O cinema de animação produzido em Avanca, acaba de ser premiado nos festivais de cinema de Arouca e Coimbra e prepara-se para estrear uma série de animação na RTP.
“Histórias a passo de Cágado” do decano do cinema de animação português Artur Correia, irá estrear no próximo dia 1 de Dezembro na RTP2, sendo exibida três vezes por dia nos espaços do programa “Zig-Zag”.
São 65 filmes de 30 segundos cheios de humor e sem diálogos, sempre à volta de uma doce e simpática tartaruga. Longe da vida vertiginosa dos humanos, a tartaruga aparece sempre com um sorriso para tirar o melhor partido das mais inesperadas situações.
Esta série de animação teve já exibição em festivais de França, Índia, Itália, Peru, Polónia, Turquia e em vários festivais portugueses,
Entretanto o Festival internacional de Cinema de Arouca acaba de atribuir o Prémio Melhor Documentário ao filme de animação “A ria, a água, o homem” de Manuel Matos Barbosa, produzido pela Filmógrafo e Cine-Clube de Avanca. Com os desenhos minuciosos do realizador, a voz do actor Joaquim de Almeida e os textos de Raúl Brandão, este filme é um fresco documental da Ria de Aveiro, da sua paisagem, barcos e da sua gente. Exibido anteriormente nos festivais AVANCA'10 e CINANIMA, este filme foi projectado nas homenagens que o Museu da Cidade de Aveiro e o Museu Regional de Oliveira de Azeméis prestaram recentemente ao cineasta Mattos Barbosa, um dos nomes mais importantes do “Grupo de Aveiro” que nos anos 60 e 70 marcaram o cinema português de curta-metragem.
Também o festival “Caminhos do Cinema Português” em Coimbra acaba de premiar o filme “Conto do Vento”, produzido pela Filmógrafo, Koto Studios e Cine-Clube de Avanca. Realizado por Cláudio Jordão e Nelson Martins, este filme recebeu o Prémio Revelação do Júri Oficial do Festival.
Tendo tido a sua estreia mundial no AVANCA'10, este filme, ambientado numa aldeia do interior do norte de Portugal, conta a história de Salva, que tinha o dom de sentir a vida da natureza percorrer-lhe o corpo. Salva vivia na Floresta do outro lado do rio com Ábia sua mãe e era feliz, até ao dia em que a sua vida mudou. Os homens e mulheres da aldeia obrigaram-na a assistir à queima de sua mãe acusada de Bruxaria. Anos mais tarde o medo que os aldeões tinham à sua mãe é o mesmo que os move contra ela.
Produzido com o recurso à animação 3D, este filme passa-se todo num único plano de mais de 12 minutos, utilizando inovadores recursos plásticos e narrativos desta tecnologia.
“História a passo de Cágado”, “A ria, a água, o homem” e “Conto do vento”, foram produzidos com o apoio do ICA / Ministério da Cultura e com a participação da RTP.
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