segunda-feira, 19 de maio de 2014

ALFREDO TROPA NA ÚLTIMA SESSÃO DO FITAS NA RIA

Quarta-feira dia 21 pelas 21H30 no Teatro Aveirense, e encerrando o FITAS NA RIA, que decorreu em Aveiro desde 2013, será exibido o filme “Uma maré de moliço”, com a presença do realizador Alfredo Tropa.

Num debate que tem permitido olhar para a Ria de Aveiro através do cinema que a filmou, esta quarta sessão irá permitir um encontro com dos realizadores que melhor a conhece. Tendo já sido exibido em Novembro a sua longa-metragem “Bárbara”, é agora possível assistir a uma obra que nos transporta até aos nossos dias a memória do tempo em que o moliço era ainda importante e a base do trabalho de muitos dos habitantes das suas margens.

Alfredo Tropa, que é oriundo de uma família da Murtosa, tendo sido realizador da RTP durante grande parte da sua vida, é quem provavelmente mais vezes se debruçou sobre a Ria de Aveiro em, trabalhos fílmicos de maior profundidade. Nascido em 1939, é em Coimbra que conhece o movimento cineclubista, trocando a Faculdade de Ciências por um curso de realização cinematográfica no IDHEC em Paris. Tendo estagiado na televisão francesa, com quem viria a realizar várias obras ao longo da sua carreira, ingressou na RTP em 1968, tendo ali desenvolvido grande parte da sua filmografia e onde viria a ser Director dos Arquivos e Documentação. Sendo fundador do Centro Português de Cinema, fez parte do primeiro grupo de realizadores apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian e que veio a permitir o lançamento do chamado Cinema Novo. Na altura (1970-71), Alfredo Tropa realizou a longa-metragem de ficção “Pedro Só”. Não tendo nunca abandonado o documentário, é de sua autoria a série “Povo que canta”, produzida e exibida pela RTP entre 1970 e 1974 e onde ao longo de várias dezenas de episódios, Alfredo Tropa nos traz o conhecimento do nosso património musical.

Após a exibição do filme, Alfredo Tropa falará com o público presente na sala.
“Fitas na Ria” é promovido pelo grupouariadeaveiro em conjunto com o Cineclube de Avanca, o Teatro Aveirense e a Plano Obrigatório. Este evento tem promovido um olhar sobre a Ria através do cinema que desde o final dos anos 50 ali tem vindo a ser produzido.

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