A convite do BANJALUKA 2019 - International Animated Film Festival, o cinema de animação produzido em Avanca está em exibição na Bósnia Herzegovina.
Numa retrospetiva do cinema português de animação, o festival exibe 9 filmes que marcam diferentes momentos da criação cinematográfica que tem acontecido em Avanca. Do desenho animado à animação 3D, os filmes foram realizados por 10 realizadores entre 2008 e 2016.
Acompanhando o evento e a convite de Goran Dujaković, diretor do festival, António Costa Valente fará uma contextualização do cinema português de animação e apresentará os filmes de que foi produtor.
O festival de BANJALUKA comemora este ano a sua 12ª edição enquanto evento deste país, mas dá continuidade a outro festival de cinema de animação da ex Jugoslávia. O cinema de animação sempre teve uma forte presença nos países dos Balcãs e esta mostra é a confirmação da grande qualidade do cinema que tem sido produzido em Avanca.
Premiado esta semana num novo festival do Faial, Açores, com o prémio de melhor animação, o filme realizado por Raquel Felgueiras “Sendas” é um dos filmes que será exibido.
Também de realizadoras, serão exibidos os filmes “A Minha Casinha” de Maria Raquel Atalaia e “Foi o Fio” de Patrícia Figueiredo. Ambas as realizadoras têm um percurso entre o cinema de animação e a ilustração.
De Cláudio Jordão será exibido o seu filme “15 Bilhões de Fatias de (-t)+Deus”, obra produzida em tempo de crise e sem qualquer apoio apesar de o seu filme anterior ter sido o mais premiado da animação produzida em Portugal. Esse filme, “Conto do Vento” que realizou com Nelson Martins, também irá ser exibido. Recorde-se que Nelson Martins escreveu o argumento desta obra como resultado de um workshop num dos festivais de cinema AVANCA.
“O Acidente” de André Marques e Carlos Silva trás-nos uma comunicação de um singular acidente à companhia de seguros. Um filme que afirma o desenho e a animação como se o filme não tivesse sido acabado.
“Lágrimas de um Palhaço” é o primeiro filme sem palavras de Cláudio Sá, um dos cineastas mais novo e mais prolifero da animação portuguesa
“Um Gato sem Nome” de Carlos Cruz (que assina como Charlie Blue), é uma adaptação de uma obra da escritora Natércia Rocha e conta com música de Nick Phelps.
Por último o filme “A Ria, a Água, o Homem” de Manuel Matos Barbosa, um cineasta com um longo e significativo percurso no cinema, sobretudo na animação e no documentário.
Este filme é uma adaptação de textos de Raul Brandão e conta com a voz do ator Joaquim de Almeida.
São 9 filmes que demonstram a diversidade e qualidade da animação portuguesa, permitindo abrir janelas e provocar um novo encontro com o cinema que se tem feito em Avanca e Portugal.
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