sexta-feira, 11 de setembro de 2020

FELLINI NO PORTO E EM AVEIRO


 “Federico Fellini, a inevitabilidade da arte” é um livro de Anabela Branco de Oliveira que participa na comemora do centenário de nascimento do cineasta, um autor genial e inesquecível.

Numa edição da editora “debatEvolution”, esta obra terá apresentação pública este sábado no Porto e posteriormente em Aveiro na terça-feira seguinte.

Promovido pelo Cineclube do Porto, na Casa das Artes, dia 12 de setembro pelas 16h30 o realizador e professor universitário Adriano Nazareth Jr. irá apresentar o livro na presença da autora, antecedendo a exibição do filme “Julieta dos Espíritos” que Fellini realizou em 1965.

Na terça-feira dia 15 de setembro, no Teatro Aveirense e numa organização conjunta com a Plano Obrigatório, será Eugénia Pereira, investigadora e professora da Universidade de Aveiro a fazer a apresentação do livro pelas 21h30. Na altura será exibido o filme “Fellini 8 ½” (1963). A autora estará igualmente presente.

Segundo Anabela Branco de Oliveira “Em Fellini a arte torna-se espaço, tempo e personagem. Através de planos e enquadramentos, torna-se a alavanca de um percurso narrativo. Corpos e rostos são pedaços anatómicos que, na construção do discurso fílmico, definem um percurso identitário e são inevitáveis na sua essência artística. No percurso cinematográfico de Federico Fellini, conquistam-se diálogos e fronteiras identitárias entre cinema e arquitetura: os espaços arquitetónicos são projetos e protagonistas, ao mesmo tempo, espaços de reflexão cinematográfica e de análise arquitetónica. Na inevitabilidade da arte, projeta-se a inexorabilidade da transgressão, um percurso inconsciente com e sem limites, sonhos acabados e por acabar, passagens sucessivas entre caos e cosmos. As criações de Fellini projetam a flexibilidade do objeto estético e a omnipotência da criação cinematográfica. Nele, a arte é espontânea, vital, carnal e intrínseca. E inevitável”.

Sendo Docente na UTAD – Universidade de Trás-os-montes e Alto Douro, Anabela Branco de Oliveira étambém  investigadora no Labcom. Doutorada em Literatura Comparada, orienta a sua investigação científica no âmbito dos estudos interartes, nomeadamente nas relações entre literatura e cinema, literatura e arquitetura e igualmente na cinematografia de Manoel de Oliveira, Jacques Tati, para além de Federico Fellini. Leciona vários seminários no âmbito da análise do discurso fílmico e das relações dialógicas entre o cinema e outras artes. Tem comunicações apresentadas em múltiplos colóquios, publicações em revistas nacionais e internacionais e conferências como convidada nas universidades de Paris III, Paris Ouest Nanterre La Défense, Utrecht, Varsóvia, Lublin e Gdansk. Tendo participado nos júris de diversos festivais de cinema, tem sido também júri dos concursos nacionais de apoio à cinematografia portuguesa do ICA (2014-2020). Em Vila Real tem dirigido o “RIOS – Festival Internacional de Cinema Documental e Transmedia”.

A editora “debatEvolution”, tendo-se especializado na edição de obras sobre artes e humanidades, com uma particular atenção ao cinema, editando várias obras de autores portugueses que abordam esta área.

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