de várias mostras deste que é um dos maiores festivais do país. O festival decorre até ao próximo dia 16.

A selecção dos filmes portugueses teve a curadoria do Prof. Dr. Yen-Jung Chang da “National University of Taiwan”, que seleccionou as curtas-metragens em exibição.

Os 11 filmes, na sua maioria premiados em diversos festivais internacionais de cinema, reúnem um leque alargado de opções estéticas, narrativas e sociais, integrando alguns dos mais significativos cineastas da animação portuguesa.

Em exibição estará “15 Bilhões de Fatias de (-t)+Deus” de Cláudio Jordão, que foi distinguido na Alemanha e é uma obra experimental que se preocupa com as origens do universo de um modo inesperado.
O cineasta Manuel Matos Barbosa exibe “A ria, a água, o homem...”, que nos transporta para o espaço da Ria de Aveiro pela escrita de Raul Brandão e a voz do ator Joaquim de Almeida.
“Cães Marinheiros” de Joana Toste é uma obra enigmática baseada num conto do poeta Herberto Hélder.
“O Circo” de jovens cineastas da Escola Egas Moniz de Avanca e que se transformou num dos filmes portugueses mais premiados entre festivais que distinguem obras feitas por jovens estudantes.
“Conto do Vento” de Cláudio Jordão e Nelson Martins é o filme produzido integralmente em Portugal com mais prémios de sempre. São 22 distinções que marcam uma história que abre uma brecha sobre tradições do interior e do norte do nosso país.
“Lágrimas de um palhaço” de Cláudio Sá, uma obra que teve grande repercussão no circuito dos festivais de cinema, de um dos mais jovens e produtivos cineastas da animação portuguesa.
“Mulher sombra” de Joana Imaginário, no que será o mais inesperado e questionante filme sobre a mulher.
“Navegar” de Helena Caspurro, Carlos Silva e Pedro Carvalho de Almeida, uma animação musical que se reinventa com os desenhos da infância da cantora Helena Caspurro.
“O Acidente” de André Marques e Carlos Silva, uma animação premiada que acontece entre os telhados da cidade do Porto e uma inesperada participação ao seguro.
“Só” de Nuno Fragata que recentemente serviu de base à tese de doutoramento em cinema de animação pela Universidade de Aveiro, do realizador.
“Timor Loro Sae” de Vítor Lopes, que depois de vários prémios e participações marcantes, é hoje uma obra indissociável da história do cinema de animação português.

Maioritariamente estes filmes foram produzidos no estúdio de cinema de animação do Cine-Clube de Avanca, com o apoio do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual, da RTP e de várias instituições da região à volta de Avanca.


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