Chega esta quinta-feira às salas de cinema o documentário “Nós na Rua” do cineasta Luís Margalhau.
No Cinema City Alvalade, a estreia será marcada pela presença de alguns dos protagonistas do filme que, momentaneamente deixarão a rua para surgirem no ecrã e na sala do cinema.
“Nós na Rua” é um filme que acompanha quatro músicos e um bailarino de samba tradicional que ocupam a baixa pombalina da cidade de Lisboa para fazer dela o seu palco.
No filme conhecemos Christian Grosselfinger, um músico brasileiro que veio para Portugal estudar violoncelo. O seu percurso como músico de rua iniciou-se em Viena quando conheceu uma violinista que vivia de tocar na rua. Para ele, tocar na rua é um sentimento de liberdade.
Tony Banza é de Setúbal. Em 1979 saiu de sua casa no Alentejo e foi de férias ao Algarve, levou a sua viola, experimentou colocar o saco no chão e começou a receber umas moedas. Motivado por essa experiência chegou a ir à televisão e tentou ser cantor profissional, o que não chegou acontecer. Toca na rua à 32 anos.
Ananda Kríshna Roosli, de nacionalidade Suíça, é licenciado em música. Tendo sido professor de música no seu país, toca instrumentos pouco habituais como o Didjeridu, Hang Drum e o Shrutibox. Sendo um viajante do mundo, tem como filosofia de vida tocar na rua para distribuir boa energia e força positiva, onde cada uma das suas musicas é uma viagem espiritual.
Bernat Rebés Ruiz é de Barcelona e toca violino desde os 5 anos. Fez parte de uma orquestra sinfónica durante 10 anos. Em 2010, termina a licenciatura de Musicologia e inicia um sonho antigo: fazer uma viagem a pé sem data de regresso, caminhando de Barcelona, por um caminho que atravessa todos os Pirinéus até ao Pais Basco. Foram 2000 Km a pé. Já em Portugal, experimentou tocar na rua, mas os dois primeiros dias foram difíceis.
Joel Oliveira é Brasileiro e bailarino de Samba. Em abril de 2010 chegou a Portugal para ministrar oficinas teatrais, encantou-se por Lisboa e foi ficando. Diz que gosta de estar na rua porque é uma boa maneira de conviver com as pessoas, de compartilhar o seu trabalho e distribuir sorrisos. Diz que a rua é uma escola e a sua profissão.
Produzido pela Margas filmes em co-produção com o Cine-Clube de Avanca e a Filmógrafo, este é o último filme do realizador Luís Margalhau. Estreado e premiado no Festival de cinema AVANCA, seleccionado em vários festivais internacionais, foi igualmente premiado no Curta Amazônia (Brasil).
Luís Margalhau, nasceu na Figueira da Foz em 1969, estudou Comunicação Audiovisual e tem desenvolvido a sua actividade profissional como operador de câmera, editor e realizador de documentários de autor.
Tendo passado pelas equipas de televisão de várias produtoras e da Universidade de Aveiro, entre 2003 e 2005 na Guiné Bissau, foi formador na área de imagem e edição na Televisão Comunitária, TV Kélele e Tv Bagunda.
Em 2007 realizou 4 documentários para a Casa da Música, iniciando uma relação de especial presença da música na sua obra.
Em complemente será exibida uma das mais emblemáticas obras do cinema de animação português “Timor Loro Sae” que Vítor Lopes realizou em 2004 num processo paralelo ao desenrolar dos acontecimentos em Timor.
Para além do Cinema City Alvalade, o filme estreia no Cinema Dolce Vita de Ovar e no Teatro Ribeiragrandense nos Açores. Outras exibições estão previstas em salas de todo o país.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
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