quarta-feira, 24 de julho de 2024

O 28º FESTIVAL DE CINEMA DE AVANCA ABRE COM UM FILME EM 360º


O cinema português e europeu em evidência entre os 50 filmes em competição.

O 28º AVANCA Festival Internacional de Cinema, inicia-se hoje, dia 24 pelas 21h45 no Auditório Paroquial de Avanca, com a estreia do filme “ALUADO” de Cláudio Jordão.

Este é um filme de animação com duas versões, a que será projetada no grande ecrã e uma outra disponível em 360º e preparada para ser visualizada em óculos VR.

ALUADO é assim o primeiro filme da animação portuguesa a surgir ao mesmo tempo no espaço do grande ecrã e dos 360º.

Realizado por Cláudio Jordão, um dos mais premiados e emblemáticos cineastas da animação portuguesa, que sempre estreou no Festival AVANCA todos os seus filmes, com música de João Paulo Nunes este filme independente acontece “… algures nos confins de um universo imaginado, um astronauta viaja entre luas em busca da sua sanidade ment… algures nos confins de um universo imagin…”.

Marcando ainda a primeira noite competitiva deste festival, que tem agora a sua 28º edição, serão entregues os prémios aos filmes galardoados no ano passado.

O primeiro dia do Festival é também marcado pelo início da Conferência AVANCA | CINEMA, que ao longo de 4 dias reunirá investigadores dos 5 continentes, debatendo temáticas à volta do cinema.


Sob o signo da LIBERDADE, o Festival de Cinema de Avanca terá no dia seguinte o início da MARATONA FILMAR ANIMAR. 

No Auditório Paroquial de Avanca a noite será preenchida pela exibição do filme belga “Amanhã, se tudo correr bem”, uma sensível comédia de Ivan Goldschmidt, antecedido da nova versão da curta metragem de Luís Diogo “Noites de Cinema”, um filme produzido no âmbito de AVEIRO 2024 – Capital Portuguesa da Cultura.

A noite de quinta feira encerra com uma Noite de Terror, comemorando os 20 anos do filme português mais visto de sempre na internet, “A Curva” de David Rebordão, e a apresentação de um novo projeto, liderado por Isabel Pina e Sandra Henriques da “Fábrica do Terror”.

Será ainda tempo para recordar o ator José Neto, que em 2023 fez parte do júri do AVANCA. Será exibido o filme “A Tua Vez”, por ele genialmente protagonizado.

A noite de sexta marca o regresso do cineasta alemão Veit Helmer ao AVANCA com o seu novo filme GONDOLA. Uma obra passada num teleférico na Georgia, onde a paixão acontece entre as idas e as vindas de uma gondola muito especial. Veit Helmer, desde “Tuvalu” é um nome incontornável do novo cinema alemão e o cineasta que mais filmes sem palavras tem realizado. Com um som fantástico, em GONDOLA não é preciso perceber nenhuma palavra para seguir todo o filme.

Novo regresso irá acontecer na sábado pelas 18 horas com a exibição da longa-metragem “O Rei dos Elfos” do cineasta sérvio Goran Radovanovic. Uma obra inesperada de um dos cineastas mais premiados no festival AVANCA. Neste filme, passado no tempo em que a NATO bombardeava Belgrado, um jovem habituado a viver com a mãe e o irmão num arranha-céus do centro da cidade, de repente vê-se a viver num abrigo. Um grande filme anti-guerra, num tempo onde hoje estamos todos divididos por sua culpa.

O sábado é igualmente marcado pela exibição do novo filme de Joaquim Pavão “Cidade da Guitarra”, um longo documentário de cerca de duas horas e meia onde se procura descortinar as políticas culturais que transformaram o nosso país nas últimas décadas e compreender o impacto que estas tiveram e têm no exercício artístico, no tecido cultural e no acesso à fruição do público. 

No domingo de manhã será tempo de cinema acessível e para assistir ao que venha a ser produzido nos workshops do festival. Será também o tempo de saber os premiados da edição 28 do Festival AVANCA.

Organizado pelo Cine Clube de Avanca e pelo Município de Estarreja, o AVANCA tem apoio do ICA / MC, IPDJ, Turismo Centro, Junta de Freguesia de Avanca, Agrupamento Escolar de Estarreja,  Paróquia e das associações de Avanca, contando ainda com o apoio de várias universidades e escolas de ensino superior do país, empresas e outras instituições da região.

segunda-feira, 22 de julho de 2024

POLÍTICAS DO CINEMA E DO AUDIOVISUAL ABREM CONFERÊNCIA AVANCA|CINEMA COM PEDRO BERHAN DA COSTA

Pedro Berhan da Costa, um dos mais influentes e determinados presidentes do ICAM, atual ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual, abre a “15º  AVANCA|CINEMA – Conferência Internacional de Cinema”, com uma comunicação onde irá abordar um dos segmentos que mais podem transformar os contextos do cinema português – as grandes decisões políticas.

Será na quarta-feira dia 24, pelas 17 horas no Espaço Multimeios da Escola Egas Moniz em Avanca, iniciando quatro dias de intensa abordagem, exposição e debate da investigação atual e internacional à volta do cinema. Desde a tecnologia à intervenção da arte, da comunicação e da cinefilia, por Avanca irão passar projetos e investigadores de países de todos os continentes, num encontro sempre anual. 

A Conferência integra o conjunto de acontecimentos que marcam o 28º AVANCA – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia, que terá na noite do mesmo dia 24 o início de todas as competições e o momento de entrega dos prémios do ano anterior.

Pedro Berhan da Costa foi Presidente do ICAM na passagem do novo milénio, dirigindo os desígnios do cinema e do audiovisual português até 2002, tendo sido anteriormente, e durante cinco anos, vice-Presidente do IPACA, o nome anterior do mesmo organismo estatal do cinema.

Nomeado Presidente do ICAM em 1999 pelo então Ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho, Berhan da Costa viria a manter-se no cargo durante o tempo dos sucessivos responsáveis pela pasta da cultura, no caso, José Sasportes, Augusto Santos Silva, Pedro Roseta e finalmente José Amaral Lopes.

Sempre muito frontal e determinado, Pedro Berhan da Costa esteve na abertura ao espaço ibero-americano de apoio às coproduções com estes países de línguas de origem Ibérica, iniciou o apoio à animação de longa-metragem e promoveu um contínuo, crescente e frutuoso encontro com os diversos parceiros e participantes do cinema nacional.

A sua intervenção em Avanca é assim aguardada com grande expectativa. 

Esta comunicação integra-se no propósito do evento, que desde a sua primeira hora tem batalhado com forte empenho, na dinamização do cinema nacional e do cinema da região.

Pedro Berhan da Costa será ainda o Presidente do Júri Internacional de Cinema do 28º Festival AVANCA. 

A conferência AVANCA|CINEMA e o Festival de Cinema 28º AVANCA são uma organização conjunta do Cine Clube de Avanca e do Município de Estarreja, com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, IPDJ, Turismo Centro, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja e diversas entidades da região.

quarta-feira, 10 de julho de 2024

LIBERDADE, LIBERDADE – UMA MARATONA A FILMAR E ANIMAR NO 28ºAVANCA 2024

Entre 24 e 28 do corrente mês de julho, em Avanca, o desafio é uma MARATONA.

Serão dias de filmar ficção, obras experimentais e documentais, será tempo de experimentar todas as técnicas do cinema de animação, do desenho à Inteligência artificial.
O desafio vai para cineastas, atores, animadores, estudantes de cinema e comunicação, todos os cinéfilos, num encontro à volta do ato de filmar ou de animar.

Um espaço de trabalho fílmico onde se desenvolvem novos projetos, onde se filma, se anima, onde se troca e praticam ideias.
Novos filmes em perspetiva, num espaço para iniciar e filmar novos e grandes projetos filmicos.

LIBERDADE, LIBERDADE é o mote da Maratona, relembrando Abril de 74, mas também todas as Liberdades que impulsionam o ato criativo e que abrem portas sobre portas.

A MARATONA será um desafio e uma oportunidade, um debate de ideias e uma experiência profissional e multinacional.
Cineastas premiados serão os tutores dos participantes e das suas equipas, apoiando, com a sua experiência, cada um dos filmes em produção.
Os participantes trazem os teus equipamentos (portátil, câmara…), ou usam os do Festival. Cada um apoia os colegas no que sabe e os cineastas tutores ajudam a organizar todo um plano de trabalhos. Serão eles o apoio imprescindível para se iniciar esta aventura da MARATONA.

Os trabalhos iniciam-se na quarta-feira dia 24 a partir das 14h na Escola Professor Doutor Egas Moniz, no centro de Avanca e, no domingo dia 28, no Auditório Paroquial, também em Avanca, será o momento da apresentação do que se filmou, animou, editou.

Entretanto, um novo filme em rodagem de Joaquim Pavão vai acontecer neste espaço. A ser preparado em Avanca e rodado em Aveiro, será uma das curtas-metragens que marcam o AVEIRO 2024, Capital Portuguesa da Cultura.

A MARATONA será ainda marcada pela presença de cineastas de países tão diversos como os EUA, o Brasil, a China, a Coreia do Sul, para além de uma forte presença de realizadores europeus, da Espanha até à Grécia, para além de Portugal.

Com inscrições abertas, a MARATONA LIBERDADE, LIBERDADE está já a caminho mobilizando um embate de criatividade, de experimentação fílmica, de explosão narrativa e apuro técnico para o Festival AVANCA 2024.

O AVANCA 2024, sendo um encontro e um festival que comemora a 28ª edição a exibir e a apoiar o ato criativo de cineastas de todo o mundo, é uma organização do Cine Clube de Avanca e do Município de Estarreja e conta com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, do IPDJ, Turismo Centro, Junta de Avanca, Agrupamento de Escolas e Paróquia de Avanca, para além de várias entidades locais, nacionais e estrangeiras.


Informações e inscrições em:

http://avanca.com/


quinta-feira, 20 de junho de 2024

"CHAPITEAU DE FILMES" UM LIVRO SOBRE OS FILMES DE AVANCA NA FEIRA DO LIVRO DE AVEIRO

No próximo sábado dia 22, pelas 15 horas, no Espaço do Autor (Mercado José Estevão) da Feira do Livro de Aveiro, António Costa Valente apresenta o livro “CHAPITEAU DE FILMES – os filmes de Avanca em viagem desde 2008”.

Editado pela debatEvolution, "Chapiteau de filmes" é uma obra dedicada ao fascinante percurso dos filmes de curta e longa-metragem produzidos em Avanca, e exibidos por todo o mundo. Este livro oferece uma visão temporal, arrolada ao blogue que o autor tem mantido, sobre a prolífica produção cinematográfica regional, destacando-se como um exemplo notável de como o talento e a criatividade podem florescer longe dos grandes centros urbanos.

Através de uma narrativa noticiosa e detalhada, os leitores são convidados a partir de viagem com os principais filmes nascidos em Avanca, explorando os momentos mais marcantes de cada produção. As apostas e os aplausos nos festivais internacionais, cada página celebra as conquistas e os prémios que sublinham a qualidade e a paixão dos cineastas que marcam a regionalização do cinema português.

"Chapiteau de filmes" não é apenas um tributo ao cinema, mas também uma reflexão sobre a itinerância cultural. Este é “Um livro impresso de forma inclinada, porque assim fica mais perto de também ele partir de viagem”.

Uma obra essencial para cinéfilos e amantes da cultura, que sublinha a importância do cinema regional e o impacto que este pode ter além-fronteiras.

António Costa Valente é dirigente do Cine Clube de Avanca e tem estado ligado à produção de imensos filmes. Dirige o Festival Internacional de Cinema AVANCA que no próximo mês de julho comemora a sua edição nº28. Doutorado em comunicação pela Universidade de Aveiro, onde lecionou durante anos, é agora professor na Universidade do Algarve. 

Esta obra foi publicada com o apoio da Direção Regional da Cultura do Centro e do CIAC – Centro de Investigação em Arte e Comunicação.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

TERÇA-FEIRA, OS FILMES DA REVOLUÇÃO CHEGAM AO TEATRO AVEIRENSE

 Um filme de Aveiro e 3 filmes recentemente restaurados pela Cinemateca Portuguesa marcam a próxima Terça-feira de Cinema no Teatro Aveirense.

A sessão, que se inicia às 21h30, é marcada pela exibição do filme “Derrame” de Manuel Paula Dias e Ernesto Barros.

Sendo um filme rodado nos tempos revolucionários de 1975 e terminado em 1977, integra imagens únicas do funeral do soldado que faleceu no assalto à sede de Aveiro do Partido Comunista Português. 

Em “Derrame” é possível assistir a alguns dos momentos mais revolucionários que a cidade de Aveiro viveu num tempo de mudança e revolução.

Os autores, dois cineastas do chamado “Grupo de Aveiro” que marcaram o cinema não-profissional português nos anos 60 e 70, têm uma significativa obra fílmica com forte presença da sua cidade.

Manuel Paula Dias vai estar a apresentar a sessão.

Tendo sida adiada a estreia da curta metragem “Experimenta Música”, a sessão é completada pela exibição dos 3 filmes que a Cinemateca Portuguesa recentemente restaurou e cuja exibição integra o tema “Cultura e Democracia” de Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura.

As três curtas-metragens históricas são:

“Ano 1º - 1º de Maio” (1975),  uma realização e produção da chamada Unidade de Produção Cinematográfica Nº 1.

Um filme sobre a jornada do 1º de Maio de 1975, num Portugal novo e numa demonstração da organização da força popular e do MFA. A Unidade de Produção Cinematográfica Nº1 foi criada no interior do Instituto Português de Cinema, após o 25 de Abril, com vista à dinamização política tendo sido responsável por um conjunto de curtas metragens de âmbito documental.

“Cravos de Abril” (1976), é uma realização de Ricardo Costa. Um documentário que relata o seu tempo, desde as guerras coloniais, a ditadura de Salazar e, finalmente, o 25 de Abril de 1974, com a sua adesão popular e momentos consequentes, como a prisão dos agentes da polícia política da PIDE, a libertação dos prisioneiros políticos do Forte de Caxias, a chegada de Mário Soares e Álvaro Cunhal do exílio e o primeiro 1º de Maio em Lisboa. 

“Paredes Pintadas da Revolução Portuguesa” (1976), foi realizado pelo cineasta António Campos.

No seguimento da Revolução de 25 de Abril de 1974, as paredes e muros da cidade de Lisboa tornaram-se um meio para celebrar e  transmitir os ideais e palavras de ordem revolucionárias. O texto do pintor António Domingues exalta esta obra iniciada pela Célula dos  Artistas Plásticos do Partido Comunista Português. António Campos é um cineasta vindo do cinema não profissional e cuja obra é hoje especialmente reconhecida e estudada.

Um filme onde as pinturas murais do pós 25 de Abril, colocam o futuro em questão.

A exibição destes filmes são uma curadoria da Plano Obrigatório com o apoio do ICA e Cinemateca Portuguesa do Ministério da Cultura, para além do Município de Aveiro e do Teatro Aveirense.



quarta-feira, 5 de junho de 2024

QUARENTA FILMES DE ANIMAÇÃO DO CINE CLUBE DE AVANCA EM VIAGEM ATÉ ANNECY

São 40 filmes de animação que integram o conjunto de filmes que Paulo D’Alva e a sua equipa vão projetando em viagem numa carrinha até Annecy.

A primeira exibição decorreu esta terça-feira no centro de Avanca, tendo-se seguido projeções em Viseu e Pinhel, estando agora previstas novas exibições em Valladolid, San Sebastian, Bordéus e Lyon.

Nesta itinerância e exibição, vai acontecendo o Festival de Cinema de Animação ANIMA VAM ao ar livro, nas praças das cidades onde a carrinha vai passando.

“Route Annecy”, é um evento 101% movido a cinema de animação Português que percorre vários Países. A iniciativa, que reúne uma seleção de cento e um filmes nacionais, decorre entre 

os dias 3 e 15 de Junho e propõe 1753 quilómetros conduzidos pela ANIMA VAM, uma velha carrinha transformada pela produtora Amarela Mecânica.

De entre os filmes em exibição estarão obras do Artur Correia, o primeiro realizador português a ser premiado no Festival de Annecy.

O filme “O Conto do Vento” de Cláudio Jordão e Nelson Martins, obra finalista do festival de Annecy e uma das obras da animação portuguesa mais premiada no seu tempo, integra igualmente esta seleção de filmes. Também “Zé e o Pinguim” de Francisco Lança esteve na seleção de Annecy e participa agora nesta viagem.

O decano da animação portuguesa, o cineasta Manuel Matos Barbosa tem o seu filme “A ria, a água, o homem…” em exibição e o icónico filme de Vítor Lopes “Timor Loro Sae” está também presente.

De entre os 40 filmes do Cine Clube de Avanca que estão em exibição neste projeto, contam-se obras de cineastas como Ana Raquel Atalaia, André Marques, Carlos Cruz, Carlos Silva, Cláudio Sá, Clídio Nóbio, Fernando Madeira, Graça Gomes, Helena Caspurro, Joana Imaginário, João Oliveira, Moisés Rodrigues, Nuno Fragata, Patrícia Figueiredo,  Pedro Carvalho de Almeida, Raquel Felgueiras, Rui Nelson, Sérgio Nogueira, Xavier Almeida e do próprio Paulo D’Alva, cineasta nascido em Avanca e radicado em Braga.

Ao longo de duas semanas, três exploradores visuais celebram o cinema de animação Português e discutem o seu estado atual. Neste processo, procura-se discutir os ses e os porquês do cinema de animação português, criando em tempo real, durante o percurso, uma curta-metragem de animação sobre o tema. Exibem-se, simultaneamente, filmes portugueses em cada uma das cidades envolvidas, discutindo com o público, a natureza, os limites e as possibilidades das imagens em movimento e as próprias idiossincrasias das cidades participantes, nomeadamente aspetos relacionados com a densidade urbana, a periurbanidade, o isolamento, o transfronteiriço.

Paulo D’Alva, co-autor de Route Annecy, refere que “o principal foco da nossa iniciativa é garantir que a cinematografia de animação Portuguesa encontra espaço e tempo para ser conhecida e debatida em diferentes lugares e com diferentes audiências”.

Num ano em que Portugal é alvo da atenção de um dos maiores festivais de cinema de animação, o Festival de Annecy, provocatoriamente o projeto ROUTE ANNECY exibe cem filmes em espaços públicos e elabora um no caminho. 101 anos de cinema de animação Português, 101 frames no espaço público.

Route Annecy tem apoio do ICA, Ministério da Cultura.



sexta-feira, 24 de maio de 2024

PARTIU ALEXANDRE AMORIM, PROTAGONISTA DO FILME “POR DETRÁS DA MOEDA”

 Alexandre Amorim, um dos mais antigos e carismáticos músicos de rua da cidade do Porto, faleceu na tarde de dia 22, quarta-feira, num banco de jardim da Praça da República.

Tendo sido protagonista da longa-metragem “Por Detrás da Moeda” de Luís Moya, Alex, como era conhecido, foi um dos fundadores dos “Pippermint Twist”, grupo que nos anos 80 partilhou o top de vendas com os “Xutos & Pontapés”.

O filme “Por Detrás da Moeda”, teve a sua estreia no FANTASPORTO 2020, a dias do país encerrar abruptamente. 

Exibido pela primeira vez com uma estrondosa salva de palmas no Rivoli, com o público todo de pé, o filme “Por Detrás da Moeda” de Luís Moya foi o primeiro filme português a ser distinguido com o Prémio do Público do Fantasporto. 

Este filme só viria a chegar às salas de cinema em 2022 com o abrandar das condições impostas pela pandemia.

Produzido pela Filmógrafo e Cine Clube de Avanca, foi igualmente premiado em festivais no Brasil, Botão, EUA, Índia, Itália, México, Reino Unido, para além de Portugal. “Por Detrás da Moeda” teve apoio à produção do ICA, Ministério da Cultura.

Acompanhado da sua guitarra, de voz rouca, Alexandre Amorim passa pelo filme e pela cidade como um vento de liberdade e paixão. O filme conta também com nomes como o cantor Nuno Norte e o baixista Miguel Cerqueira, fundador dos “Trabalhadores do Comércio”. Rodado na cidade do Porto, que se ergue como um grandioso cenário, esta longa metragem é um tributo à cidade do Porto a aos músicos das suas ruas.

Alex, tem no filme de Luís Moya, uma marcante e emotiva presença no ecrã. De sorriso rasgado, humilde, genuíno, cria uma forte relação com os espetadores, despertando empatia e emoção. 

A sinopse do filme anunciava a dureza da vida de músico de rua - “Das ruas para os palcos, da ribalta para as ruas. Almas que buscam alimento, corpos que procuram sustento, mas no final apenas a música sobrevive” ...A memória de Alex viverá sempre neste filme, onde ele continuará livremente a tocar, cantar e sorrir.

https://vimeo.com/695659959

segunda-feira, 6 de maio de 2024

ÚLTIMOS DIAS PARA INSCREVER FILMES NO 28º FESTIVAL DE CINEMA AVANCA

Termina já no dia 18 de maio o prazo para a inscrição de filmes no 28º AVANCA – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia.

Reunindo obras de cinema, audiovisuais e multimédia, este festival reúne anualmente em Avanca, no distrito de Aveiro, personalidades e participantes de mais de quarenta países de todos os continentes. Um espaço de encontro multicultural que este ano irá acontecer a partir do dia 19 de julho e que reunirá todas as competições entre os dias 24 e 28 seguintes.

Em competição vai estar uma seleção de entre os filmes inscritos, escolhidos por um júri de pré-seleção, constituída por obras de longa e curta metragem no espaço da ficção, animação, documentário e experimental.

O AVANCA é um festival que assume um olhar generalista e global para a mais recente produção mundial do cinema e dos audiovisuais, inédita em Portugal, atribuindo ainda um prémio para obras que no AVANCA façam a sua Estreia Mundial.

Um festival aberto às séries de televisão e com um espaço para os filmes de realidade virtual a 360º.

Atribuindo prémio a jovens realizadores com menos de 30 anos, o AVANCA é o único festival que igualmente premeia realizadores seniores, com mais de 60 anos.

Sendo um dos poucos festivais no mundo reconhecidos pela Federação Internacional de Cineclubes para a atribuição dos seus Prémios D. Quixote, o Avanca é igualmente um dos festivais onde a Academia Portuguesa de Cinema reconhece curtas metragens para a nomeação aos Prémios SOPHIA.

Paralelamente à competição internacional, o AVANCA é a janela prioritária para a exibição dos melhores filmes portugueses produzidos na região.

A inscrição de novos filmes pode ser feita no site do festival em: https://avanca.com/

O Festival AVANCA é uma organização do Cine Clube de Avanca com o Município de Estarreja, tendo o apoio do ICA / Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Turismo Centro, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

RUI SIMÕES NO TEATRO AVEIRENSE PARA A ANTESTREIA DE “PRIMEIRA OBRA” NAS TERÇAS DE CINEMA

Rui Simões, que acaba de ser confirmado como o homenageado nos Prémios SOPHIA 2024 da Academia Portuguesa de Cinema, estará esta terça-feira 16 de abril, no Teatro Aveirense pelas 21h30, para apresentar em antestreia o seu novo filme “Primeira Obra”.

“Primeira Obra” é um filme de ficção, mas também é autobiográfico, tendo como ponto de partida um dos primeiros documentários de Rui Simões, “Bom Povo Português”, que em 1980 marcou o cinema português como uma das mais brilhantes e lúcidas abordagens ao Portugal da revolução de abril. 

No filme, há um jovem investigador lusodescendente, Michel, que chega a Portugal para pesquisar a revolução por cumprir. Traçando paralelismos com a contemporaneidade, mapeia as formas em que o filme BOM POVO PORTUGUÊS reflete o país inserido na Europa. Em conversa com Simão, histórico cineasta, Michel procura respostas para o seu filme. Ao conhecer Susy, ativista do ambiente, percebe que o amor é o caminho. Como sempre, a vida e o cinema misturam-se.

A partir de um argumento de Sabrina D. Marques de uma ideia de Rui Simões, o filme é protagonizado por Zé Bernardino, Ulé Baldé, António Fonseca, contando também com a participação de Joana Brandão, Maty Galey, Beatriz Gaspar, Jean-Marie Galey e Alice Barros Simões.

Com participação especial surgem igualmente Dalila Carmo, Manuel João Vieira, Miguel Seabra, Manuel Mozos, Adriana Queiroz, Isabel Ruth, Olga Roriz e Filipa Mayer.


Rui Simões deixou o país  em 1966, evitando o serviço militar e a mobilização para a guerra colonial, fixando-se em Paris e depois em Bruxelas. Nos anos 70 estudou realização de cinema e televisão do IAD (Institut des Arts de Diffusion em Bruxelas), regressando a Portugal depois da Revolução dos Cravos. Trabalhou com António da Cunha Telles, vindo mais tarde a fundar a RealFicção. Tendo ensinado no Núcleo de Cineastas Independentes, na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Independente, lecionou igualmente nos Estados Unidos, nas universidades de Harvard, Cornell e Berkeley. Autor de uma extensa filmografia militante e de intervenção social e política, os seus  documentários, nomeadamente “Deus, Pátria, Autoridade” (76), marcaram o cinema português sobre os tempos que justificaram abril.

Antecede o filme a curta-metragem TRINOU do jovem realizador tunisino Nejib Kthiri. Uma narrativa surpreendente que foi distinguida com Menção Especial Melhor Ator no Festival AVANCA 2023.

No ano de AVEIRO 2024 Capital Portuguesa da Cultura, as curtas metragens em exibição nas Terças de Cinema são obras que passaram por este festival de cinema que este ano comemora em julho a sua 28ª edição.

Esta sessão de cinema será igualmente exibida em antestreia na quinta-feira dia 18 pelas 21h30 no Cine Teatro de Estarreja na rubrica Quintas de Cinema.

Ambas as sessões são apoiadas pelo ICA do Ministério da Cultura e são uma organização conjunta envolvendo os teatros, os municípios e as associações Plano Obrigatório e Cine Clube de Avanca.

sexta-feira, 8 de março de 2024

PRIMEIRO FILME PRODUZIDO NO ÂMBITO DO AVEIRO 2024 ESTREIA TERÇA-FEIRA NO TEATRO AVEIRENSE

Rui Machado, da direção da CINEMATECA PORTUGUESA, apresentará na mesma noite filmes de Vasco Branco e António Campos 

O Teatro Aveirense, que foi também o local de parte das filmagens, exibe pelas 21h30 do próximo dia 12, a estreia do filme “Noites de Cinema” de Luís Diogo e dois clássicos do cinema português, igualmente rodados em Aveiro.

Inaugurando um Ciclo de Cinema que atravessa todos os trimestres do ano, a AVEIRO – Capital Portuguesa da Cultura 2024, estreia na próxima terça-feira o primeiro de 4 filmes que marcam a produção cinematográfica do evento. Serão curtas metragens dirigidas por cineastas portugueses e produzidas pela Plano Obrigatória, a associação que reúne os produtores de cinema da região e que habitualmente programa as terças-feiras de cinema do Teatro Aveirense.

Com a presença do realizador, atores e da equipa da Plano Obrigatório, o novo filme “Noites de Cinema” tem argumento de Danilo Nascimento, com base numa ideia original de Martina Madejova que, da Eslováquia, participa neste projeto.

Protagonizado por Susie Filipe e Ivo Prata, atores de Aveiro, conta ainda com Anabela Branco de Oliveira, também aveirense, numa participação especial. 

No filme, as noites de cinema do velho cineteatro juntam Jorge, Maria e um pedaço de bolo de chocolate. Tudo acontece por ali, na sala de cinema, onde se exibe cinema francês.

Com música de Fernando Augusto Rocha, imagem de Pedro Farate, som de Álvaro Melo, montagem de Luís Diogo, o filme contou com uma equipa de produção afeta a vários organismos da cidade.

Iniciado num contexto de um projeto académico de Luís Alves e depois de Danilo Nascimento, num tempo de discussão da cidade pelos Amigos d’Avenida, o filme “Noites de Cinema” teve um percurso longo e uma concretização muito rápida, sobretudo pelo apoio fundamental das equipas do Teatro Aveirense e do IPDJ de Aveiro.

Completando a noite cinematográfica, “A Tremonha de Cristal” (1993) de António Campos e “Gente Trigueira” (1967) de Vasco Branco, foram as obras escolhidas para assinalar o foco em Cultura e Identidade que marcam os primeiros três meses do AVEIRO 2024.

Rui Machado, vice diretor da Cinemateca Portuguesa estará presente e fará a apresentação dos filmes e desta parceria que vai permitir trazer à cidade obras recentemente digitalizadas pela Cinemateca.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

JEANNE WALTZ NA ANTESTREIA DO FILME “O VENTO ASSOBIANDO NAS GRUAS” NO AVEIRO 2024 CAPITAL PORTUGUESA DA CULTURA

No Teatro Aveirense, na próxima terça-feira dia 27 de fevereiro, o filme O VENTO ASSOBIANDO NAS GRUAS vai ter uma exibição especial pelas 21h30, com a presença da realizadora Jeanne Waltz.

Antecedendo o momento do filme, a realizadora  Jeanne Waltz participará numa mesa redonda, também no Teatro Aveirense, pelas 18h15, moderada pela Profa. Doutora Eugénia Pereira, do Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro.

O filme é baseado no romance com que Lídia Jorge ganhou o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.

O VENTO ASSOBIANDO NAS GRUAS é uma obra que acontece no Algarve, nos finais dos anos 90. Após a morte da avó, Milene – uma jovem forte e cheia de vida apesar de uma ligeira deficiência mental – divide a sua vida entre a sua família de notáveis e uma família cabo-verdiana, que vive numa antiga fábrica e que conheceu quando a sua avó morreu. O vento que assobia nos gruas mergulha-nos no mundo de duas famílias, tendo como pano de fundo o passado recente de Portugal. 

O VENTO ASSOBIANDO NAS GRUAS é um filme e um livro ancorados sobre dois mundos - um mundo contemporâneo, envolvido com a transformação acelerada da Terra, movido pelo instinto selvagem de futuro, e um outro mais antigo, onde a história de uma velha fábrica se cruza com a sorte de uma família numerosa, recém-chegada de África.

A atriz Rita Cabaço interpreta a figura de Milene Leandro, a rapariga singular, para quem tudo nasce pela primeira vez, e que, na simplicidade do seu juízo, acabará por obrigar os outros à revelação de si mesmos.

No filme, participam igualmente os atores Milton Lopes, Maria Fortes, Beatriz Batarda, João Lagarto, Carla Maciel, Cucha Carvalheiro e Ana Zanatti, entre outros.

Jeanne Waltz  nasceu em 1962 em Basileia, Suíça. Entre 1981-88 estudou japonês e dirigiu um cinema em Berlim. Desde 1989 vive e trabalha em Portugal, tendo realizado anteriormente Daqui p'ra alegria (2004) e Nada Meiga (2007). Como argumentista, escreveu obras cinematográficas de José Álvaro Morais, Joaquim Pinto, Manuel Mozos, Paulo Rocha e Solveig Nordlund.

A exibição do filme será precedida da projeção da curta-metragem de animação O ANTIQUÁRIO do decano do cinema de animação português Manuel Matos Barbosa. Este filme teve a sua estreia no Festival de Cinema de AVANCA.

O VENTO ASSOBIANDO NAS GRUAS é uma produção da CRIM com o apoio, entre outros, do ICA, Ministério da Cultura e Eurimages.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

ANTESTREIA DO FILME “FAMILLE FC” NO AVEIRO 2024 CAPITAL PORTUGUESA DA CULTURA

No Teatro Aveirense, na próxima terça-feira dia 20 de fevereiro, o filme FAMILLE FC vai ter uma exibição especial pelas 21h30, com a presença do realizador.

Dirigido pelo cineasta André Valentim Almeida, natural de Aveiro e professor na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, este seu filme é uma incrível viagem pelas equipas portuguesas de futebol implantadas à volta de Paris.

André fez esta viagem acompanhado pelo também cineasta José Vieira, que foi pioneiro no retrato da emigração portuguesa que fugiu "a salto" para França, nos anos 1960/70.

A França tem mais de 200 clubes de futebol de origem portuguesa nas suas ligas amadoras. FAMILLE FC é um Atlas feito a partir de vinhetas de alguns desses clubes que vai revelando gradativamente aspetos de suas origens; movimentos de subida e descida; a topografia onde se desenvolvem; alegrias e contratempos, amizades e rivalidades; a relação com o país que ficou para trás e com o país anfitrião; relações intergeracionais e o papel das mulheres; associações de trabalho e migrantes; e a inexplicável teimosia de ser português. Porque o futebol não é uma questão de vida ou morte: muito mais importante que isso.

Tendo estreado no DOCLISBOA e sido exibido no AVANCA, este documentário de 84 minutos revela personagens e situações, muitas vezes cómicas, onde o futebol é um fantástico ponto de encontro das comunidades portuguesas em França.

Premiado em Itália, Bulgária, Butão, Índia, Tailândia e Tanzânia, o documentário tem estado em exibição na seleção oficial de diversos festivais de cinema, especialmente em países da Europa e da Ásia. Entre as distinções recebidas, contam-se vários prémios para melhor documentário, mas também para melhor realizador e editor.

André Valentim Almeida estudou na Universidade de Aveiro onde também lecionou, assim como na Universidade do Porto.

André fez parte do primeiro programa de documentário colaborativo de um ano no UnionDocs (Brooklyn, EUA), onde se tornou Diretor do Estúdio Colaborativo por um ano. André tem dinamizado masterclasses e workshops de realização cinematográfica e documentário interativo, nomeadamente no Doclisboa, FIDBA e TEDx Aveiro. Foi membro da direção da APORDOC, Associação Portuguesa de Documentário.

O filme “A Campanha do Creoula” de 2013 foi distinguido com o Prémio do Doc Alliance que lhe foi entregue no decorrer do Festival de Cannes em 2014.

Os seus filmes têm sido sobretudo documentários de longa-metragem, como “Dia 32” (2017) e “De Nova York com Amor” (2012).

FAMILLE FC é uma produção da Filmógrafo e do Cine Clube de Avanca, com o apoio do ICA do Ministério da Cultura.

sábado, 13 de janeiro de 2024

FILME “JÁ NADA SEI” DE LUÍS DIOGO, DEPOIS DOS CINEMAS, EM EXIBIÇÃO NO TVCINE

O filme JÁ NADA SEI, de Luís Diogo, depois de percorrer as salas de cinema do país, entra no novo ano com exibição nos canais TVCine. A estreia irá acontecer na sexta-feira dia 2 de fevereiro pelas 21h45 no canal cabo TVCine Emotion, seguindo-se posteriormente a exibição noutros canais do grupo TVCine. O filme estará igualmente disponível no TVCine+, um serviço on-demand, que permite ver o filme quando e onde se quiser

No filme, Ricardo e Ana são namorados há 18 anos. Como exemplo de uma relação estável, são escolhidos para participar num documentário sobre o amor. Mas, para surpresa de todos, parece que cada um tem uma forma muito própria de avaliar o seu relacionamento.

Protagonizado por Duarte Miguel, Ana Aleixo Lopes e Susie Filipe, tem igualmente a participação, entre outros, de Eric da Silva e Rui Oliveira, atores habituais nos filmes de Luís Diogo.

Recentemente este filme foi distinguido em Milão, Itália nos Milan Gold Awards e nos Art Film Awards da Macedónia do Norte, numa organização de uma universidade local.

Anteriormente, JÁ NADA SEI tinha sido distinguido com 15 prémios, dos quais dois prémios como melhor filme do festival. Entre as várias distinções estão quatro prémios de Melhor Filme Estrangeiro em festivais norte americanos, além de prémios de Melhor Atriz, Melhor Ator, Melhor Realizador, Melhor Fotografia e Melhor Edição, em mais de 30 festivais. Os prémios vieram dos EUA, Rússia, Índia, Nigéria, Espanha, Singapura, para além da Macedónia do Norte e Itália

Oliveira de Azeméis, desde o Parque de La Salette ao centro da cidade, foi o principal local onde o filme foi rodado, contando ainda com imagens filmadas em Santo Tirso.

Esta é a terceira longa-metragem de Luís Diogo, depois de PECADO FATAL e UMA VIDA SUBLIME. Luís Diogo é também autor dos argumentos originais de A BOMBA, de Leonel Vieira, e GELO de Luís e Gonçalo Galvão Teles.

Com música de Fernando Augusto Rocha, fotografia de Pedro Farate, som de Álvaro Melo, o filme foi produzido por António Costa Valente e Luís Diogo que é também o autor da montagem e do argumento original.

Produzido em conjunto pelo Cine Clube de Avanca e Filmógrafo, o filme contou com o apoio do Município de Oliveira de Azeméis, mas igualmente com os apoios do Município de Santo Tirso e do Avanca Film Fund.


Link do filme nos canais TVCine:

https://tvcine.pt/filmes-e-series/ja-nada-sei


quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

OS PRIMEIROS FILMES DE “AVEIRO 2024 – CAPITAL PORTUGUESA DA CULTURA” SÃO DE JOAQUIM PAVÃO

Os primeiros filmes a serem exibidos no âmbito de “AVEIRO 2024 – Capital Portuguesa da Cultura” são do realizador Joaquim Pavão e serão projetados no Teatro Aveirense.  

Será na próxima terça-feira dia 9 de janeiro, pelas 18:30 e 21:30 que 2 longas metragens marcarão o ecrã deste evento, numa aposta no cinema nacional e nos seus novos autores.

O filme SONHOS terá a sua antestreia ao fim da tarde e o filme concerto DENTRE 3.28 será exibido à noite, em concerto.

O cineasta Joaquim Pavão, sendo compositor de um assinalável número de filmes, quase todos produzidos pelo Cine Clube de Avanca, é igualmente um exímio guitarrista. Estará no palco do Teatro Aveirense, acompanhado por Xavier Marques e pela atriz Isabel Fernandes Pinto, numa nova performance e versão do projeto DENTRE 3.28.

Com uma primeira exibição no festival de cinema AVANCA, onde ganhou o Prémio Competição Avanca Longa-metragem, SONHOS têm estado em exibição por festivais dos cinco continentes, tendo sido distinguido no Brasil, Bulgária, Índia, Itália, Macedónia do Norte, México, São Tomé e Príncipe, Singapura, Tailândia e Ucrânia.

No início do ano, o filme SONHOS, teve estreia comercial na Austrália, nomeadamente num dos mais modernos complexos cinematográficos no centro de Sydney.

O filme junta 50 atores numa quase permanente noite, onde os esplendorosos figurinos da malograda Tuxa Martins, acompanham a fotografia de José Oliveira, o som de Xavier Marques e a música de Óscar Flecha.

Com argumento de Isabel Fernandes Pinto, SONHOS é uma narrativa distópica num contexto de luta pela sobrevivência humana no planeta Terra, onde o livre arbítrio da maioria dos seres humanos é substituído pela “vontade correta” instituída por um pequeno grupo e comunicada a cada indivíduo por uma voz gerada num sistema algorítmico.

O filme foi rodado em torno das esculturas do Museu Internacional de Escultura Contemporânea – MIEC de Santo Tirso, tendo igualmente sido filmado na Ria de Aveiro.

O filme SONHOS deverá estrear proximamente nas salas de cinema por todo o país.

O filme-concerto DENTRE 3.28, junta no palco o realizador, a assumir o papel de músico, conjuntamente com a atriz Isabel Fernandes Pinto e Xavier Marques.

O filme aborda a violência enquanto desconstrução ética da mentira, forçando as bases de um sistema opressor.

Diz a produção que DENTRE põe em confronto a banalização da violência com algumas feridas abertas e reais. Estar sem habitar. Como se pudéssemos atravessar a vida incólumes. Como normalizamos o sofrimento do outro?

Aparentemente, as personagens parecem sair de um quotidiano, vivendo lugares-comuns, mas onde a subversão parece resultar desta inesperada farsa. Um filme que é uma busca incessante por um olhar insólito, um olhar de cinema duro e fascinante. 

Ambos os filmes têm a marca da exploração estética que Joaquim Pavão tem vincado na sua obra fílmica, onde o som e a imagem têm uma notável presença e uma relevância rara. 

O filme concerto DENTRE e a antestreia SONHOS, estão ambos classificados como M/16, têm curadoria da Plano Obrigatório e os bilhetes podem já ser reservados na bilheteira do Teatro Aveirense.



terça-feira, 2 de janeiro de 2024

O FILME “A ESPUMA E O LEÃO” ULTRAPASSA OS 70 PRÉMIOS INTERNACIONAIS


O Filme de  animação “A Espuma e o leão” de Cláudio Jordão, produzido pelo Cine Clube de Avanca, Filmógrafo e Kotostudios, acaba de ultrapassar, na Suécia, os 70 prémios.

Estreado no 26º AVANCA Festival de Cinema, o filme tem percorrido festivais de todo o mundo e foi sendo premiado em países de vários continentes.

Na Suécia “A Espuma e o Leão” acaba de ganhar o Prémio para o Melhor Filme de Animação atribuído pela Swedish Academy of Motion Picture Awards.

Anteriormente, “A Espuma e o Leão” foi distinguido em diversos outros festivais europeus, nomeadamente na Alemanha, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália, Macedónia do Norte, Malta, Reino Unido, para além de Portugal.

Na Ásia o filme foi premiado na China, Índia, Japão, Singapura, Tailândia e Taiwan.

Na África foi distinguido na Tanzânia e na América foi premiado na Bolívia, Cuba, EUA e México.

Dos 71 prémios que o filme recolheu até ao final do ano, 24 prémios foram atribuídos como Melhor Filme de Animação, tendo sido recebidos igualmente distinções para melhor argumento, ideia original, realização e efeitos especiais (atribuídos a Cláudio Jordão), melhor produtor (António Costa Valente), melhor música (João Paulo Nunes), melhor voz do filme para a atriz Dalila Carmo, para além de ter sido igualmente premiado como melhor filme português, melhor filme poético, melhor filme de fantasia, entre diversas menções honrosas.

O filme transporta-nos até ao dia 6 de julho de 1808, quando um pequeno barco, um caíque de nome "Bom Sucesso", partiu de Olhão com 18 bravos pescadores da cidade.

Destemidos, rumaram ao Rio de Janeiro no Brasil, levando consigo a boa notícia à Corte Portuguesa, aí radicada, de que o nosso país estava finalmente livre das tropas inimigas de Napoleão.

Mas no meio de uma grande tempestade, os homens perdem o rumo e a fé. O caíque “Bom Sucesso” entra num reino encantado, onde uma fantástica Criatura Marinha se apaixona por ele e tenta salvá-lo de um tenebroso Monstro ao serviço do inimigo.

“A Espuma e o Leão” é um filme que Cláudio Jordão procurava realizar à vários anos, a partir da coleção de azulejos que, na sua cidade de Olhão, contam a história desta viagem.

O filme realizado com tecnologia de animação 3D e 2D, homenageiam igualmente os azulejos, animando a sua quadricula e incorporando-os no filme.

O filme continua em exibição por outros festivais internacionais e prepara-se para chegar brevemente aos cinemas de todo o país, acompanhando a longa-metragem “Sonhos” do realizador Joaquim Pavão.

O filme não foi ainda exibido no Brasil.

O filme teve apoio do ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual do Ministério da Cultura e do Município de Olhão.