quarta-feira, 28 de setembro de 2016

PAULO TRANCOSO HOMENAGEADO NOS AÇORES

Nicolau Breyner é igualmente homenageado a título póstumo.

O Curta Açores – VII Festival de Cinema Internacional de Curta Metragem (Ilha de S. Miguel, Açores), decorre até Sábado, dia 1 de Outubro no belíssimo Teatro Ribeiragrandense e na Universidade dos Açores, homenageando este ano o produtor Paulo Trancoso, Presidente da Academia Portuguesa de Cinema.

Sendo o mais antigo Festival de Cinema dos Açores em atividade, este ano o evento realiza-se em 2 núcleos da Ilha de S. Miguel: Ribeira Grande e Ponta Delgada, desejando abranger mais público e divulgando um amplo cinema de curta metragem.

Na noite do próximo sábado, no palco do centenário Teatro Ribeiragrandense serão anunciados os prémios da competição internacional e regional e atribuídos os Prémios Carreira a Paulo Trancoso e a Nicolau Breyner a título póstumo.

Paulo Trancoso estará também na Universidade dos Açores na manhã de sexta-feira onde proferirá um Master Classe. Neste espaço irão intervir igualmente os professores universitários Leonor Sampaio da Universidade dos Açores e António Costa Valente da Universidade de Aveiro.

Nascido em Lisboa em 1945 e tendo frequentado cursos de Medicina e Arquitetura em Paris e Lisboa, Paulo Trancoso passou pelo jornalismo e a crítica de cinema antes de iniciar uma carreira internacional como produtor de cinema e televisão.

Em 1982 fundou a Costa do Castelo Filmes, uma das mais dinâmicas produtoras do cinema nacional. Com significativa passagem pela publicidade, foi um dos fundadores da “Casa das Máquinas” e da “Stress” que nos anos 90 trouxeram forte agitação a esta área.
Na televisão esteve ligado a êxitos de audiência como “A Viúva do Enforcado” e “A Banqueira do Povo”, entre outros.
Paulo Trancoso investiu na internacionalização do cinema português através de co-produções, como “A Casa dos Espíritos” ou “Comboio Noturno Para Lisboa” de Billie August, ou “A Rainha Margot” de Patrice Chereau. Este último filme foi nomeado para um OSCAR e recebeu 2 prémios em CANNES.
No cinema português produziu documentários como “Pare, Escute e Olhe” de Jorge Pelicano e “A Vossa Terra” de João Mário Grilo e longas metragens de ficção como “A Selva” de Leonel Vieira, “Manô” de Jorge Felner da Costa ou “Duas Mulheres” de João Mário Grilo.
Na distribuição de cinema e vídeo, foi o responsável pela edição de grandes clássicos do cinema mundial e por um número significativo e marcante de obras do nosso cinema.
Paulo Trancoso foi Presidente da Associação de Produtores de Cinema, da Associação dos Produtores e Realizadores de Filmes Publicitários e foi administrador em Portugal dos programas Eve e EuroAim.
Com a fundação da Academia Portuguesa de Cinema e a instituição dos Prémios SOPHIA, Paulo Trancoso marcou fortemente um novo rumo e espaço para o cinema português.

O Curta Açores homenageia igualmente e a título póstumo o ator, autor e igualmente produtor Nicolau Breyner.

Sendo uma organização do “CCRG – Clube de Cinema da Ribeira Grande”, este evento conta com a parceria da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Cine-Clube de Avanca, Direção Regional da Juventude, RTP AÇORES e RDP AÇORES.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

FILMES DO AVANCA 2016, PRODUZIDOS EM AVEIRO, NO ECRÃ DO TEATRO AVEIRENSE


Esta terça dia 27, pelas 21h30 no Teatro Aveirense, Os Filmes das Nossas Terças continuam com a programação especial do Festival de Cinema AVANCA 2016 que celebrou a sua 20ª edição em julho passado.

Dois filmes rodados em Aveiro mostram a costa e a cidade como raramente se viu.

DERIVA LITORAL - O IMPACTO DA EROSÃO COSTEIRA EM PORTUGAL, é um documentário realizado pela aveirense Sofia Barata. Jornalista e realizadora de conteúdos da Fábrica da Ciência Viva, aborda no seu documentário a erosão da costa litoral em Portugal.
No inverno de 2013-2014 a costa portuguesa foi fustigada por fortes tempestades e agitação marítima prolongadas. As zonas costeiras foram notícia pelas piores razões e, nos últimos anos, tem-se verificado em Portugal um avanço progressivo do mar, pondo em causa a segurança de pessoas e bens. Imagens da Vagueira ao Furadouro, passando pela Costa Nova e Barra, participem no registo deste filme que percorreu toda a linha costeira do nosso país.
O filme procura tornar a informação acessível a todos para que melhor se compreenda o fenómeno que tem preocupada as populações do litoral e a comunidade cientifica. O filme foi produzido pela Fábrica da Ciência Viva, Universidade de Aveiro e contou com a participação do Cine-Clube de Avanca e da Filmógrafo.

A curta-metragem que, como habitualmente irá anteceder a exibição do filme de longa duração, será o documentário A FESTA DO NOSSO MENINO S. GONÇALINHO de Pablo Sant'Ana, que acaba de terminar o seu Mestrado em Comunicação Multimédia no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro. Este filme conta o conceito das festividades do São Gonçalinho celebrado em Aveiro, percorrendo as várias fases vividas durante esta celebração. O filme aborda igualmente a festa em que se transformam as tradicionais cavacas que do alto da capelinha são atiradas pelos devotos. Este é um filme que fala de uma das festas populares mais conhecidas da região e uma obra que procura preservar a memória viva da “festa das cavacas”. Distinguido com a menção especial no 20º Festival de Cinema de Avanca 2016, esta obra tem previstas várias exibições em festivais internacionais.

Os realizadores estarão presentes na sessão e a Profa. Dra. Conceição Lopes da Universidade de Aveiro irá fazer a sua apresentação.


Os Filmes das Nossas Terças são uma iniciativa Teatro Aveirense, Plano Obrigatório e Câmara Municipal de Aveiro, têm o apoio do ICA e Ministério da Cultura e nestas sessões do Festival de Cinema AVANCA 2016.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

SERGIPE NO BRASIL RECEBE CINEMA PORTUGUÊS DO FESTIVAL DE CINEMA AVANCA 2016

Filmes portugueses que tiveram a sua estreia nas últimas edições do Festival Internacional de Cinema AVANCA, que este ano comemorou a sua 20ª edição, vão estar em exibição no Brasil.

Na cidade de Aracaju, decorre esta semana a 16ª edição do CURTA-SE, Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE 16), evento que tendo ganho especial relevo no espaço das curtas-metragens e no continente sul americano, teve este ano pela segunda vez uma mostra informativa da produção portuguesa selecionada de entre os filmes nomeados para a competição oficial do AVANCA.

Ali serão exibidos 5 filmes de curta duração e de diversos géneros que têm a particularidade de terem sido todos eles produzidos ou co-produzidos na região do festival Avanca.

A curtíssima obra de animação de Raquel Felgueiras “Galope”, que tem estado em exibição em diversos festivais europeus, transporta-nos pelo desenho para o início do cinema, dos jogos óticos e das primeiras representações rupestres do movimento.

Igualmente com animação, mas sobretudo com imensas crianças com ideias inesperadas sobre a felicidade, será exibido o filme que Gladys Mariotto filmou no Brasil, em São Tomé e Príncipe e em Portugal. Este documentário animado intitula-se “A felicidade mora aqui”.

“Aves, paixão europeia”, realizado por Lardyanne Pimentel, é um documentário com imagens impressionantes do mundo dos amantes de aves. Rodado em Portugal, mas também na Bélgica, Holanda e França, este filme foi desenvolvido no âmbito de um mestrado na Universidade de Aveiro.

Igualmente produzido no âmbito de um mestrado, a ficção “Retrato, sombra, grito” que Ana Luísa Vale desenvolveu na Escola Superior Artística do Porto, é uma obra questionante de identidades onde a fotografia tem um lugar relevante.

Por último “Cerveja, gravuras e cinema” é uma filme experimental realizada por Francisco Moura Relvas com a intervenção do jornalista Germano Campos, numa abordagem de homenagem póstuma a Fernando Mateus. Jornalista, cineasta e homem de cultura, Mateus foi sempre uma presença constante no Festival de Avanca, mas também em quase todos os grandes acontecimentos e eventos cinematográficos portugueses ao longo de décadas e sobretudo após os anos 80.


A exibição destes filmes no estado brasileiro de Sergipe, marca uma colaboração que reúne significativos festivais de cinema de três continentes (Europa, África e América), num contexto onde a língua portuguesa está particularmente presente.