quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

PRÉMIOS EGAS 2015 PREMEIAM O CINEMA DE AVANCA

Na noite de terça-feira dia 29 de dezembro, 14 cineastas portugueses vão ser distinguidos com os Prémios EGAS 2015 Cinema.
Numa organização do Cine-Clube de Avanca, cineastas que em 2014 viram os seus filmes na seleção oficial de mais de cinco festivais internacionais de cinema que decorreram no estrangeiro, são agora distinguidos nesta primeira edição. Este é um prémio que procura recordar, assinalar e distinguir os que, envolvendo a região, foram capazes de ter um sinal “mais” na produção cinematográfica local.
A primeira edição dos Prémios EGAS 2015 irá decorrer no Auditório da Junta de Freguesia de Avanca, Concelho de Estarreja.
Os cineastas distinguidos são Artur Correia, Bernardo Cabral, Carlos Silva, Cláudio Sá, Helena Caspurro, João Costa, José Miguel Moreira, Luís Diogo, Luís Oliveira Santos, Marco Miranda, Maria Raquel Atalaia, Nuno Fragata, Patrícia Figueiredo e Pedro Carvalho de Almeida.
De entre todos, um destaque especial para o decano do cinema de animação português Artur Correia, cujo último filme “A Nau Catrineta” foi objeto de variadíssimas exibições. Nascido em 1932, Artur Correia foi o primeiro cineasta português premiado em Annecy, considerado como o maior evento do cinema de animação mundial.
Também com cinema de animação, cineastas como Claúdio Sá e o seu filme “Lágrimas de um palhaço”, Carlos Silva, Helena Caspurro e Pedro Carvalho de Almeida com “Navegar” e “Palui”, Maria Raquel Atalaia com “A minha casinha”, Nuno Fragata com “Só” e Patrícia Figueiredo com “Foi o fio.”, viram os seus filmes nomeados em competições de todo o mundo.
Luís Diogo com “Pecado fatal” foi o filme português de longa-metragem de ficção mais premiado no estrangeiro na história do cinema português em 2014, integrando a lista do TOP 10 do cinema lusófono.
Na ficção, serão ainda distinguidos os cineastas Bernardo Cabral autor de “50 pesos argentinos”, João Costa com “X & Y”, José Miguel Moreira com “Falha do sistema” e Marco Miranda com “Prescrição”.
No documentário, Luís Oliveira Santos será distinguido pela sua obra “A luz da terra antiga”.
Procurando pontos de convergência entre culturas, geografias e a região, no Cine-Clube de Avanca o cinema tem sido o mote para aproximar e concretizar projetos, explorações das artes e confrontar visões humanistas sem fronteiras.
Na demanda da abrangência, a sua atividade estende-se pelo país mas mantém no Concelho de Estarreja o seu nódulo concretizador.
Entre os que aqui trabalham, participam, projetam, coordenam, produzem, divulgam, constituiu-se um espaço crítico a que os Prémios EGAS 2015 Cinema procuram dar visibilidade aos melhores momentos que 2014 nos deixou.
Os Prémios EGAS tomam como patrono o nome da maior figura de Avanca e Prémio Nobel, Prof. Doutor Egas Moniz, na senda do que foi, como empreendedor e criador.

Com o apoio do IPDJ, este evento conta igualmente com a participação e apoio de várias entidades e empresas locais.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O CINEMA DOLCE VITA DE OVAR CELEBRA O DIA DA CURTA-METRAGEM

Segunda-feira dia 21 de dezembro, em Ovar comemora-se o DIA da CURTA-METRAGEM com uma maratona de exibições contínuas de cinema de animação para todas as idades.

O Dia da Curta-Metragem foi criado em França em 2011. A data escolhida corresponde ao dia mais curto do ano, conhecido pelo solístico de Inverno. Neste dia o objetivo é celebrar a curta–metragem. São vários os festivais de cinema e os países que aderem organizando iniciativas de comemoração, estima-se que o evento seja celebrado em mais de 50 países.

O Cinema Dolce Vita de Ovar em parceria com o Festival de Avanca, um dos festivais que pertence à Euroshorts, uma rede europeia de festivais de cinema que nos últimos anos tem celebrado a data com exibições especiais um pouco por toda a Europa, decidiu assinalar a data com exibições únicas.

No dia 21 desde as 10h15 até às 22h15, com sessões de 30 em 30 minutos e com o preço especial de 20 cêntimos, todo o público está convidado a fazer parte da celebração.

Serão exibidas duas curtas-metragens de animação portuguesas.
“Zé e o Pinguim” realizado por Francisco Lança, conta a história do Zé uma criança que vive atormentada pelas contínuas discussões dos pais, tendo como único amigo um pinguim de peluche que ganha vida quando estão sozinhos.
Sendo um verdadeiro filme de aventura numa inesperada feira popular, foi um dos filmes portugueses com mais exibições internacionais em festivais dos 5 continentes. Esta obra contou com a música do Maestro António Vitorino d'Almeida e teve a sua estreia no festival de cinema AVANCA 2003, onde foi distinguido.

A acompanhar teremos o filme “Um gato sem nome” de Carlos Cruz, que nos conta a história da Menina Cláudia que, na véspera do seu aniversário, formula um desejo: gostava de ser mosca para poder ouvir as conversas da sua família e assim saber quais os presentes que lhe vão dar.
Baseado no livro infantil "Um Gato sem Nome" de Natércia Rocha, com música do compositor americano Nik Phelps, este filme foi finalista dos prémios “16th Shanghai TV Festival – China”, Prémio Animação no “CUBANIMA – Festival Int.l de animación para los ninez y la adolescencia – Cuba”, Menção Honrosa do “Festival Prix Jeunesse Iberoamericano – Brasil” e teve estreia no Festival de Cinema AVANCA 2009, onde foi distinguido.

Ambos os filmes foram produzidos pelo Cine-Clube de Avanca e com a participação da RTP e do ICA/Ministério da Cultura.

Assim, em Ovar, celebramos o dia da curta-metragem com obras marcantes do cinema de animação e com um preço bem especial!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

FESTIVAL DE CINEMA DE AVANCA NO EUROSHORTS NA BULGÁRIA

“Killies” será o representante português no Euroshorts Album

O Festival de Cinema AVANCA 2016, integrando o Euroshorts, vai estar presente no “IN The Palace Sofia International Short Film Festival” que decorre entre 9 e 13 de dezembro na Bulgária.

O AVANCA 2016 é um dos festivais parceiros do Euroshorts, uma rede europeia de 9 festivais de cinema voltados para a curta-metragem, da qual fazem parte também os seguintes festivais: In The Palace International Short Film Festival (Bulgária), Filmhafizasi (Turquia), Tabor Film Festival (Croácia), Glasgow Short Film Festival (Reino Unido), Sedicicorto (Itália), BuSho Film Festival (Hungria), Reus European Short Film Festival (Espanha) e Wiz-Art - Lviv International Short Film Festival Wiz-Art (Ucrânia).

A rede Euroshorts estará presente no mercado de filmes, apresentando os 9 festivais pertencente à rede assim como as 8 curtas-metragens através do seu álbum Euroshorts.

O filme “Killies” realizado por David Rebordão e coproduzido pelo Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo, será o representante português presente nesta seleção de curtas europeias.
“Killies” fala de um novo conceito de entretenimento ultra-violento. Um plano bem engendrado que contém todos os ingredientes para se tornar num banho de sangue, transmitido em "livestream", para que todos possam assistir. Um filme que promete chocar e que terrivelmente parece muito atual.

O álbum conta ainda com os filmes: ARTUN de Gudmundur Arnar (Islândia), DIRECTED BY TWEEDIE de Duncan Cowles (Reino Unido), GETTING FAT IN A HEALTHY WAY de Kevork Aslanyan (Bulgária), ICE CREAM de Serhat Karaaslan (Turquia), MOM’S CALLING de Deyan Bararev (Bulgária), STY de Árpád Hermán (Hungria) e THE RUNNER de Peter Cerovšek, Nataša Čiča, Toma Zidić (Eslovénia, Croácia).

Além da participação no mercado de filmes, o festival AVANCA 2016 estará representado por Rita Capucho num júri do festival “In the Palace”.

O AVANCA 2016, que irá decorrer na última semana de julho, comemorará nesse ano a sua edição número 20. Sendo uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja, tem tido o apoio do ICA/Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Região de Aveiro, FCT, Junta de Freguesia, Paróquia e Escola Egas Moniz de Avanca, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

“PECADO FATAL” E “MIRAGEM” EM CONCERTO NAS NOITES DO CINECÔA 2015

Os filmes “Pecado Fatal” e “Miragem”, ambos co-produzidos pelo Cine-Clube de Avanca e Filmógrafo, vão estar não só em exibição no CINECÔA 2015, como serão o mote para os cine-concertos das noites deste 5º Festival Internacional de Cinema de Vila Nova de Foz Côa.
Este festival, que este ano homenageia o produtor de cinema Tino Navarro, responsável por alguns dos maiores sucessos do cinema português, decorre entre 20 e 22 de novembro no Grande Auditório desta cidade “Património da Humanidade”.

“Pecado Fatal” de Luís Diogo, que acaba de receber o seu 10º prémio no Brasil, distinguindo o trabalho da atriz Sara Barros Leitão, será exibido na noite de sábado dia 21.
Após a exibição do filme, subirá ao palco Daniela Galbin com a sua banda para um concerto pela noite dentro.

Daniela Galbin, sendo cantora e autora portuguesa a viver e a atuar em Londres, viu o seu último trabalho integrar a banda sonora do filme “Pecado Fatal”. Para esta obra cinematográfica, Daniela recebeu uma nomeação para a melhor canção original com “Unforgettable” nos Prémios SOPHIA 2015.
As suas canções receberam ainda uma “Menção de Melhor Contributo Técnico-Artístico” na competição de melhor longa-metragem europeia do “Overlook 2014¬5th CinemAvvenire Film Festival” que decorreu em Roma (Itália).
Daniela é igualmente atriz e interpreta o papel de “Sara” em “Pecado Fatal”. Daniela Galbin lançou anteriormente dois álbuns: “Back to Simple” e “Between the Covers”, trabalhando agora no seu terceiro álbum, procurando intensificar as suas letras fortes, maduras e sempre um som novo.

No domingo dia 22, a noite de encerramento do festival será marcado com um cine-concerto pelo compositor, guitarrista e cineasta Joaquim Pavão. A partir do seu último filme “Miragem”, as imagens e os sons irão invadir o palco do Grande Auditório de Foz Côa.
Joaquim Pavão constrói o seu cine-concerto à volta de um conjunto de filmes onde anteriormente teve intervenção. Serão exibidos os filmes “A Sesta” da coreografa Olga Roriz, excertos de “Onde o Céu é a terra que pisamos” com Isabel Fernandes Pinto, “Tropisme” com Pierre Hebert, excertos de “Es.Col.A” e finalmente “Miragem”.
“Miragem” é um filme premiado que intervém fortemente no seu universo familiar.
Para além de cineasta, como compositor, Joaquim Pavão compôs a banda sonora dos filmes “A Sesta” de Olga Roriz, “Foi o fio...” de Patrícia Figueiredo, “A Nau Catrineta” de Artur Correia, “15 Bilhões de Fatias de Deus” de Cláudio Jordão, “(re)Volta e Meia” e “Quatro Elementos” de Janek Pfeifer.  Deste último filme, a Universidade de Aveiro/Academia de Artes Digitais editou um DVD com a orquestra de cordas, interpretado pela Filarmonia das Beiras.
Escreve habitualmente para concerto e teatro e as suas obras são publicadas pela Ava Musical Editions.

Com uma seleção oficial internacional onde os realizadores apresentarão os seus filmes, no espaço dos Auditórios do CINECÔA estará também presente uma exposição de desenhos originais do filme “Até ao tecto do Mundo”, a primeira longa-metragem do cinema de animação português, produzida pelo Cine-Clube de Avanca.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

SARA BARROS LEITÃO GANHOU NO BRASIL, PREMIO DE MELHOR ATRIZ

Este é o décimo prémio para o filme “Pecado Fatal”, que este mês volta a ser exibido no CineCôa

A atriz Sara Barros Leitão que protagonizou o filme “Pecado Fatal”, acaba de ser distinguida com o Prémio Melhor Atriz no FESTICINI – Festival Internacional de Cinema Independente que acaba de acontecer no estado de São Paulo no Brasil.

A longa-metragem PECADO FATAL de Luís Diogo, produzida em parceria com o Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo recebe assim a sua décima distinção, depois de ter sido a longa-metragem da ficção portuguesa, mais premiada em 2014. Tendo integrado o TOP 10 da cinematografia lusófona, as distinções foram chegando de festivais internacionais no Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Croácia, Itália, São Tomé e Príncipe, para além de Portugal.

Sara Barros Leitão já anteriormente tinha sido nomeada para os Prémios SOPHIA e GLOBOS DE OURO de melhor atriz, pelo papel de Lila no filme PECADO FATAL.
Tendo-se formado em interpretação pela Academia Contemporânea do Espectáculo, começou a sua carreira na série Morangos com Açúcar onde interpretou o papel de Jennifer Brown.
A sua carreira tem acontecido entre o teatro e a televisão, nomeadamente nas séries “Olhos nos Olhos” (TVI), “Sentimentos” (TVI), “Laços de Sangue” (SIC), “Doida por Ti” (TVI), “Mundo ao Contrário” (TVI), “I Love It” (TVI), “Bem-Vindos a Beirais” (RTP), “Água de Mar” (RTP), “Jardins Proibidos” (TVI) e “Poderosas” (SIC).
PECADO FATAL é a sua primeira participação de fundo no cinema.

Este filme, que será exibido proximamente no CINECÔA – 5º Festival Internacional de Cinema de Vila Nova de Foz Côa, teve argumento e realização de Luís Diogo que prepara novo filme, para o qual o Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo procuram financiamentos.

Entretanto outro filme com produção do Cine-Clube de Avanca e Filmógrafo acaba de ser premiado. Trata-se da longa-metragem documental “Povo Inventado de Cabo-Verde - Ecos de Cabo Verde” de Juan Meseguer Navarro. Esta co-produção com Espanha e Cabo Verde foi distinguida com o Prémio Documentário da competição internacional do São Tomé FestFilm – Festival Internacional de Cinema de São Tomé e Príncipe.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

FONSECA E COSTA, ASSUMPTA SERNA E O FESTIVAL DE CINEMA AVANCA

Em 2000 o Festival de Cinema de AVANCA recebeu a atriz Assumpta Serna num inesperado desafio que haveria de transformar a sua carreira.

Assumpta era nessa altura uma das grandes atrizes espanholas com repercussão internacional. Em 1986 tinha protagonizado o filme “Matador” de Pedro Almodovar e logo no ano seguinte vem a Portugal rodar um filme baseado numa obra literária de José Cardoso Pires “A Balada da Praia dos Cães”.

Esta atriz, que voava entre filmes e séries de televisão, com mais de uma centena de participações entre protagonista e papéis diversos de projetos fílmicos europeus e americanos, um dia escreveu um livro. Essa obra chegou aos escaparates das livrarias portuguesas com o título “O trabalho do ator de cinema”, onde a autora procurou dissecar as etapas do trabalho interpretativo a partir de folhas de papel e do próprio corpo, uma identidade inventada, coerente, convincente e atrativa para o espectador. Este era um livro inesperadamente diferente, cujo teor transbordava em contínuos vasos comunicantes por entre a sua vivência pessoal, os momentos marcantes da sua experiência e a importância das pessoas que marcaram o seu trabalho.

No festival de cinema de Avanca dirigiu pela primeira vez um workshop para atores, num trabalho incansável e de grande fulgor que depois disso, veio a repetir continuamente a ponto de dirigir uma conhecida academia de atores em Madrid. Na altura, acompanhando este seu novo trabalho, fez no repleto Auditório de Avanca, a apresentação do seu livro traduzido para a língua de Camões.

Este livro, editado pelo Cine-Clube de Avanca, tem na capa a atriz Assumpta Serna, num momento da rodagem em Portugal do filme “A Balada da praia dos Cães”, onde surge com o realizador do filme José Fonseca e Costa.

Assumpta propôs esta capa para a edição portuguesa do seu livro, quase como um abraço a um realizador luso com quem muito tinha gostado de trabalhar.

José Fonseca e Costa estava a realizar a sua sexta longa-metragem e na sua esteira tinham ficado obras como “O Recado” (1972), “Os Demónios de Alcácer Quibir” (1977), Kilas, o Mau da Fita (1980), o documentário “Música, Moçambique” (1981) e “ Sem Sombra de Pecado” (1983).
Em todos os filmes parece ter deixado portas abertas a que os seus atores o ajudassem a contar uma nova história, a procurar que o filme se abeirar-se mais dos espectadores.

Depois da “Balada da Praia dos Cães”, filmaria “A Mulher do Próximo” (1988), “Os Cornos de Cronos” (1991), “Cinco Dias, Cinco Noites” (1996), “O Fascínio” (2003), “ Viúva Rica Solteira Não Fica” (2006) e preparava-se para terminar “Axilas”.

O tempo finado levou um realizador de atores, mas também um homem de cinema protagonista de muitas lutas, intervenções, uma voz forte com que o cinema português foi crescendo nestas últimas seis décadas.


O livro “O trabalho do ator de cinema” continua nas livrarias com a imagem quase terna de Assumpta e o seu realizador José Fonseca e Costa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

FILMES “FOI O FIO” E “MIRAGEM” DISTINGUIDOS INTERNACIONALMENTE


Os filmes coproduzidos pelo Cine-Clube de Avanca e pela Filmógrafo “Foi o Fio” e “Miragem” foram selecionados pelo júri para o “Top 10” na Bulgária do “Façade Video Festival 2015”.

Para além dos 2 filmes portugueses, o “Top 10” inclui filmes da Alemanha, Colômbia, Finlândia, França, Itália, Reino Unido, Polónia e Ucrânia, num festival que irá editar em DVD estes filmes, fazendo a sua distribuição na Bulgária.

“Foi o fio” de Patrícia Figueiredo é um filme de animação que envolve essencialmente 3 mulheres:
uma mulher novelo, uma velha mulher que passa os dias a olhar pela janela e uma vendedora de roupa caída dos estendais. Todas estão unidas por um fio. As três conduzem as ações de outras personagens e o inevitável destino de uma mulher com o marido às costas.

Este filme foi já alvo de outras 6 distinções, a última das quais foi o Prémio para Melhor Animação no “Divercine – Festival Internacional de Cine para Niños y Jovenes” que decorreu recentemente em Montevideo, Uruguai.

A música deste filme é da autoria de Joaquim Pavão que por sua vez é o autor do filme “Miragem”, também ele integrante do “Top 10” do festival búlgaro. Este filme procura no princípio de que “somos bisnetos, netos, filhos e mais tarde pais” para provocar imagem ou imagens com insinuados desvios em relação às recordações que se viveu. São quase frases soltas do que também se é.

Distinguido anteriormente no Algarve e nos Açores, este filme teve a sua estreia mundial no festival de cinema AVANCA 2014. “Miragem” conta com a participação de Isabel Fernandes Pinto, Tucha Martins, Andrea Gabilondo, Joaquim Pavão e Nuno F. Santos.

“Miragem” é uma co-produção que envolve a “Fugir do Medo” e trata-se de um projeto independente.

“Foi o Fio” foi realizado no estúdio de cinema de animação do Cine-Clube de Avanca, com produção Filmógrafo, participação do MIA do IPCA-Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e apoio financeiro do ICA da Secretaria de Estado da Cultura, com cofinanciamento da RTP, Radiotelevisão Portuguesa.

Entretanto, durante setembro outras obras coproduzidas pelo Cine-Clube de Avanca foram distinguidas. É o caso de “Luz Clara” de Miguel Lima e Vasco Vieira que recebeu o Prémio Melhor Documentário do Festival de Cinema de Arouca e “Percepção Delicada de Um Raio de Luz” de Gustavo dos Santos que foi distinguido com uma Menção Honrosa Curta Metragem no Festival Figueira Film Art.

sábado, 29 de agosto de 2015

BRASIL RECEBE O FESTIVAL DE CINEMA “AVANCA 2015”

O Festival de cinema AVANCA 2015, que decorreu este ano pela 19º vez, em Avanca, entre 17 e 26 de julho, voa até ao Brasil onde terá o seu último momento depois de uma abertura em Madrid no Centro Cultural Pilar Miró.
No Brasil, o AVANCA 2015 visita a região do Maranhão, onde está em curso um importante plano de produção de cinema.
Será esta quarta-feira dia 2 de setembro e quinta-feira dia 3 que a Cidade de São Luís, no seu Teatro Municipal, irá acolher de forma inédita o evento “AVANCA | SÃO LUÍS Festival de Cinema 2015”, numa produção do cineasta brasileiro Francisco Colombo.
Posteriormente, outra cidade do Maranhão irá acolher um programa idêntico.
Entre os dias 9 e 10 de setembro, numa produção do professor universitário Marcos Fabio Belo Matos, o evento “AVANCA | IMPERATRIZ Festival de Cinema 2015” irá decorrer no Auditório da Universidade Federal do Maranhão, no Campus Centro da Cidade de Imperatriz.

Esta produção conjunta, que envolve o Festival de Cinema de AVANCA e entidades locais do Brasil, irá permitir a exibição de alguns dos filmes que neste e no ano passado marcaram o festival

Entre os 16 filmes selecionados para esta exibição está o multi premiado “Pecado Fatal” que, tendo sido distinguido em 2014, foi nesse ano o filme português de ficção de longa-metragem mais premiado internacionalmente. Realizado por Luís Diogo e protagonizado por Sara Barros Leitão e Miguel Meira, este filme é uma coprodução com o Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo.
Com produção de Avanca será ainda exibida a curta-metragem de animação “Foi o Fio” de Patrícia Figueiredo, a ficção experimental “Miragem” de Joaquim Pavão e a curta-metragem “Noturna” de Pedro Fararte. Este último filme tem a particularidade de ter sido produzido durante o Festival de Cinema AVANCA em 2014, durante os workshops que ali decorreram.
A programação portuguesa é complementada por “Deus providenciará”, do jovem cineasta Luís Porto, que este ano foi distinguido com o Prémio Estreia Mundial Curta Metragem e com uma Menção Especial para a fotografia de Francisco Vidinha.

A programação inclui os filmes “Shades of Gray” de Alexandra Averyanova e “Aire” de Romina Quiroz. Estas realizadoras, respetivamente da Rússia e México, estiveram este ano no Festival AVANCA 2015, onde dirigiram um workshop de produção de cinema de animação.
A programação é complementada por obras de países tão diversos como a Alemanha, Cazaquistão, Chipre, Espanha, França, Irão, Jordânia, República Checa, Rússia e Taiwan.

Entretanto, o festival, que prepara já a sua 20ª edição em julho de 2016, irá continuar em itinerância por diversos locais do país e do estrangeiro, numa dinâmica que procura dar visibilidade e alguns dos filmes que tiveram a sua primeira exibição nacional no Festival AVANCA e que, em alguns casos, ali tiveram mesmo a sua estreia mundial.


O AVANCA 2015, Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia, são uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja, com apoio do ICA / Secretaria de Estado da Cultura, IPDJ, Região de Aveiro, FCT, Junta de Avanca, Paróquia e Escola Egas Moniz, entre diversas entidades locais.

domingo, 23 de agosto de 2015

ANTÓNIO GAIO, A VOLTA AO MUNDO DESDE ESPINHO


Sabíamos muitas coisas dele, conhecíamos a esposa, a família, os amigos... sabíamos de algumas das suas paixões e de como elas em Espinho davam frutos.
Sabíamos que, entre elas, as tiras, os desenhos, as bandas desenhadas quase o recolocavam no seu tempo de jovem. Um colecionador nato...
Sabíamos que por força disso se tinha estatelado, inequivocamente e sem porta de saída, no mundo do cinema de animação.
Mas não sabíamos que seria a 22 deste mês que nos deixaria.
Não sabíamos que contava 90 anos, como se o tempo não tivesse tido conversa com ele.
Afinal, dele não sabíamos tudo, mas sabia-mo-lo sempre presente.
Sabíamos que preservava a amizade (como bem o soubemos).
Sabíamos que por isso contava com ela.
Foi, por isso, marcando os cantos de um mapa que bem conhecia na sua cidade de linhas direitas. Espinho tinha-o por ali sempre. Catalisador de um modo muito especial, gestor sempre presente, participante e apoiante atento, foi construindo com um círculo de amigos marcos de memória que fortificavam cada novo ponto de partida... e foram muitos e bem conseguidos.
Conhecíamos alguns amigos, quase todos os que com ele participavam no cinema de animação em Espinho.
Conhecíamos os amigos do CINANIMA, os que agora fortalecem as paredes desta instituição, mas também alguns que, como agora ele, já por cá não estão.
Conhecíamos-lhe a amizade e parceria que manteve, com o Dr. António Cavacas na forma como dirigiram durante anos os destinos do CINANIMA, da Cooperativa Nascente e pensamos que outras paragens que estravazavam o cinema mas que não fugiam da cidade de ambos.
Conhecíamos a amizade com os cineastas que há muitos anos fazem a animação portuguesa, entre eles, conhecemos e assinalamos sobretudo Artur Correia e Manuel Matos Barbosa (amizade de sempre)...

O CINANIMA, os jornais, o movimento associativo de Espinho, os empreendimentos na cidade por onde passou criaram-lhe algo que parece que ninguém sabia:
afinal, numa pequena cidade longe da capital do país é possível construir um espaço e uma vivência de excelência. Por ali, em Espinho, em movimento constante e em afirmação clara, um homem deu a volta ao mundo sem se afastar da sua praia.

António Gaio foi em 1976 um dos fundadores e dirigente da Cooperativa Nascente, participou na fundação do CINANIMA, sendo diretor deste festival internacional de cinema de animação desde 1980. Cineclubista, publicou em 2000 a obra “História do Cinema Português de Animação – Contributos”, um livro que marca um ponto de partida para a memória da animação portuguesa.
Em 1997, recebeu a Comenda de Mérito Cultural, atribuída pelo Presidente da República e, mais recentemente, os cidadãos de Espinho, as associações e o município prestaram-lhe uma justíssima homenagem. Por ali se juntaram os amigos e foram obviamente muitos...


Entre 1925 e 2015, viveu em Espinho, de forma magnífica, um homem de cinema.

sábado, 1 de agosto de 2015

PECADO FATAL no CHICHESTER FILM FESTIVAL

Sobe para 34 o número de eventos cinematográficos onde a longa metragem PECADO FATAL marca presença. Desta vez é Inglaterra. 
O filme de Luís Diogo PECADO FATAL, que a Filmógrafo e o Cine-Clube de Avanca coproduziu, integra a selecção oficial do “24º Chichester International Film Festival”, que se realiza nesta cidade do Sudeste de Inglaterra na segunda metade de agosto.

PECADO FATAL é um dos 10 filmes europeus seleccionados numa secção onde entre os outros 9 filmes estão TANGERINES (nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro este ano), MARSHLAND – LA ISLA MÍNIMA (o grande vencedor dos Goya deste ano, incluindo melhor filme, realizador e argumento), MY MOTHER, o último de Nani Moretti, (que há dois meses competiu em Cannes onde venceu o Prémio do Júri Ecuménico), SUMMER (que competiu, entre outros, no prestigiado festival norte americano de Chicago) ou THE GRUMP (nomeado para melhor filme e melhor realizador nos Jussi Awards, os Óscares Finlandeses).

Recorde-se que no ano passado o Festival de Cinema de Chichester premiou entre outros, filmes como PRIDE (nomeado para o Globo de Ouro de melhor comédia) ou IDA (Óscar para o melhor filme estrangeiro este ano).

Com 7 prémios em 2014, PECADO FATAL transformou-se na longa-metragem de ficção portuguesa mais premiada no ano passado. Em 2015 recebeu 2 novos prémios e foi nomeado para 3 prémios SOPHIA e para os Globos de Ouro de melhor atriz.
Curiosamente, todos as distinções foram atribuídas em sucessivos e diferentes países (Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Croácia, Itália, São Tomé e Príncipe e Portugal).

Protagonizado por Sara Barros Leitão, Miguel Meira e João Guimarães, este filme conta uma história de equívocos e paixão que vive no limbo de um pecado irrevelável. Um rapaz e uma rapariga apaixonam-se. Miguel leva Lila para uma noite de sexo rápido na casa de um amigo. Dado que a rapariga ainda dorme, ele sai de casa, deixando-a ao cuidado de Nuno e os acontecimentos precipitam-se.

Luís Diogo, embora seja natural de Castelo Branco, nasceu na Guiné-Bissau e vive em Paços de Ferreira, onde rodou esta sua longa-metragem.
Formado em artes visuais pela ESE de Castelo Branco e tendo estudado cinema na ESAP do Porto, tem orientado e coordenado ações de formação em escrita cinematográfica, nomeadamente no Festival de Cinema AVANCA.

O Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo procuram financiamentos para o próximo filme de Luís Diogo.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

BANGLADESH VENCE PRÉMIO LONGA-METRAGEM DO AVANCA 2015

Filmes da Jordânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau entre os países distinguidos.

Terminaram os “Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia – AVANCA 2015”, encerrando 10 dias de festival e 5 dias de competições, conferências e workshops internacionais. Comemorando a décima nona edição, o AVANCA 2015 atribuiu prémios a filmes e autores de 17 países.

“Jalal's story” do realizador Abu Shahed Emon do Bangladesh arrebatou o Prémio Cinema para a Melhor Longa-metragem, tendo ainda recebido o Prémio Melhor Ator, que distinguiu Mosharraf Karim. Foram ainda distinguidas com Menções Especiais as longas–metragens “Bereave” dos irmãos Giovanis (EUA), “La distancia” de Sérgio Caballero (Espanha) e “After the war... before the war” de Igor Korablev, Kristina Cevich e Galina Krsnoborova (Rep. Checa e Rússia). Este último filme foi também distinguido com o Prémio Melhor Atriz, atribuído a Irina Demich.

O filme “Acabo de tener un sueño”, de Javi Navarro (Espanha), ganhou o Prémio Curta-Metragem e “Blue Eyed Boy”, de Amir Masoud Soheili (Irão), foi distinguido com uma menção especial.

O Prémio Animação distinguiu o filme da Jordânia “The street artist”, de Mahmoud Hindawi.

O Prémio da Melhor Fotografia distinguiu Marc Gómez del Moral, do filme espanhol “La distancia” de Sergio Caballero e Francisco Vidinha recebeu menção especial para o seu trabalho em “Deus providenciará” de Luís Porto.

Entre as categorias mais esperadas esteve a “Competição Avanca”. Reunindo dez obras produzidas ou co-produzidas na região, foi distinguido o documentário “Pov Inventod – Ecos di Cap Verd” de Juan Meseguer (uma co-produção entre Portugal, Espanha e Cabo Verde), também distinguido com o Prémio Estreia Mundial.
Na categoria de curta-metragem o Prémio estreia Mundial foi atribuído a “Deus providenciará” de Luís Porto.
O documentário “África Abençoada” de Aminata Embalo foi distinguido com a menção especial da Competição Avanca.

O Júri, presidido pelo italiano Marcello Zeppi, foi constituído pelos programadores Anja Kuck Braun (Croácia), Flávia Vargas (França e Brasil), Rosângela dos Santos (Brasil), Maria Judite Costa e pelos cineastas portugueses José Carlos Oliveira e João Cayatte.

Os prémios de televisão e vídeo foram atribuídos por um júri presidido por Manuel Matos Barbosa e constituído pelo programador brasileiro Euclides Moreira Neto, pelo jornalista Fernando Pinho, pelo ator Carlos Rico e pelos cineastas Henrique Vaz Duarte, Manuel Paula Dias e Rui Nunes.

Os documentários “L'Homme qui répare les femmes – la colère d'Hippocrate” do belga Thierry Michel e “The Dream of Shahrazad” de Francois Verster, numa co-produção que envolve a Turquia, Egipto, África do Sul, Holanda e França, repartiram-se ex-aequo o Prémio Televisão. O Júri atribuiu ainda uma Menção Especial ao filme “Madgermanes” de Malte Wandel (Alemanha).

O Prémio Vídeo distinguiu o filme português “A adorável dor de nunca te ter” de Patrícia Adão Marques e Nuno Figueiredo.

Este júri atribuiu o Prémio Estreia Mundial ao documentário “Lermontov” de Maksim Bespalyi (Rússia).

A competição “Trailer in Motion” distinguiu o trailer “Pov Inventod” de Juan Navarro (Espanha, Cabo Verde e Portugal) e o videoclipe “Breakapart” de Acollective, realizado por Noam Sharon e Tal Zagreba (Israel). O júri foi constituído pelo crítico Nuno Reis, pelo músico Sérgio Ferreira e pelo cineasta brasileiro Francisco Colombo.

Entretanto, na “AVANCA|CINEMA, Conferência Internacional Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação”, o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, em homenagem póstuma a um dos mais relevantes investigadores portugueses na área da semiótica, estética e teoria do cinema, distinguiu a investigadora Fátima Chinita da Escola Superior de Teatro e Cinema e do Labcom.
O júri deste prémio foi constituído pelos académicos Régis Frota Araújo (Brasil), Jouko Aaltonen (Finlândia), Yen-Jung Chang (Taiwan) e os portugueses Anabela Oliveira, José Ribeiro, António Abreu Freire, Carla Freire e José Marta.

No total, quatro júris constituídos por 25 individualidades de 7 países atribuíram 16 prémios e 7 menções especiais.

O AVANCA acontece todos os anos em Avanca no Distrito de Aveiro e é uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja com o apoio do ICA/Secretaria de Estado da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Região de Aveiro, FCT, Junta de Freguesia, Paróquia e Escola Egas Moniz de Avanca, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.

terça-feira, 21 de julho de 2015

MALCOLM MCDOWELL E JANE SEYMOUR NO FILME DE ABERTURA DO AVANCA 2015

O Festival Internacional de Cinema AVANCA 2015 abre com o filme norte-americano “Bereave” dos irmãos Evangelos e George Giovanis.

Protagonizado por Malcolm McDowell, celebrizado no clássico de Kubrick “Laranja Mecânica”, este mítico ator surge no ecrã acompanhado por Jane Seymour (vencedora de vários Emmy e Globos de Ouro), Keith Carradine (um dos nomes mais seguros da segunda geração do clã Carradine) e, entre outros, Mike Starr (conhecido por “Tudo Bons Rapazes”, “Doidos à Solta” e Os Dias da Rádio).

Sentado na beira da cama no início da manhã, com um revólver na mão, Garvey contempla o
seu novo e sombrio segredo. “Bereave” é uma produção deste ano, construída pelos irmãos Giovanis entre Los Angeles e a terra de origem da sua família, a Grécia.

Dois filmes de curta-metragem produzidos durante o festival do ano passado, exibidos em estreia mundial, terão igualmente honras de abertura numa cerimónia que estará marcada pela entrega dos prémios do ano passado.

Estas obras fazem parte das 142 obras seleccionadas e em exibição no AVANCA 2015. Foram escolhidas entre 2220 filmes de países dos 5 continentes.
Com uma forte presença de filmes que aqui fazem a sua estreia, no AVANCA 2015 serão exibidos 19 filmes em estreia mundial e 55 filmes que aqui fazem a sua estreia em Portugal

Paralelamente, serão exibidas mostras panorâmicas do cinema de países como o Japão, Itália, Croácia, São Tomé e Príncipe, do Maranhão (Brasil) e do FestAfilm (cinema da lusofonia e francofonia).

A quarta-feira é ainda marcada pela abertura da Conferência “AVANCA | CINEMA” pelas 15.30h do dia 22 no Multimeios da Escola Egas Moniz.
Este será um dos cerca de cento e cinquenta projectos de investigação que serão divulgados na Conferência AVANCA | CINEMA, reunindo este ano comunicações e participantes com origem em países dos 5 continentes.

O AVANCA 2015 é ainda um espaço para um COMBATE DE CINEASTAS, onde diversos projectos de produção de filmes irão reunir participantes, cineastas, tutores e especialistas, procurando realizar filmes em Avanca.

Neste projecto de produção participam realizadores do Irão (Salam Salavati), Ucrânia (Igor Parfenov e Olena Sliusarchchik), Holanda (Boris Gerrets), México (Romina Quiroz), Rússia (Alexandra Averyanova), Espanha (Rufo Pajares) e os portugueses Luís Diogo e Marco Miranda.


Organizado pelo Cine-Clube de Avanca e pelo Município de Estarreja, tem o apoio do ICA / Secretaria de Estado da Cultura, IPDJ, Região de aveiro, FCT, Junta de Avanca, entre diversas entidades locais.

sábado, 18 de julho de 2015

ARTES DO BRASIL E FOTOGRAFIA DA GUINÉ-BISSAU NO FESTIVAL AVANCA 2015

O encontro do cinema com as artes-plásticas acontece no Festival Internacional de Cinema AVANCA 2015, entre os dias 22 e 26 de julho.

Do Brasil, o académico e investigador Régis Frota, da Universidade Federal do Ceará, é o comissário da mostra “Gláuber Rocha ouvindo Villa Lobos”.
Constituída, entre outros, por painéis pictóricos inéditos do artista plástico cearense, recentemente falecido, Audifax Rios, ilustra a estreita relação cultural da obra de imagem e som destes dois clássicos brasileiros. A mostra procura olhar a erudição das composições musicais do maestro Heitor Villa Lobos, consoante vistas e ouvidas pelo cineasta Gláuber Rocha, que foi quem melhor e mais vezes utilizou como banda sonora de filmes as nove suites Bachianas.

Fazendo a ponte entre Minas Gerais no Brasil e a Alemanha, a mostra “Amor Rarefeito” de André Araújo nasce num trabalho de investigação envolvendo universidades dos dois países.
O trabalho de Araújo consiste no diálogo entre poesia, cinema e artes visuais desenvolvendo assim traduções intersemióticas. O trabalho “Amor Rarefeito” tem como base literária a poesia do brasileiro Sebastião Nunes, e como referência visual o cinema brasileiro de Cláudio Assis - “Amarelo Manga” (2003), “Baixio das Bestas” (2007) e Roberto Moreira - “Contra Todos” (2003).

“Sul” é a mostra fotográfica de Catarina Almeida. Reunindo imagens da Guiné-Bissau num contexto de exploração da sua diversidade e particularidades, procura participar na construção da imagem possível da geografia humana deste país, que a artista conhece bem.
Catarina Almeida fotografou por onde João Viana filmou “Tabatô” e Aminata Embalo filmou “África Abençoada”. Neste filme, que tem a sua estreia mundial no AVANCA 2015, Catarina integrou a equipa de produção no território guineense.


As mostras estão patentes nas galerias do Auditório Paroquial de Avanca e na Casa da Cultura de Estarreja, durante os dias em que decorre a competição internacional do Festival de Cinema AVANCA 2015.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

OVAR RECEBE UM PANORAMA DE FILMES DO FESTIVAL “AVANCA 2015”

Antecedendo a abertura das competições oficiais do 19º Festival Internacional de Cinema AVANCA 2015, o Cinema Dolce Vita de Ovar inicia já esta sexta-feira a exibição continuada de filmes que integram o conjunto de Panoramas que o festival exibe este ano.

Diariamente em Ovar vão passar conjuntos de filmes de curta-metragem e documentários de longa-metragem com origem em vários países e culturas, numa diversidade que permite exibir obras do Japão, do Brasil, da Croácia, de Itália, de França, de São Tomé e Príncipe, para além de um Panorama de Cinema Português.

Esta procura de diversidade é apoiada por programadores e festivais de cinema dos vários países que este ano intervêm neste projeto.

De Itália serão exibidos 12 filmes seleccionados pelo Festival “Sedicicorto” e por “Montecatini”, o mais antigo festival de curtas-metragens do mundo. Marcello Zeppi, diretor do Festival de Montecatini, estará presente e no AVANCA 2015, onde irá apresentar um novo projecto que poderá aproximar o cinema de Portugal e Itália.

De Montpellier em França o FestAfilm, que reúne na Europa a maior selecção de obras da Lusofonia e Francofonia, trará 4 obras da França e do Brasil que serão apresentadas pela directora artística do festival Flávia Vargas.

O Festival de Cinema de Tabor seleccionou 5 filmes croatas que aqui serão apresentados pela programadora Anja Kučko Braun.

De Tóquio, 3 filmes japoneses serão apresentados pelo novo responsável do “CosmoFest”, Masahito Ishii. O festival AVANCA 2015 irá homenagear o Prof. Dr. Philip Zitowitz, recentemente desaparecido e grande amigo do festival de Avanca, para além de ter sido o fundador do “Cosmofest”.

Hamilton Trindade apresentará uma selecção de filmes do festival de São Tomé e Príncipe, evento que este ano irá acontecer pela segunda vez naquele país de língua oficial portuguesa.

Da região do Maranhão no Brasil vai ser possível assistir a 8 filmes que serão apresentados pelos realizadores brasileiros Joaquim Haickel, Euclides Moreira Neto e Francisco Colombo. Durante o AVANCA 2015 estes cineastas irão apresentar o novo “Plano de Cinema do Maranhão”.

O Panorama do Cinema Português reúne 4 longas metragens e 18 curtas metragens, seleccionadas de entre o largo conjunto de filmes portugueses que este ano se inscreveram no AVANCA 2015. De um total de 2220 filmes chegados de 121 países, Portugal teve um número significativo de filmes inscritos.
Com produção muito recente, este espaço de panorama de parte da produção mundial é uma janela para a produção cinematográfica contemporânea.

Com as competições do AVANCA 2015 a acontecerem entre os dias 22 e 26 de julho em Avanca, concelho de Estarreja, o Cinema Dolce Vita em Ovar estará a exibir os filmes dos panoramas todos os dias de segunda a quarta ás 16h, quinta-feira às 18h e 21.30h e na sexta-feira, sábado e domingo ás 16h, 18h e 21.30h.

O AVANCA 2015, Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia, são uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja com apoio do ICA / Secretaria de Estado da Cultura, IPDJ, CIRA, FCT, Junta de Avanca, Paróquia e Escola Egas Moniz, entre diversas entidades locais.

terça-feira, 14 de julho de 2015

FESTIVAL DE CINEMA “AVANCA 2015” COMEÇA EXCEPCIONALMENTE EM MADRID

Será esta quarta-feira dia 15 que Madrid marca de forma inusitada o inicia da 19º edição do Festival Internacional de Cinema AVANCA 2015.

Este festival, cujas competições decorrem entre 22 e 26 de julho em Avanca, concelho de Estarreja, terá este ano a sua primeira sessão no Teatro do Centro Cultural Pilar Miro, no centro da capital espanhola.

Em Madrid, o Centro Cultural tem o nome de uma das cineastas espanholas mais marcantes do cinema do país vizinho. Pilar Miro realizou filmes memoráveis como “El crimen de Cuenca” em 1979 ou “El perro del hortelano” de 1996, que na altura foi distinguido com 7 Prémios Goya.

Neste moderno empreendimento cultural, sobranceiro à Plaza Antonio María Segovia, serão exibidos alguns dos filmes premiados nos anos anteriores.
Para além de filmes originários da Rússia, México, Irão, Alemanha e naturalmente Espanha, serão exibidos quatro filmes portugueses.

De Luís Oliveira Santos será projectado o documentário “A Luz da Terra antigo”, uma viajem com Duarte Belo, à procura dos territórios fotográficos de Orlando Ribeiro e o passo inexorável do tempo.
Lágrimas de um palhaço” de Cláudio Sá e “Cães Marinheiros” de Joana Toste, são duas obras de animação a serem exibidas.
Por último “Balança”, uma obra de ficção de Rui Falcão, onde a felicidade e o desejo de perder peso mão parecem ser a mesma coisa.

A programação inclui os filmes “Shades of Gray” de Alexandra Averyanova e “Aire” de Romina Quiroz. Estas realizadoras, respectivamente da Rússia e México irão estar no Festival AVANCA 2015 onde irão dirigir um workshop de produção de um filme de animação.

Este workshop faz parte de um conjunto de 4 projetos, intitulados “Combate de Cineastas”, onde 9 realizadores premiados, vindos de 3 continentes, vão orientar um espaço de workshops destinados à produção na região de novos filmes.
Para este “Combate de Cineastas”, os participantes interessados podem inscreverem-se no site do festival (www.avanca.com).

Entretanto o festival tem já as suas primeiras exibições a partir do dia 17 no Cinema Dolce Vita em Ovar, antecedendo assim a competição internacional que irá decorrer entre os dias 22 e 26 no Auditório Paroquial e no Auditório da Junta, ambos em Avanca.

O AVANCA 2015, Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia, são uma organização do Cine-Clube de Avanca e Câmara Municipal de Estarreja com apoio do ICA / Secretaria de Estado da Cultura, IPDJ, CIRA, FCT, Junta de Avanca, Paróquia e Escola Egas Moniz, entre diversas entidades locais.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

MARIA BARROSO E O SEU ÚLTIMO “MUDAR DE VIDA”

Foi em 26 de abril de 2005 que a Escola Básica 2, 3 Monsenhor Miguel Oliveira de Válega preparou e recebeu a atriz Maria Barroso, numa data em que “Mudar de Vida” foi a razão de um dia absolutamente diferente.

Na escola, os alunos reviram cenas do filme e recriaram-nas, prepararam as instalações para de uma sala de aulas fazer uma inesperada sala de cinema. Os espaços pareciam ter sido totalmente recriados para que “Mudar de Vida” ali tivesse uma vivência especial. Os corredores deram lugar a uma exposição com imagens do filme que o fotógrafo Rui Almeida, de Avanca e Ovar, tinha feito quando acompanhou a rodagem do filme na praia do Furadouro.

“Mudar de Vida” foi rodado em 1966 pelo cineasta Paulo Rocha, cujo pai era de uma família de Ovar. No elenco do filme surgiam atores como Geraldo Del Rey, Isabel Ruth, João Guedes e, no papel de “Júlia”, uma das protagonistas do filme, estava uma das mais belas e talentosas atrizes desse tempo, Maria Barroso.

Um dia e trinta e um anos depois da Revolução de Abril, que haveria de traçar outros caminhos na vida da atriz, Maria Barroso chegou a Válega e passou o dia, quase inteiro, com os alunos, os professores e vários membros do Cine-Clube de Avanca que haviam programado o evento.

Visitando tudo, de tudo querendo saber, assistindo emocionada às recriações dos jovens de Válega, ilustrando cada fotografia da exposição com histórias dessas filmagens, a atriz Maria Barroso ainda assistiu ao filme do seu amigo Paulo Rocha, na altura já com saúde debilitada.

Este evento foi um dos vários que o Cine-Clube de Avanca organizou nesse ano, com o apoio das várias escolas da região, do ICA e da Direção Regional da Educação do Centro, numa ação intitulada “Cinema nas Escolas”. Os filmes eram aqui sempre um motivo de debate, onde cineastas e jovens aproximavam perguntas e respostas, com histórias pelo meio.

A Dra. Maria Barroso deixara de ser atriz e a atividade política e social tinha passado a ocupar todo o seu tempo.
Depois do filme, o debate subsequente teve disso um reflexo único, deixando nos assistentes um testemunho único de uma vida plena, de luta por ideais que sempre a nortearam. As horas desse dia viveram-se vorazes por entre a sensibilidade, o saber, o testemunho crítico com que acompanhou cada uma das suas intervenções.

26 de abril em Válega permanece muito para além da triste notícia que nestes dias encerraram o livro da sua vida.

Entre Avanca e Válega, um forte obrigado por ter reservado momentos, quase páginas, a todos nós que consigo pudemos crescer melhor.

Cine-Clube de Avanca

terça-feira, 7 de julho de 2015

PLAYDOC - FESTA DO DOCUMENTÁRIO NO TEATRO AVEIRENSE

Dois dias de documentários no Teatro Aveirense, marcam o PLAYDOC com que a Plano Obrigatório pretende olhar este cinema.
Esta evento conta com filmes e conversas especiais com a presença de diversos convidados.

Terça-feira dia 7 de julho pelas 21.30h, o ciclo abre com o filme de Jorge Pelicano “Pára-me de repente o pensamento”

Este filme, rodado no Hospital Conde de Ferreira, a primeira construção de raiz feita para a psiquiatria em Portugal, vai permitir um debate após a sua exibição com a presença dos especialistas Dr.ª Carolina Monteiro, Dr. João Alcafache, Dr. Tiago Santos e Dr.ª Clara Ferreira que também fará a apresentação do filme.

Neste documentário, os utentes vagueiam pelos corredores. Circulam sós. Dormitam nos bancos do jardim. Vive-se a duas velocidades no hospital psiquiátrico. Ora momentos de inércia, ora ápices de euforia. Do mundo exterior chega um ator que procura a sua personagem para uma peça de teatro sobre a loucura. Miguel Borges submerge no mundo interior dos esquizofrénicos. Os utentes ajudam-no a construir o personagem. No meio da névoa, o ator dá de caras com os poemas do poeta louco Ângelo de Lima. Depois desse encontro, o personagem nasce.

Este documentário será antecedido da exibição da curta-metragem “Imagens em Movimento” de Glória Martins e Tânia Pereira. Este filme que aborda a história das imagens em movimento até à primeira imagem de televisão, foi produzido em contexto académico em 1999 na Universidade de Aveiro.

O PLAYDOC terá nova sessão na terça-feira dia 14, sempre ás 21.30h.
Neste dia será exibido o documentário de Luís Margalhau “Nós na Rua”, obra que se encontra atualmente em estreia nacional em cinemas de Lisboa e Ovar.
“Nós na Rua” fala-nos da baixa pombalina como palco dos chamados artistas de rua. “Nós na Rua” acompanha quatro músicos e um bailarino de samba tradicional, num percurso de revelações inesperadas.

Como complemente será exibida a curta metragem de animação documental “Timor Loro Sae” de Vítor Lopes. Realizada em 2004, esta obra que se tornou uma referência da animação portuguesa, procura cruzar lendas e factos da história do povo Timorense que após 500 anos de colonialismo, resistiu a 26 anos de ocupação Indonésia.


O PLAYDOC conta com a colaboração do Festival de Cinema AVANCA 2015, para além de ser um evento da Plano Obrigatório, Teatro Aveirense e Município de Aveiro, com o apoio do ICA / Secretaria de Estado da Cultura.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

COMBATE DE CINEASTAS NO FESTIVAL AVANCA 2015

9 cineastas premiados de 3 continentes orientam workshops

O Festival de Cinema AVANCA 2015 lança repto aos cineastas e estudantes de cinema e comunicação para um COMBATE DE CINEASTAS.
A aposta no espaço dos workshops internacionais deste ano procura que durante o festival a prática do cinema permita um combate de ideias e a produção de novos filmes.
Durante 4 dias, entre 22 e 26 deste mês, os participantes filmam e desenvolvem obras de ficção, animação, documentário, em filmes produzidos por equipas onde se misturam todas as nacionalidades, tendo por fundo as ruas, os campos e pessoas de Avanca.
Os melhores filmes resultantes serão exibidos no grande ecrã e terão distribuição e exibição em eventos por todo o mundo.

Cineastas premiados da Europa, Ásia e América, orientam e apoiam os participantes ao longo deste tempo de workshops. São eles:

Salem Salavati (Irão) - Um dos mais promissores realizadores do Curdistão Iraniano. Escreveu, filmou e realizou “The Last Winter”, com o qual ganhou o Prémio Longa-Metragem e o Prémio Melhor Atriz, do AVANCA 2014. Este filme viria a ser distinguido também na Alemanha, Arménia, Estados Unidos, Iraque, Líbano e Rússia, num total de 12 prémios.

Igor Parfenov (Ucrânia) - Um dos mais polémicos e insólitos realizadores ucranianos.
Autor de longas-metragens premiadas como "When the gods asleep" (2006), "The Crucifixion" (2008), "Confession of the Devil" (2009), "Goodbye, bullfights!" (2010), "Cry in the Silence" (2012), no AVANCA 2014 viu o seu filme "Nonconformity" ser distinguido. Em 2000, o seu país distingue-o com o títlo "Man of the Year - a man of the Millennium" na categoria "Nature Defender of the Year".

Olena Sliusarchchik (Ucrânia) - Atriz, ativista, modelo e ginasta. Aos 19 anos, integra inúmeras campanhas e ações da PETA, a favor dos direitos dos animais. Desde 2004, participou em vários filmes e protagonizou 11 longas-metragens. Desde 2007, é directora artística do International Human Rights Film Festival "Steps".

Boris Gerrets (Holanda) - Consagrado realizador documentarista, o seu filme, Shado'man (2014) recebeu o Prémio Televisão no AVANCA 2014. Com uma longa e multipla filmografia, tem sido selecionado e distinguido nos principais festivais mundiais do cinema documental.

Rufo Pajares (Espanha) - O polémico tema do documentário “The Vatican and the Third Reich” valeu-lhe, em 2014, o Prémio Estreia Mundial no AVANCA 2014. Exibido nos dois lados do Atlântico, este filme traça os dois vetores de interesse deste cineasta madrileno: o cinema e a história.

Alexandra Averyanova (Rússia) - Prémio Animação no AVANCA 2014, o filme "Shades of Gray" tem viajado por mais de 130 festivais nos 5 continentes, onde recebeu mais de 30 prémios.
Alexandra consolida-se como um dos nomes marcantes da nova geração de realizadores da escola de animação de São Petersburgo.

Romina Quiroz (México) - O surpreendente filme “Aire” foi Prémio Vídeo no AVANCA 2014, tendo sido selecionado em festivais de países tão diferentes como os EUA, Rússia, Espanha, Grécia ou Brasil.

Participam ainda os portugueses igualmente premiados no AVANCA do ano transato:

Luís Diogo – Argumentista e realizador, a sua primeira longa-metragem “Pecado Fatal” foi a mais premiada internacionalmente, em 2014, de entre as portuguesas de ficção (9 prémios). Exibido em mais de três dezenas de festivais dos 5 continentes, foi considerado um dos 10 melhores filmes da Lusofonia em 2014.

Marco Miranda - Tendo dirigido o Departamento de Teatro e Cinema da ESAP - Escola Superior Artística do Porto, realizou a curta-metragem “Prescrição” e vários telediscos, incluindo “Napoleon” da banda “The Glockenwise”, distinguido com Menção Especial Trailer in Motion.

COMBATE DE CINEASTAS prefigura-se como um desafio e uma oportunidade, para além de ser uma experiência profissional inédita, a que podem candidatarem-se estudantes de cinema e comunicação, atores e cineastas. As inscrições estão disponíveis em www.avanca.com

O 19º Festival Internacional de Cinema AVANCA 2015 tem sido um projeto destinado a exibir e a apoiar o ato criativo de cineastas de todo o mundo. Organizado pelo Cine-Clube de Avanca e pelo Municipio de Estarreja, tem o apoio do ICA / Secretaria de Estado da Cultura, IPDJ, CIRA, FCT, Junta de Avanca, entre diversas entidades locais.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

FILME “LUZ CLARA” PREMIADO NA ÁUSTRIA

A curta-metragem “Luz Clara” de Miguel Lima, Vasco Vieira acaba de receber uma distinção no “43rd Festival of Nations” que decorreu em Lenzing na região Upper do norte da Áustria.
Miguel Lima recebeu o "Lenzing Award", depois de se ter deslocado à Áustria a convite da organização.

“Luz Clara” teve a sua estreia no AVANCA 2014 e foi este ano um dos finalistas do Prémio SOPHIA para o melhor documentário de curta-metragem do cinema português.
Rodado em Aveiro, Sever do Vouga e Alentejo, este documentário aborda a história do fotógrafo José Cruz, que com 20 anos de carreira, decidiu mudar de vida e dedicar-se a tempo inteiro à fotografia de recém nascidos. O sucesso das suas imagens deram-lhe o prémio “MQEP pela European Federation of Photographers (2012)”, entre outras distinções. Um percurso que se traduz numa história envolvente de imagens que respiram amor.
Com argumento de Ana Delgado Martins, música de Jorge Loura, Joel Oliveira e Xavier Marques, voz de Marcos Fernandes, este filme contou com o apoio do Cine-Clube de Avanca e é uma produção de Miguel Lima e Vasco Vieira.

Miguel Lima, natural de Ílhavo, licenciou-se em Comunicação Multimédia na UTAD – Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro e concluiu Mestrado na mesma área na Universidade de Aveiro.
Vasco Vieira viveu a sua infância no Algarve e licenciou-se em Novas Tecnologias da Comunicação na Universidade de Aveiro.
“Luz Clara” é o segundo filme que ambos realizam, anteriormente tinham realizado uma outra curta-metragem intitulada “Quarenta e Oito Dezassete”.


Miguel Lima está agora na cidade de Sassari na ilha italiana da Sardenha, a convite da organização do Sardinia Film Festival, onde o filme “Luz Clara” foi seleccionado. Neste festival também estará em competição uma outra curta-metragem portuguesa “A cadeira”, trata-se de um filme de animação realizado por um coletivo de jovens e produzido pelo Cine-Clube de Avanca.


Ainda no mês de junho “Luz Clara” será exibido no “11th International Short Film Festival Detmold” na Alemanha. Neste festival é o único filme português em competição, sendo igualmente exibido numa secção especial o filme produzido pela Filmógrafo e Cine-Clube de Avanca “Foi o Fio” de Patrícia Figueiredo.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

FILME “NÓS NA RUA” EM ESTREIA NAS SALAS DE CINEMA

Chega esta quinta-feira às salas de cinema o documentário “Nós na Rua” do cineasta Luís Margalhau.

No Cinema City Alvalade, a estreia será marcada pela presença de alguns dos protagonistas do filme que, momentaneamente deixarão a rua para surgirem no ecrã e na sala do cinema.

“Nós na Rua” é um filme que acompanha quatro músicos e um bailarino de samba tradicional que ocupam a baixa pombalina da cidade de Lisboa para fazer dela o seu palco.

No filme conhecemos Christian Grosselfinger, um músico brasileiro que veio para Portugal estudar violoncelo. O seu percurso como músico de rua iniciou-se em Viena quando conheceu uma violinista que vivia de tocar na rua. Para ele, tocar na rua é um sentimento de liberdade.
Tony Banza é de Setúbal. Em 1979 saiu de sua casa no Alentejo e foi de férias ao Algarve, levou a sua viola, experimentou colocar o saco no chão e começou a receber umas moedas. Motivado por essa experiência chegou a ir à televisão e tentou ser cantor profissional, o que não chegou acontecer. Toca na rua à 32 anos.
Ananda Kríshna Roosli, de nacionalidade Suíça, é licenciado em música. Tendo sido professor de música no seu país, toca instrumentos pouco habituais como o Didjeridu, Hang Drum e o Shrutibox. Sendo um viajante do mundo, tem como filosofia de vida tocar na rua para distribuir boa energia e força positiva, onde cada uma das suas musicas é uma viagem espiritual.
Bernat Rebés Ruiz é de Barcelona e toca violino desde os 5 anos. Fez parte de uma orquestra sinfónica durante 10 anos. Em 2010, termina a licenciatura de Musicologia e inicia um sonho antigo: fazer uma viagem a pé sem data de regresso, caminhando de Barcelona, por um caminho que atravessa todos os Pirinéus até ao Pais Basco. Foram 2000 Km a pé. Já em Portugal, experimentou tocar na rua, mas os dois primeiros dias foram difíceis.
Joel Oliveira é Brasileiro e bailarino de Samba. Em abril de 2010 chegou a Portugal para ministrar oficinas teatrais, encantou-se por Lisboa e foi ficando. Diz que gosta de estar na rua porque é uma boa maneira de conviver com as pessoas, de compartilhar o seu trabalho e distribuir sorrisos. Diz que a rua é uma escola e a sua profissão.

Produzido pela Margas filmes em co-produção com o Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo, este é o último filme do realizador Luís Margalhau. Estreado e premiado no Festival de cinema AVANCA, seleccionado em vários festivais internacionais, foi igualmente premiado no Curta Amazônia (Brasil).

Luís Margalhau, nasceu na Figueira da Foz em 1969, estudou Comunicação Audiovisual e tem desenvolvido a sua actividade profissional como operador de câmera, editor e realizador de documentários de autor.
Tendo passado pelas equipas de televisão de várias produtoras e da Universidade de Aveiro, entre 2003 e 2005 na Guiné Bissau, foi formador na área de imagem e edição na Televisão Comunitária, TV Kélele e Tv Bagunda.
Em 2007 realizou 4 documentários para a Casa da Música, iniciando uma relação de especial presença da música na sua obra.

Em complemente será exibida uma das mais emblemáticas obras do cinema de animação português “Timor Loro Sae” que Vítor Lopes realizou em 2004 num processo paralelo ao desenrolar dos acontecimentos em Timor.

Para além do Cinema City Alvalade, o filme estreia no Cinema Dolce Vita de Ovar e no Teatro Ribeiragrandense nos Açores. Outras exibições estão previstas em salas de todo o país.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

JOVENS APRENDEM A FAZER CINEMA NO FESTIVAL “AVANCA 2015”

CINENTERTAINMENT 4, um espaço dos 6 aos 17 anos

Desenvolver uma história e concretizar um filme é o desafio que jovens de várias idades vão encontrar este ano no Festival de Cinema AVANCA 2015.
Pelo quarto ano consecutivo a organização do festival preparou um espaço destinado aos mais jovens.

Durante os dias 22 a 26 de julho, enquanto os adultos assistem ás competições de filmes vindos de todos os continentes, enquanto participam em conferências e em workshops profissionais, os mais jovens têm o seu espaço.

São jovens que acompanham os pais na deslocação ao AVANCA, mas também são os jovens da região com vontade de experimentar a arte de fazer um filme.

Dois grupos de jovens cineastas, um com idades entre os 6 e os 12 e outro grupo com idades entre os 13 e os 17 anos, aprendem e experimentam fazer um filme com a equipa da Pantopeia.
A história, o storyboard, o guião, a localização, os técnicos, os atores... tudo isso durante 3 dias intensivos para sentirem o ambiente e o trabalho de uma equipa da produção fílmica!

As crianças e jovens que vão experimentar filmar na paisagem de Avanca, darão aqui em muitos casos, os seus primeiros passos no cinema de animação ou na realização de cinema de ficção.

O que é o cinema, como é feito e quem o faz, são algumas das premissas para 3 dias a usar uma câmara vídeo e explorar a animação imagem-a-imagem.

A equipa da PANTOPEIA, dirigida por Ivo Prata e constituída por atores, videastas, animadores e sobretudo por “arte-educadores”, têm criado sucessivos projectos que envolvem a criatividade, os mais novos e a criação artística em processo pedagógico.
São formadores e monitores que conhecem bem o AVANCA, têm uma sólida experiência e são a garantia de uma dinâmica construtiva e estimulante.
Os futuros cineastas têm assim um espaço especialmente desenhado para eles, onde podem experimentar filmar e animar.


As inscrições estão já disponíveis na página do festival (www.avanca.com), onde bastará procurar a ficha de inscrição em “cinentertainment 4”.

sábado, 20 de junho de 2015

DESAPARECEU FERNANDO MATEUS, UM HOMEM DO CINEMA

Fernando Mateus terá um último adeus este sábado, no início da tarde, no Cemitério de Rio de Mouros em Sintra.

Figura tutelar de várias gerações, foi presença constante na grande maioria dos festivais portugueses de cinema e testemunha interventiva nas mudanças do cinema português das últimas décadas.

Jornalista e crítico de cinema, com profuso trabalho publicado em diversas suportes, foi na web e na rádio onde durante mais tempo teve uma forte presença. Em 1994 criou o site “FM-Media.net” acompanhando os filmes, os acontecimentos e os festivais que foram dando vida ao cinema em Portugal. De forma inédita, fundou e dirigiu o programa de rádio semanal “Grande Écran”, difundido por dezasseis estações de rádio, cobrindo cerca de 80% do país e só interrompido por razões de saúde, na edição 516. Nos últimos anos dirigiu e programou o canal de televisão ‘Grande Écran TV’, exclusivamente dedicado ao cinema.

O Festival de Cinema AVANCA atribuiu-lhe o Prémio Amizade, recebeu-o como membro de júri e em 1999, no workshop “Filmar a Natureza”, Fernando Mateus coordenou os trabalhos propostos pelo realizador alemão Jan Arnold.

Foi nos festivais de cinema que Mateus parece ter estado mais presente. De alguma forma parece ter sido no antigo Festival de Cinema da Figueira da Foz que iniciou a sua actividade de programação, apresentação e desenvolvimento de projetos ligados à formação e literacia fílmica. Foi um dos principais apoios do Dr. José Vieira Marques na direcção deste mítico festival.

Tendo leccionado no Curso de Cinema da Universidade Moderna, foi autor do livro “A linguagem do cinema de animação” editado em 2004 pelo Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI), Amadora.

Na área de cinema, colaborou em diversas publicações, nomeadamente nos jornais “24 Horas”, “Jornal de Sintra”, “Diário das Beiras”, “Diário do Sul”, “Sintra Ilustrado”, “Boletim 921”, “Correio da Cidade” e a “Revista de Cinema” da FPCC. De forma constante, fez a cobertura jornalística de mais de uma dezena de festivais no nosso país e alguns no estrangeiro, casos de San Sebastián (Espanha) e Gramado (Brasil).

Tendo frequentado o curso de Engenharia Electrotécnica do Instituto Superior Técnico, seria o cinema a ocupar o resto de toda a sua vida.
Em 1969 foi membro da Direcção do “NCI - Núcleo de Cineastas Independentes”, onde dirigiu diversos filmes em múltiplos suportes. O vídeo viria a ocupar uma boa parte do seu tempo, tendo desenvolvido uma crescente actividade como produtor de obras documentais.

De espírito livre, de humor sempre presente e uma jovialidade natural, Fernando Mateus viveu longos anos numa tenaz luta contra a doença que agora o terá vencido.

Ao cinema português irá faltar esta presença constante, este apoio sempre presente, esta voz crítica e sobretudo dialogante.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

11 ANOS DEPOIS “TIMOR LORO SAE” CHEGA ÀS SALAS DE CINEMA

Um dos mais emblemáticos filmes do cinema de animação português, chega este mês às salas de cinema comercial.
Com estreia prevista para a quinta-feira dia 25 de junho, este filme irá anteceder e acompanhar a longa-metragem NÓS NA RUA.

TIMOR LORO SAE realizado em 2004 pelo cineasta Vítor Lopes, foi desenvolvido num processo paralelo ao desenrolar dos acontecimentos em Timor.
O filme inicia-se com o massacre do cemitério de Santa Cruz e ao longo de 12 minutos cruza lendas e factos de 500 anos de colonialismo e 26 anos da feroz ocupação pela Indonésia.

Estreado em Portugal no Festival de Cinema de AVANCA 2004, este filme teve uma forte repercussão internacional.
Distinguido em Tessalonica, mas também em Itália, Paquistão e Portugal, TIMOR LORO SAE foi seleccionado em mais de 40 festivais de países como a Alemanha, Brasil, China, Eslovénia, Espanha, EUA, França, Grécia, Indonésia, Irão, Itália, Luxemburgo, México, Paquistão, Portugal, Rep. Checa, Singapura, Síria, Taiwan, Tunísia, Turquia e Ucrânia.
Na Indonésia a censura local acabou por retirar este filme à última hora da competição do festival.

TIMOR LORO SAE foi já exibido por diversas vezes em Timor.

Vitor Lopes, sendo o autor do projeto enquanto argumento, criação gráfica, animação e realização, contou com a equipa do estúdio de animação do Cine-Clube de Avanca e foi produzido por António Costa Valente.
Com direcção de som de Fernando Augusto Rocha, esta animação conta com música tradicional timorense, mas também inclui obras musicais de Eurico Carrapatoso, Eugénio Amorim, João Pedro Oliveira e UNU.
Neste filme trabalharam os animadores Ana Ruela, António Almeida, Carla Freire, Carlos Silva, Joana Sousa, João Paulo Dias, Nuno Sarabando, Rui Carvalho e Susana Vasconcelos.

Vitor Lopes é um dos autores e realizadores de ATÉ AO TECTO DO MUNDO, a primeira longa-metragem do cinema de animação portuguesa. É também autor de vários projetos de séries e curtas-metragens de animação, tendo sido várias vezes premiado em competições internacionais.

O filme TIMOR LORO SAE terá estreia comum com NÓS NA RUA no Cinema City Alvalade em Lisboa, no Cinema Dolce Vita em Ovar, Teatro Ribeiragrandense nos Açores e posteriormente em salas de todo o país.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

FALECEU MARIA JOSÉ SILVA, UMA CINEASTA ÍMPAR DA CULTURA PORTUGUESA

Natural da Freguesia da Junqueira no concelho de Vila do Conde, onde nasceu a 3 de Agosto de 1937, Maria José Silva faleceu este domingo no Porto.

Figura inesperada da cultura portuguesa, ela foi realizadora, escritora, actriz e cantora. Viveu no Porto onde fez cinema amador durante mais de 20 anos.

A cineasta Leonor Areal recorda-a como “uma força na natureza - no sentido em que é da natureza humana fazer arte. Maria José era uma artista nata, uma mulher que - sem olhar a circunstâncias adversas - tinha a necessidade de expressar artisticamente - e plenamente - através de todas as artes ao seu alcance: as letras, a música, o cinema.
Fazia o seu cinema, com meios amadores talvez, mas com grande autenticidade, com enorme convicção, quase por obrigação de revelar o mundo em que vivia - e a cultura em que nascera. Era uma mulher cheia de amor ao mundo e aos seus semelhantes. E esse amor - e as suas penas - eram o cerne da sua existência e da sua arte.”

Figura popular do norte e conhecida de muitos programas de televisão, geriu com o marido uma conhecida queijaria portuense na Rua de Santo Ildefonso. Já editava discos e livros de poesia, quando se iniciou no cinema. Realizados com a colaboração dos filhos e dos amigos, de entre os seus filmes destacamos: "Os velhos não são trapos", "A rosa da felicidade", "Amor sem recompensa", "A vida sem amor não presta", "Aconteceu no Natal", "O meu santo preferido" e "O palheiro".

"Mulheres traídas", o seu último filme, é uma história de infidelidades contada na voz feminina.
O realizador Miguel Marques acompanhou de perto a rodagem, filmando e reflectindo sobre como a ficção se faz espelho de uma realidade social.
Diz Miguel Marques: "A morte da Maria José Silva apanhou-me de surpresa. Ter acompanhado os mais de 6 meses de rodagem do seu filme Mulheres Traídas sempre me fez sentir um privilegiado. Nunca me senti estranho, como poderia senti-lo quando era a sua generosidade que mediava todas as relações. Maria José Silva usava o cinema como ferramenta para trabalhar os seus conflitos, e quem colaborava nos seus filmes fazia parte de uma trama muito maior, não eram apenas participantes, mas também agentes transformadores de uma realidade."

Este cineasta, com a participação de Leonor Areal e do Cine-Clube de Avanca, viria a realizar o filme “Mulheres Traídas [making of]” que tendo sido exibido nos festivais de cinema DocLisboa e AVANCA, viria a ser distinguido com o Prémio Melhor Documentário nos Caminhos do Cinema Português em Coimbra.

“Mulheres Traídas [making of]” tinha já prevista a sua estreia este ano nas salas de cinema, pela mão da distribuidora Filmógrafo.