quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

FILME “JÁ NADA SEI” ACABA DE RECEBER O PRINCIPAL PRÉMIO DO 7ºLIFFT ÍNDIA

O filme JÁ NADA SEI de Luís Diogo, venceu este domingo, 25 de dezembro, o prémio de MELHOR LONGA-METRAGEM no 7º LIFFT ÍNDIA, FILMOTSAV WORLD CINE FEST. Este é o mais importante prémio deste evento cinematográfico.

Produzido em conjunto com o Cine Clube de Avanca e Filmógrafo, o filme foi rodado maioritariamente em Oliveira de Azeméis.

Este prémio junta-se às distinções de “Melhor Filme Estrangeiro” obtido no Alexandria Film Festival, na Virgínia, e de “Melhor Filme Estrangeiro” e “Melhor Fotografia” obtidos no 15º Treasure Coast International Film Festival, da Flórida, ambos nos Estados Unidos

Esta é a terceira longa-metragem de Luís Diogo, depois de “Pecado Fatal” e “Uma Vida Sublime”.

Natural de Castelo Branco e tendo nascido em Bissau, escreveu vários argumentos de filmes antes de iniciar um percurso na realização cinematográfica que tem sido acompanhado pelo festival de Cinema AVANCA.

Já Nada Sei conta a história de Ricardo e Ana, escolhidos para um documentário sobre casais. Durante 15 dias a equipa do documentário regista depoimentos do casal, de amigos, familiares e colegas. O problema é que Ricardo se quer separar há já algum tempo, mas não tem coragem de o fazer. Este documentário obriga-o a refletir sobre a relação.

Segundo o realizador, “Já Nada Sei é um estudo sobre o processo pelo qual nos deixamos aprisionar nas relações, sem coragem de as terminar mesmo quando sabemos que não têm futuro. E também pelo processo em que nós mesmos aprisionamos, conscientemente ou inconscientemente, alguém que não queremos deixar partir”.

Duarte Miguel e Ana Aleixo Lopes interpretam os papéis principais desta produção que chegará aos cinemas portugueses em 2023, tendo tido uma recente antestreia no Azeméis Film festival.

Pelo filme passam atores como Susie Filipe, Eric da Silva, Carolina Pavão, Rui Oliveira, Miguel Meira, Fábio A. Costa, Carlos Moreira, Valdemar Santos e Soraia Sousa. Com música de Fernando Augusto Rocha, fotografia de Pedro Farate, som de Álvaro Melo, o filme foi produzido por António Costa Valente e Luís Diogo que é também o autor da montagem e do argumento original.

JÁ NADA SEI contou na sua produção com o apoio do Município de Oliveira de Azeméis, de Santo Tirso e do Avanca Film Fund.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

BRASIL PREMEIA O SOM DO FILME “POR DETRÁS DA MOEDA” QUE ESTREIA NOS CINEMAS NO DIA 8

O filme “Por Detrás da Moeda” de Luís Moya acaba de ser distinguido com o Prémio Melhor Som nos Prémios Tietê que acabam de ser anunciados em São Paulo no Brasil.

Esta distinção foi atribuída a Álvaro Melo, João Correia e Miguel Santos que tiveram o complexo trabalho de trabalhar o som de um filme onde a música é essencial.

Rodado no Porto com alguns dos mais carismáticos músicos de rua da cidade, o filme acompanha, entre outros, Alexandre Amorim, um dos fundadores dos “Pippermint Twist”, grupo que nos anos 80 partilhou o top de vendas com os “Xutos & Pontapés”.

Com o cantor Nuno Norte e o baixista Miguel Cerqueira, fundador dos “Trabalhadores do Comércio”, esta longa metragem é também um tributo à cidade do Porto.

O filme é anunciado como sendo “O primeiro documentário sobre músicos de rua da cidade do Porto e o projeto Pippermint Twist da década de 80! Dias acelerados ao som da música dos artistas de rua. Deixamos cair uma moeda, prosseguimos, mas que histórias se escondem POR DETRÁS DA MOEDA!? Das ruas para os palcos, da ribalta para as ruas. Almas que buscam alimento, corpos que procuram sustento, mas no final apenas a música sobrevive”.

“Por Detrás da Moeda” é a primeira longa metragem de Luís Moya, que tendo estudado na ESAP - Escola Superior Artística do Porto, está a rodar dois novos filmes nas Bahamas e no Peru.

Anteriormente filmou, entre outros, “Mia Mia Sudan Tamam Tamam”, rodado no Sudão e distinguido com o Prémio de Cinema Português no Fantasporto de 2013.

“Por Detrás da Moeda”, tendo sido Prémio do Público do FANTASPORTO 2020, a dias do país encerrar,  chega agora aos cinemas no primeiro ano em que a pandemia abranda.

Exibido pela primeira vez com uma estrondosa salva de palmas no Rivoli, com o público todo de pé, o filme “Por Detrás da Moeda” de Luís Moya, produzido pela Filmógrafo e Cine Clube de Avanca, foi igualmente premiado em festivais nos EUA, Reino Unido, Índia, Itália, México, Botão, para além de Portugal e Brasil.

A estreia do filme vai acontecer na próxima quinta-feira dia 8 de dezembro, em cinemas de Vila Nova de Gaia, Lisboa, Braga, Setúbal, São João da Madeira, Leiria, Penafiel, Castelo Branco, Estarreja e Ovar.

“Por Detrás da Moeda” teve apoio à produção do ICA, Ministério da Cultura.



terça-feira, 1 de novembro de 2022

EUA PREMEIAM “JÁ NADA SEI”, O NOVO FILME DE LUÍS DIOGO













Longa metragem, rodada em Oliveira de Azeméis, abriu recentemente o Festival de Cinema de AZEMÉIS.

O novo filme  JÁ NADA SEI de Luís Diogo, produzido pelo Cine Clube de Avanca e Filmógrafo, venceu os prémios de “Melhor Filme Estrangeiro” e de “Melhor Fotografia” (atribuído a Pedro Farate) no 15º Treasure Coast International Film Festival que decorreu em Port St. Lucie, na Flórida, em outubro.

Protagonizado por Ana Aleixo Lopes, Susie Filipe e Duarte Miguel, JÁ NADA SEI é o novo filme de Luís Diogo que, em antestreia, abriu o Azeméis Film Festival.

Rodado em grande parte na cidade de Oliveira de Azeméis, pelo filme passam imagens de locais icónicos como o Jardim de La Salette ou o Centro Vidreiro, num filme que conta a história de Ricardo e Ana, um casal escolhido entre 277 candidatos para um documentário sobre casais felizes.

Segundo o realizador, “Já Nada Sei é um estudo sobre o processo pelo qual nos deixamos aprisionar nas relações, sem coragem de as terminar mesmo quando sabemos que não têm futuro. E também pelo processo em que nós mesmos aprisionamos, conscientemente ou inconscientemente, alguém que não queremos deixar partir”.

Pelo filme passam atores como Eric da Silva, Carolina Pavão, Rui Oliveira, Miguel Meira, Fábio A. Costa, Carlos Moreira, Valdemar Santos e Soraia Sousa. Com música de Fernando Augusto Rocha, fotografia de Pedro Farate, som de Álvaro Melo, o filme foi produzido por António Costa Valente e Luís Diogo que é também o autor da montagem e do argumento original.

Ainda segundo o realizador, “Já Nada Sei é também um ensaio sobre as diferenças entre a realidade e a reality TV, em que assistimos como a um documentário, ambiciosamente realista, retratando erroneamente um casal idílico em que na verdade um dos seus membros está insatisfeito”.

Entretanto, durante o mês de novembro, o filme JÁ NADA SEI estará em exibição em 7 festivais internacionais. É um dos 5 nomeados para o Prémio de Melhor Longa Metragem de Ficção entre as 16 longas metragens selecionadas para o 25º ARPA International Film Festival, um dos mais prestigiados festivais de cinema independente de Los Angeles, que decorrerá em novembro.

Está igualmente selecionado para o “East Lansing Film Festival”, o maior e o segundo mais antigo festival de cinema do estado americano de Michigan que celebra a sua 25ª edição entre 3 e 10 de novembro.

Entre 7 a 13 de novembro será o representante de Portugal no 13º Latino & Iberian Film Festival, organizado pela Universidade de Yale, uma das 10 melhores universidades do mundo.

De 8 a 12 terá a sua estreia africana no DjarFogo International Film Festival, que decorrerá na Ilha do Fogo em Cabo Verde.

Entre 10 e 13 irá até Alexandria, a 20 quilómetros de Washington DC, para competir no 16º Alexandria Film Festival, no estado da Virgínia.

De 12 a 20 estará no México, na seleção oficial do 6º Stuff MX Film Festival.

Finalmente, entre 24 e 27 de novembro, será exibido na África do Sul, participando no 4º Ekurhuleni International Film Festival.

JÁ NADA SEI é a terceira longa-metragem de Luís Diogo, tendo a sua produção contado com o apoio do Município de Oliveira de Azeméis, de Santo Tirso e do Avanca Film Fund.


quarta-feira, 26 de outubro de 2022

“A CAIXA” E A ATRIZ MARIE LEUENBERGER DISTINGUIDOS NO AZEMÉIS FILM FESTIVAL

Os filmes premiados nas últimas edições do Festival de Cinema LEEFEST e do Avanca venceram a segunda edição do Azeméis Film Festival, cuja competição envolve apenas obras já distinguidas nos principais certames portugueses.

Entre as cinco obras a concurso, destacaram-se assim duas: o Prémio do Festival foi para o filme mexicano 'A Caixa', com realização do cineasta venezuelano Lorenzo Vigas e anteriormente distinguido no LEFFEST - Lisbon & Sintra Film Festival, e o Prémio Especial coube à atriz Marie Leuenberger, protagonista do filme 'Pássaros Engaiolados' de Oliver Rihs, que já vencera no Festival de Cinema de Avanca.

'A Caixa' teve a sua estreia no festival de Veneza e foi premiado no LEFFEST 2021. Este filme sucede a outros dois filmes, sendo o último capítulo da trilogia dedicada à ausência da figura do pai, um traço indelével da identidade social latino-americana.

Marie Leuenberger protagoniza o filme suíço e alemão “Caged Birds”, onde Bárbara, uma jovem advogada radical se encontram e forma uma aliança improvável com Walter que, num tempo especialmente conturbado, entra e foge da prisão multiplas vezes. 

O júri internacional foi constituído pela atriz Marina Gera (Hungria) e pelos cineastas Manuel de Coco (Grécia), Masoud Soheili (Irão), Ganna Yarovenko (Ucrânia), Igor Martins (Portugal) e pelo crítico de cinema Rui Pedro Tendinha.

Com organização do Município de Oliveira de Azeméis, o AZEMÉIS Film Festival é “o festival dos festivais” ao reunir os filmes premiados nos principais festivais de cinema portugueses no último ano. 

Os vencedores dos festivais de Avanca, Doclisboa, Fantasporto, Indielisboa e Leffest passaram pelo ecrã de “O Cinema” neste final de outubro, numa competição internacional de longas metragens de ficção e documentário.

O festival surge com o propósito de devolver o cinema ao concelho, numa altura em que o município está em fase de conclusão da recuperação da maior sala de espetáculos da cidade, o  Cineteatro Caracas.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

ISABEL RUTH EM ESTARREJA COM O FILME “MUDAR DE VIDA” NO PROGRAMA A SEASON OF CLASSIC FILMS

Este domingo dia 23 de outubro, no Cine-Teatro de Estarreja, em sessão especial dedicada à população de toda a região onde a obra foi rodada, exibe-se o filme MUDAR DE VIDA, de Paulo Rocha, de 1966.

A sessão é organizada pela Cinemateca Portuguesa em colaboração com o Cine Clube de Avanca, que este ano comemora os seus 40 anos de existência, e é integrada no programa A Season of Classic Films, lançado pela Associação das Cinematecas Europeias com o objetivo de estimular um conhecimento alargado do património cinematográfico europeu.

Segundo filme de um grande realizador do Cinema Português e Europeu e um dos marcos principais do “Cinema Novo” da década de 60, “Mudar de Vida” é um dos mais extraordinários retratos do Portugal dessa década, encurralado entre um presente fechado e sem horizontes e um futuro que se anuncia nas transformações da sociedade, já pressentido mas ainda bloqueado.

Rodado na praia do Furadouro e regiões adjacentes, o filme conta o regresso de um ex-combatente da Guerra Colonial aos seus lugares de origem e da sua busca de identidade numa comunidade e num território em mudança, em tempo de derrocada da pesca artesanal e da emergência das primeiras unidades fabris.

Articulada ainda com o Plano Nacional de Cinema e o Projecto FILMar (EEA Grants), a sessão contará com a presença de Isabel Ruth, uma das grandes protagonistas deste filme e de outros títulos fundamentais de Paulo Rocha.

Estará também presente o diretor da Cinemateca Portuguesa José Manuel Costa.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

“JÁ NADA SEI” E “O ANTIQUÁRIO” NA ABERTURA DO AZEMÉIS FILM FESTIVAL

Longa metragem rodada em Oliveira de Azeméis abre o festival deste ano.

Numa noite de antestreias, a segunda edição do AZEMÉIS Film Festival irá exibir o novo filme de animação “O Antiquário” do realizador oliveirense e decano da animação portuguesa Manuel Matos Barbosa, seguindo-se a longa-metragem “Já Nada Sei”.

Protagonizado por Ana Aleixo Lopes, Susie Filipe e Duarte Miguel,  “Já Nada Sei” é o novo filme de Luís Diogo que, em antestreia, irá abrir o Azeméis Film Festival na noite de sexta-feira dia 21 de outubro próximo.

Rodado em grande parte na cidade de Oliveira de Azeméis, pelo filme passam imagens de locais icónicos como o Jardim de La Salette ou o Centro Vidreiro, num filme que conta a história de Ricardo e Ana, um casal escolhido entre 277 candidatos para um documentário sobre casais felizes.

Segundo o realizador, “Já Nada Sei é um estudo sobre o processo pelo qual nos deixamos aprisionar nas relações, sem coragem de as terminar mesmo quando sabemos que não têm futuro. E também pelo processo em que nós mesmos aprisionamos, conscientemente ou inconscientemente, alguém que não queremos deixar partir”.

Pelo filme passam atores como Eric da Silva, Carolina Pavão, Rui Oliveira, Miguel Meira, Fábio A. Costa, Carlos Moreira, Valdemar Santos e Soraia Sousa. Com música de Fernando Augusto Rocha, fotografia de Pedro Farate, som de Álvaro Melo, o filme foi produzido por António Costa Valente e Luís Diogo que é também o autor da montagem e do argumento original.

Ainda segundo o realizador, “Já Nada Sei é também um ensaio sobre as diferenças entre a realidade e a reality TV, em que assistimos como a um documentário, ambiciosamente realista, retratando erroneamente um casal idílico em que na verdade um dos seus membros está insatisfeito”.

A antestreia do filme será marcada também com um concerto dos MOONSHINERS, onde a atriz Susie Filipe do filme “Já Nada sei” é baterista.


“O Antiquário” é o mais recente filme de Manuel Matos Barbosa. Baseado num conto de Fialho de Almeida e com a voz inconfundível de Ruy de Carvalho, o filme tem em Vicente, um velho avarento, o seu protagonista. O filme tem música de Joaquim Pavão, animação de João Oliveira e montagem de António Osório. Manuel Matos Barbosa, para além da realização é autor do argumento, da criação gráfica e da direção de animação.

“O Festival dos festivais” é uma organização do Município de Oliveira de Azeméis que reúne os filmes premiados nos principais festivais internacionais de cinema portugueses do último ano, numa competição de longas metragens entre a ficção e o documentário.

Os vencedores dos festivais de Avanca, Doclisboa, Fantasporto, Indielisboa e Leffest vão passar pelo ecrã de “O Cinema” na Praça da Cidade entre 20 e 23 de outubro próximo.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

AZEMÉIS FILM FESTIVAL JUNTA NO ECRÃ O MELHOR DO CINEMA PREMIADO EM PORTUGAL

“O Festival dos festivais” é uma organização do Município de Oliveira de Azeméis que reúne os filmes premiados nos principais festivais de cinema portugueses no último ano, numa competição de longas metragens entre a ficção e o documentário.

Os vencedores dos festivais de Avanca, Doclisboa, Fantasporto, Indielisboa e Leffest vão passar pelo ecrã de “O Cinema” entre 20 e 23 de outubro próximo.

Por esta segunda edição do festival de cinema irão passar filmes como “Mato seco em chamas” de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Brasil, Portugal), obra surpreendente que ganhou o “Indielisboa 2022”. Neste filme Léa, Chitara e Andreia têm um negócio muito particular: sacando petróleo a oleodutos da cidade, transformam-no depois em gasolina que vendem aos “motoboys”.

Também em competição estará “La caja", um filme produzido entre o México e os Estados Unidos do realizador Lorenzo Vigas. Tendo estreado em Veneza, foi premiado no LEFFEST 2021 e sucede a outros dois filmes como o último capítulo da trilogia dedicada à ausência da figura do pai, um traço indelével da identidade social latino-americana.

Tendo ganho o Prémio do Público do último “Fantasporto 2022”, o filme “Follow Her” de Sylvia Caminer também passará por esta edição do Azeméis Film Festival, um filme que conta a história de uma mulher, viciada nas redes sociais, que se deixa cair numa armadilha da qual não consegue fugir.

Do “Avanca 2021” será exibido o premiado “Caged Birds” do realizador e co-escritor suíço Oliver Rihs, onde Bárbara, uma jovem advogada radical, e Walter, que entra e foge da prisão muitas vezes, se encontram e formam uma aliança improvável.

“918 Nights” da realizadora espanhola Arantza Santesteban foi o vencedor do Grande Prémio Cidade de Lisboa do “DOCLisboa 2021”, uma obra que “reflete sobre a resistência a diferentes sistemas de controlo sobrepostos e fá-lo propondo dialéticas que questionam um entendimento redutor das formas de identidade.”

O AZEMÉIS Film Festival surge como reinício do caminho de trazer o cinema ao concelho, criando-se novos públicos e novas dinâmicas que levem ao envolvimento da comunidade nesta forte e dinâmica área cultural. Procura ainda criar condições mais estáveis e adequadas ao desenvolvimento de atividades de interesse municipal que salvaguardem e perpetuem a história e património cultural do município.

Em Oliveira de Azeméis o cinema tem uma marca histórica importante.

Pelo Cineteatro Caracas, que o município está a recuperar (em fase de conclusão), e também em duas outras salas de cinema, passaram décadas de programação do cinema de todo o mundo. A criação do Cineclube de Azeméis e os filmes dos cineastas oliveirenses deram uma forte dinâmica cinéfila à cidade, com vários filmes premiados em festivais nacionais e internacionais durante os anos 60 a 80 do século passado.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

“CINEMA À HORA CERTA” NA FORTALEZA DE SAGRES


CINEMA À HORA CERTA na Fortaleza de Sagres traz o “Best of Avanca International Film Festival” às sextas e sábados entre 23 de setembro e 15 de outubro para mais uma maré de cinema de animação sem diálogos.

Serão 6 sessões por dia às 11h, 12h, 13h, 14h, 15h e 16h num programa votado pelos alunos do Algarve que no final do passado ano letivo tiveram a oportunidade de ver curtas metragens de animação de todo o mundo.

Um projeto de Isa Catarina Mateus, Vice Presidente da Federação Portuguesa de Cineclubes, através do Departamento de Cinema e Educação da Federação Internacional de Cineclubes, numa co-organização do Festival com a associação PAFACUL (Património Artes Formação Ambiente Cultura) sediada no barlavento algarvio e que conta com o apoio da Federação Portuguesa de Cineclubes, Município de Vila do Bispo, Freguesias do Concelho, Direção Regional de Cultura do Algarve e do Promontório de Sagres. Esta iniciativa está integrada nas Jornadas Europeias do Património.

Assim, esta proposta proporciona à comunidade e aos visitantes o contacto com o melhor do cinema de animação premiado internacionalmente que traz à tona questões ambientais e sociais.

Porque o cinema de animação de autor é transversal e intergeracional.

A seleção de filmes inclui obras de Portugal, Argentina, Eslovénia, França, Itália e Turquia.

As projeções decorrem no espaço único do Auditório da Fortaleza de Sagres. A exibição de cinema de animação enquadra-se igualmente no ano em que se comemoram os 16 anos da projeção da primeira longa-metragem da animação portuguesa “Até ao Tecto do Mundo”.

O Festival de Cinema AVANCA, que comemorou recentemente 25 anos, reúne cinema do mundo numa organização conjunta do Cine Clube de Avanca e do Município de Estarreja com o apoio do ICA / MC, IPDJ, JFA, entre outras entidades. Acontece sempre na última semana de julho e tem, ao longo do ano, extensões em diversas localidades no país e no estrangeiro.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

“SOULA” DO ARGELINO ISSAAD SALAH VENCE O 26º FESTIVAL DE CINEMA AVANCA 2022

“Soula” é o grande vencedor do “26º Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia – AVANCA 2022”, encerrando os 10 dias de um festival de cinema que comemorou um quarto de século de cinema do mundo.

Realizado pelo argelino Issaad Salah, este filme ganhou o Prémio Cinema para a Melhor Longa Metragem e o Prémio Melhor Fotografia (Arthur Fanget).

Neste filme, Soula, uma jovem mãe solteira, é rejeitada pela família. Sem casa, numa longa noite, ao longo das estradas infindáveis e numa espiral de encontros infelizes mas deslumbrantes.

Foram ainda distinguidas com Menções Especiais as longas–metragens “Make-Believers” de Kenjo McCurtain (Japão) e “Viagens em Cabeças Estrangeiras” de António Amaral (França), que também recebeu o prémio de melhor realizador. Aos atores deste filme francês, foram atribuídos ainda o Prémio para o Melhor Ator a Julien Darney e uma Menção Especial a Amine Benrachid.


O Prémio Curta Metragem foi para o filme “Toutes les Nuits” de Latifa Said (França), que foi igualmente distinguido com o Prémio de Melhor Argumento. A curta metragem “Without You” do cineasta italiano Sergio Falchi recebeu uma Menção Especial.

A curta metragem de Espanha “Sorda”, de Eva Libertad e Nuria Munoz, foi distinguida com o Prémio Melhor Som e Melhor Atriz (Miriam Garlo).

O Prémio de animação foi atribuído a “Aquamation” de Ho-yueh Chen (Taiwan).

O júri cinema foi presidido por Ana Pires, tendo integrado Golam Rabbany Biplob (Bangladesh), Christine Boghemans (Bélgica), Gérald Canivet (Bélgica) e Cristina Cavalcanti (Brasil).

O filme “Soula” de Salah Issaad (Argélia) e a curta metragem “Sorda” de Nuria Muños e Eva Libertad (Espanha), foram também os vencedores do Prémio D. Quixote da FICC – Federação Internacional de Cineclubes, de que foi júri Hasan Mahmud (Bangladeche) e Pedro Medeiros.

O Prémio Estreia Mundial Longa Metragem foi atribuído a “José Luís Espinosa – o espião” de Alfonso Palazon (Portugal), pelo júri constituído pelos cineastas Francisco Ávila, Luís Diogo e Luís Moya. 


“José Luís Espinosa – o espião” de Alfonso Palazón, recebeu também o Prémio Competição Avanca e o Prémio Estreia Mundial foi atribuído a “A Espuma e o Leão” de Cláudio Jordão. A curta metragem de animação “Purgatory Airlines”, realizado por alunos da Escola Monsenhor Miguel de Oliveira de Válega e com alunos de outras escolas europeias numa coordenação de João Católico, recebeu uma Menção Especial. O júri foi constituído pelo crítico de cinema Germano Campos, por Helena Batista da Academia Portuguesa de Cinema e a atriz Maria João Mata.

O prémio vídeo foi atribuído a “Um narrador” de Miguel Seixas (Portugal) e o vídeo “Transparent, I am”de Yuri Muraoka (Japão) recebeu uma Menção Especial. O Prémio Vídeo Estreia Mundial foi atribuído a “Once I passed” de Martin Gerigk (Alemanha). O júri deste prémio foi constituído pela investigadora Mariana Bento Lopes, pelo crítico Nuno Reis e pelo cineasta Rui Filipe Torres.

O documentário “NTURUDU – Um carnaval sem máscara" de Arlindo Camacho (Portugal) venceu o Prémio Televisão e “No país de Alice” de Rui Simões (Portugal) e “Espejismos” de Alfonso Palazon (Espanha), Menções Especiais. O Prémio Estreia Mundial Televisão foi atribuído a “Homebound” de Ismail Fahmi Lubis (Indonésia). O júri foi constituído pelo fotógrafo Mike Haydon (Reino Unido), pelo poeta António Souto, pelos jornalistas Fernando Pinho, Manuel Freire,  Manuel Vitorino e Sara Silva, pelo ator Carlos Rico, pelo pintor Henrique Vaz Duarte e pelo investigador Paulo Miguel Martins.

Pela primeira vez no AVANCA, a competição Séries de Televisão distinguiu a série “Arthur (second season)” de Nick Rusconi (Suíça), tendo o júri deixado uma nota de incentivo para “A colônia luxemburguesa” de Dominique Santana (Luxemburgo). O júri foi constituído pelo realizador Rui Nunes, a programadora Fátima Cabral e a investigadora brasileira  Inês Argôlo.

O filme “Rapariga com um espelho” de Nuno Dias foi distinguido com o Prémio <30, destinado a realizadores com menos de 30 anos. O júri foi constituído pelos cineastas Bernardo Cabral e Manuel Paula Dias.

O filme de animação “O Antiquário” de Manuel Matos Barbosa foi distinguido com o Prémio Sénior, atribuído pela investigadora Cláudia Martins e pelo realizador Rui Nunes.

A competição “Trailer in Motion” distinguiu o trailer “A Espuma e o Leão” de Cláudio Jordão (Portugal) e o videoclipe “Flow my Tears” de Henrique Vilão, Tiago Damas e Luís Ales (Reino Unido). 

O júri, constituído pelo músico Sérgio Ferreira e a investigadora Liliana Rosa, atribuiu ainda Menções Especiais ao trailer “Dead Line” de Diego Leanza e Sofia Szelske (Argentina) e ao vídeo clip “Haus” de Tine Kluth (Alemanha, Reino Unido).

No AVANCA 2022 tiveram estreia mundial 30 filmes e foram exibidos 135 obras ao longo de todo o evento.

Entretanto, na “AVANCA|CINEMA, Conferência Internacional Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação”, o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, em homenagem póstuma a um dos mais relevantes investigadores portugueses na área da semiótica, estética e teoria do cinema, distinguiu a investigadora Katrin Pieper da Universidade de Coimbra com a comunicação “Filmes cortados e legendas manipuladas - A censura de filmes estrangeiros durante o Estado Novo”

O júri deste prémio foi constituído pelos académicos Anabela Branco de Oliveira (UTAD, Portugal), Beatriz Legerén (Universidade de Vigo), Filipe Muanis (UTAD, Portugal), Glória Moreno (Universidad Rey Juan Carlos, Espanha), José Ribeiro (ID+) e Petra Dominkova (FAMU, República Checa).

No total, 11 júris constituídos por 39 individualidades de 7 países atribuíram 22 prémios e 11 menções especiais.

O AVANCA acontece todos os anos em Avanca e é uma organização do Cine-Clube de Avanca e do Município de Estarreja com o apoio do ICA/Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Turismo Centro, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

ANIMAÇÃO PORTUGUESA NA ABERTURA DO 26º FESTIVAL DE CINEMA DE AVANCA

Comemoração de um quarto de século do festival junta homenageados.

O 26º AVANCA Festival Internacional de Cinema, inicia-se na quarta-feira dia 27 pelas 21h45 no Auditório Paroquial de Avanca, com homenagens comemorativas dos 25 anos do festival e a entrega dos prémios do ano passado.

Marcando a primeira noite competitiva, dois dos cineastas mais representativos do cinema de animação português fazem a estreia mundial dos seus novos filmes no AVANCA.

Manuel Matos Barbosa, o decano da animação portuguesa recentemente distinguido pela Academia Portuguesa de Cinema, estreia o seu novo filme “O Antiquário”. Baseado numa obra de Fialho de Almeida, com o desenho peculiar e atento do autor, o filme conta com a música de Joaquim Pavão e a voz inconfundível do ator Ruy de Carvalho.

“A Espuma e o Leão” é o novo filme de Cláudio Jordão, um dos autores mais premiados do cinema português de animação. Um olhar para a brava travessia de Olhão ao Rio de Janeiro de 18 destemidos marinheiros que em julho de 1808 levaram a notícia de Portugal livre à corte portuguesa refugiada em terras de Santa Cruz. Num inesperado e digital painel de azulejos, toda a animação 3D marca a intrépida viagem do pequeno caíque algarvio. Um filme que há mais de 10 anos o autor procurava realizar.


A noite de abertura é marcada pela homenagem a quem tornou possível, ano após ano, a realização deste festival. Um momento para agraciar vários dos inestimáveis apoios da proximidade.

O primeiro dia do Festival é ainda marcado pelo início da Conferência AVANCA | CINEMA, no Espaço Multimeios da Escola Egas Moniz. Pelas 17h30, o livro “Cento e Quarenta Anos do Teatro Aveirense” será apresentado pelo seu coordenador José Pina, seguindo-se uma mesa sobre cinema e média-arte pelo CIAC - Centro de Investigação em Arte e Comunicação. Ao longo de 4 dias serão apresentadas 120 comunicações, reunindo investigadores dos 5 continentes que trabalham temáticas à volta do cinema. 

Sob o signo dos DESLOCADOS, o Festival de Cinema de Avanca terá no dia seguinte vários pontos altos

“O Império do Silêncio” do realizador belga Thierry Michel, que será exibido às 14h30, é um relato aprofundado de dois assassinatos ocorridos na República Democrática do Congo em março de 2017.

Pelas 18h15 será exibida a última obra de André Valentim Almeida, o documentário “Famille F. C.” que aborda os clubes de futebol das comunidades portuguesas à volta de Paris.

A noite será marcada pela exibição às 21h30 do filme em estreia mundial “Viagens em Cabeças Estrangeiras” do realizador luso francês António Amaral, que estará presente conjuntamente com o ator Julien Darney, apresentando o filme. Nesta obra, três extraterrestres vivem nos corpos de humanos. Os três devem voltar ao seu planeta, mas um deles recusa-se a sair do corpo de um ativista do Mali que está a trabalhar na organização de uma grande manifestação de rua pelos direitos trabalhistas dos migrantes.

Terminando a noite, será ainda exibida “Toutes les nuits”, a última obra da realizada Latifa Said, cuja filmografia sempre se envolve com DESLOCADOS.

Estando previsto a exibição de 30 estreias mundiais, num total de cerca de 130 filmes, entre longas e curtas metragens, o 26º AVANCA decorre até 31 de julho no Auditório Paroquial de Avanca e no Cinema Vida em Ovar.

Organizado pelo Cine Clube de Avanca e pelo Município de Estarreja, o AVANCA tem apoio do ICA / MC, IPDJ, Turismo Centro, Junta de Freguesia de Avanca, Agrupamento Escolar de Estarreja,  Paróquia e das associações de Avanca, contando ainda com o apoio de várias universidades e escolas de ensino superior do país, empresas e outras instituições da região.

domingo, 17 de julho de 2022

FILME-CONCERTO "DENTRE" DE JOAQUIM PAVÃO, NO PRIMEIRO DIA DO FESTIVAL DE CINEMA AVANCA.

O Cine Teatro de Estarreja recebe este sábado dia 22, pelas  21h30, o filme-concerto "DENTRE", o novo projeto do realizador e compositor Joaquim Pavão, marcando o primeiro dia do 26º Festival Internacional de Cinema AVANCA 2022.

DENTRE apresenta-se em formato cine concerto. Um diálogo entre três músicos e um registo cinematográfico. Joaquim Pavão, realizador e guitarrista, Xavier Marques diretor de som e  sintetizador, e Isabel Pinto atriz e coargumentista, interpretam a banda sonora deste novo filme em produção.

O filme aborda a questão da violência, não na sua dimensão física, mas uma violência psicológica e emocional latente num dia-a-dia. Como nos explica o realizador, "é um filme que tenta mostrar o indivíduo na sua condição de pessoa que cumpre a pena do juízo dos outros. Vivemos numa sociedade "para fora" e esta sociedade impõe regras -que são aceites por todos- e ninguém discute a violência destas ideias". Como exemplo, Joaquim Pavão fala-nos de um certo alheamento perante os desafios da realidade; por forma a garantir a vivência em sociedade ou o sofrimento auto infligido à frente do desfasamento entre aspirações e realidade, mesmo se em virtude de pormenores aparentemente insignificantes.

São personagens do quotidiano que se atravessam no olhar. Lugares-comuns para a farsa como subversão. O filme aporta todas as virtudes a que o realizador já nos habituou: uma busca incessante por um olhar atípico, uma cinematografia dura e fascinante. Não obstante, Joaquim Pavão espera “que quem se sente a vê-lo diga, esta personagem sou eu, mas aquela também sou eu, e aquela também sou eu... e eu faço parte deste conjunto".

O crítico de cinema Rui Pedro Tendinha, descreve DENTRE como "uma experiência que literalmente nos tira o tapete dos pés".

DENTRE, cuja versão cinematográfica final está projetada para 2024, foi em parte rodado durante o último festival AVANCAe vai continuara a ser rodado durante o festival de cinema deste ano.

O cine-concerto a que Estarreja irá assistir será a primeira versão do filme-Concerto; uma vez que a cada apresentação se exibem novos trechos de um filme que está paralelamente em rodagem e edição, com diferentes abordagens musicais.  É no encontro entre músicos, projeção e público que se faz a prova dos materiais e se apura a forma daquele que será o objeto artístico final, a versão cinematográfica.

No elenco cinematográfico aparecem os atores nacionais e internacionais: Ângelo Castanheira, Constança Carvalho Homem, Eunice Correia, Igor Daniel, João Pamplona, Maria Gabi, Marta Bonito, Anouck Voisin, Aurora Campagnolo, Alvaro Lopez-Puigcerver Soler, Catherine Oliveira, Céline Manivel, Daria Kononenko, Dourthe Lucas, Dorotea Cicconcelli, Emma Roussel, Etienne Caillon, Francesco Stefanutti, Giuliano Arrighi, Irene Gómez Gràcia, Juliette Bousquet, Julia Poreba, Laura Barbosa Añón, Laia Serra Nicolas, Lídia Oms Riera, Liliana Santos, Léa Schweitzer, Michela Cerro, Marta Ortín López, Marco Russano, Marta Viani, Miguel Almeida, Sofia Esposito, Sofie Hulcová, Paula Alcobendas Bruno, Victor Aragones, Vítek Seidler e Zuzana Miková.

DENTRE é um cine-concerto classificado como M/16 e os bilhetes podem já ser reservados na bilheteira do Cine Teatro de Estarreja.

O Festival de Cinema AVANCA, que este ano decorre sob o signo dos DESLOCADOS, é uma organização do Cine Clube de Avanca, do Município de Estarreja e conta com o apoio do ICA / Ministério da Cultura, IPDJ, Turismo Centro, Junta de Freguesia, Paróquia e Associações de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja e diversos apoios de entidades e empresas da região.

terça-feira, 12 de julho de 2022

CINEMA E ESCOLA - AÇÕES DE FORMAÇÃO DE CURTA DURAÇÃO NO AVANCA 2022


O 26º AVANCA – Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia promove no espaço da Escola Egas Moniz em Avanca, duas formações de curta duração.

O encontro dos espaços da ESCOLA e do CINEMA tem sido crescente e gratificante.

A docência e a criação precisam desta inevitável parceria.

CINEMA E ESCOLA é um espaço de formação sob orientação de Graça Lobo, um ícone nestas áreas de encontro.

As ações são reconhecidas e certificadas para progressão de carreira de todos os docentes do Ensino Básico e Secundário, pelo Centro de Formação da Associação para Formação ATEXXI.


As ações decorrem nos dias:

Dia 28 de julho (10h - 13h)

O cinema de animação na Escola (Ação 01).

Dia 29 de julho (10h - 13h)

Por dentro do filme “O garoto de Charlot” (Ação 02).

Ambas as formações serão orientadas por Graça Lobo e têm a coordenação de Isa Catarina Mateus.


AÇÃO 01

O cinema de animação na Escola

A valorização do cinema enquanto Arte, junto das escolas e da comunidade, levanta necessidades de formação de base que se centram principalmente nas abordagens metodológicas que são levadas a efeito.

Esta ação irá focar-se em excertos de filmes e curtas metragens de animação, sendo feita uma análise temática, formal e interdisciplinar.

Serão dadas pistas de trabalho para lidar o cinema de animação em sala de aula.


OBJETIVOS

Conhecer instrumentos de pré-cinema e a ilusão do movimento;

Identificar Técnicas de cinema de animação;

Reconhecer o conceito de autor;

Descodificar a imagem fílmica como veículo de significados;

Promover uma abordagem interdisciplinar do filme.


CONTEÚDOS

A Linguagem do Cinema.

O Pré-Cinema.

O Cinema de animação.

O filme como objeto interdisciplinar.

O cinema e a intertextualidade.


AÇÃO 02

Por dentro do filme “O garoto de Charlot”

O Garoto de Charlot, de Charles Chaplin é uma referência universal na História do Cinema. Teve a sua estreia há um século (Nova Iorque, 1921).

Sendo um modelo dos valores e das potencialidades da narrativa melodramática, este filme potencia a discussão de temas como o abandono das crianças e a dificuldade de sobrevivência.

Sendo um filme intemporal, é também um filme que se adequa a todas as faixas etárias. Tendo, naturalmente, em conta as diferentes possibilidades de exploração.


OBJETIVOS

Adquirir conhecimentos sobre História, Estética e Linguagem do Cinema;

Analisar e interpretar uma obra fílmica;

Promover a contextualização das obras;

Reconhecer intertextualidades;

Desenvolver estratégias de aplicação dos conteúdos específicos de cada disciplina;

Incentivar a abordagem ao cinema como uma mais valia de conhecimento;

Aprofundar a reflexão crítica.


CONTEÚDOS

O filme como objeto interdisciplinar.

Os Primórdios do Cinema.

Cinema Mudo.

Autor.

Narrativa/Narrativa visual.

Linguagem do cinema.

Banda sonora.


Na equipa de formação e coordenação estão:

Graça Lobo foi Coordenadora do Grupo de Projeto do Plano Nacional de Cinema, nos anos de 2012 a 2014. É coautora e coordenadora do Programa JCE - Juventude/Cinema/Escola da Direção Regional de Educação do Algarve desde 1997/98.

Tendo sido docente dos ensinos Básico, Secundário e Universitário, tem coordenado várias publicações e formações na área do cinema.

É Cineclubista desde 1980 e presta funções na Direção Regional de Cultura do Algarve na área dos serviços educativos, desde 2019.

Isa Catarina Mateus é responsável pelo grupo “Cine-education” da FICC - International Federation of Film Societies e Vice-Presidente da FPCC – Federação Portuguesa de Cineclubes.

A inscrição pode ser feita no site https://avanca.com

domingo, 3 de julho de 2022

FESTIVAL DE CINEMA DE AVANCA SOB O SIGNO DOS “DESLOCADOS”

Filme de mais de 4 horas, rodado durante 16 anos entre a China e o Myanmar, vai ter a sua estreia mundial em Avanca

O 26º AVANCA Festival Internacional
de Cinema, cuja competição decorre entre 27 e 31 do corrente mês de julho, comemora um quarto de século sob o signo dos DESLOCADOS.

O Festival anuncia que os “DESLOCADOS são refugiados, migrantes, retornados, foragidos e até degredados, proscritos, apátridas. Deslocados pela força da ficção, sempre”.

Atentos aos grandes movimentos de deslocação de pessoas em tempo de conflitos desmesuradamente armados, da Síria, da Ucrânia, da África, para só referir os mais visíveis, o Festival de Cinema AVANCA será este ano um espaço da sua visibilidade.

No cinema, os filmes ampliam o conhecimento dos conflitos e a barbárie que sempre fazem gerar. No AVANCA, para além de filmes, os DESLOCADOS serão o tema de trabalho nas Oficinas de Criação Filmica que em cada ano marca este evento.

Estando previsto a exibição de cerca de 130 filmes, entre longas e curtas metragens vindas de países dos 5 continentes, um terá especial atenção dada a sua singularidade.

Ao longo de 16 anos, entre 2005 e 2020, o cineasta chinês Zhandong MA, com produção de Hong Kong, filmou na segunda zona especial do Estado Wa de Myanmar.

Durante a reforma agrária e a Revolução Cultural na China, muitas pessoas fugiram para ali, tornando este no maior ponto de encontro da nacionalidade Han na região. 

Em “Nowhere People” (Pessoas de lugar nenhum) o cineasta centra-se nas mudanças de vida de Li Simei e Vovó Chen após a proibição do cultivo das drogas. Tempos em que os seus filhos não puderam voltar à China e as suas identidades não foram reconhecidas. Um lugar que passou a ser um sistema geopolítico marginalizado, um “enclave” sem identidade. 

Este longo e polémico filme de um cineasta que continua a trabalhar e morar em Chengdu (China),  aborda a política, a história, as drogas e a forma como os indivíduos do "Triângulo Dourado" tragicamente se defendem. As vidas de Li e Chen, que deixaram as suas cidades natais, desaparecem com o curso da história na terra montanhosa que já foi cheia de papoulas no norte de Myanmar. Deslocados que sobrevivem onde o conceito de "nação" é apenas uma ilusão.

Zhandong MA afirma que, “Quando as drogas se tornam um mal geracional, a tragédia individual torna-se um outro "desaparecido" num contexto histórico e geopolítico complexo. Qual é o futuro de um enclave simbólico sem "nome" ou "identidade"? Uma história de sobrevivência desesperada espelha a história de uma nação. Toda a história se torna a "glória" do presente, mas os indivíduos que a carregam, trazem com eles sempre o sofrimento”.

Serão 4 horas e 15 minutos que, em estreia mundial, o Festival de AVANCA irá exibir no Cinema Vida em Ovar, um dos locais onde decorre o festival, na terça-feira dia 26 a partir das 16 horas.

O 26º AVANCA inicia-se no dia 22 e as competições internacionais vão decorrer entre 27 e 31 no Auditório Paroquial de Avanca, no Cinema Vida em Ovar, e com exibições especiais no Cine Teatro de Estarreja e no Espaço Estação.

Organizado pelo Cine Clube de Avanca e pelo Município de Estarreja, o AVANCA tem apoio do ICA / MC, IPDJ, Turismo Centro, Junta de Freguesia de Avanca, Agrupamento Escolar de Estarreja,  Paróquia e das associações de Avanca, contando ainda com o apoio de várias universidades e escolas de ensino superior do país, empresas e outras instituições da região.


terça-feira, 14 de junho de 2022

“AvancaGIGANTES” - UMA MARÉ DE CINEMA DE ANIMAÇÃO EM JUNHO NO ALGARVE


No final do ano escolar, cerca de 1500 alunos do Algarve participam, com os seus professores, num projeto de dinamização educativa e cultural através do cinema de animação.

São exibidos filmes para todas as idades, selecionados por nível de ensino que envolvem os Agrupamentos de Escolas de: Albufeira, João da Rosa - Escola E.B.1 da Cavalinha (Olhão), António Aleixo - Escola do Pontal (Portimão), Vila do Bispo e a Escola Secundária de Loulé.

Há ainda a colaboração dos Municípios de Albufeira e Vila do Bispo.

Este evento no Algarve tem coordenação de Isa Catarina Mateus, com a participação das professoras responsáveis nas escolas: Manuela Jorge, Isadora Mateus, Anabela Gaspar, e Maria do Carmo Chaves.

O “AvancaGIGANTES – Algarve 2022” é um projeto de “cinema para os que estão sempre a crescer”, envolvendo em visionamentos comentados, crianças desde o pré-escolar aos jovens do ensino secundário.

A seleção de filmes reúne curtas de animação oriundas maioritariamente da Europa (Bélgica, Eslovénia, França, Itália, Macedónia, Rep. Checa e Turquia), mas também do resto do mundo (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, EUA, Japão e Singapura).

Vários filmes portugueses integram esta seleção, como “Amo-te Cigarra” de Francisco Lança, a curtíssima “Galope” de Raquel Felgueiras ou o surpreendente filme “A Tua Vez”, que tendo nascido da autoria do cineasta multi-premiado Olhanense Cláudio Jordão, contou ainda com a co-realização de David Rebordão.

Os filmes abordam temáticas que se preocupam com o meio ambiente, com o nosso mundo, mas também com as difíceis e sempre complexas relações humanas e interculturais, bem como com a nossa relação com a arte e o próprio cinema.

O “AvancaGIGANTES”, tendo nascido como um projeto de dinamização educativa e cultural, marca os 25 anos de realização ininterrupta do Festival Internacional de Cinema AVANCA. Curiosamente, neste evento e ao longo dos anos, foram exibidos e premiados alguns dos melhores filmes produzidos por cineastas do Algarve como Bruno Mendes da Silva, Vera Casaca, Hernâni Cabral, Cláudio Jordão e Nelson Martins, entre outros.

250Com o apoio das Federações Portuguesa e Internacional de Cineclubes (FPCC e FICC), da Direção+ Regional de Cultura do Algarve (através do Programa “JCE – Juventude, Cinema, Escola” e do Programa HARPA – História, Artes e Património do Algarve) , da “RBE - Rede de Bibliotecas Escolares”, do Programa PEEA - Educação Estética e Artística, o “AvancaGIGANTES” tem curadoria de António Costa Valente, investigador do CIAC e docente da Universidade do Algarve.

sábado, 9 de abril de 2022

O ÚLTIMO DIA DE CARLOS TAVARES

PRÉMIO AMIZADE 2017 DO FESTIVAL DE CINEMA DE AVANCA


Estávamos em 2017 e o Festival AVANCA comemorava 20 anos de intenso cinema.

Na sessão de abertura de mais uma edição dos “Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia”, entre os premiados do ano anterior, as imagens desses filmes, as palavras de todos os que foram subindo ao palco, a organização do festival atribuiu um Prémio Amizade.

Instituído para marcar a excelência de uma carreira e a amizade, colaboração e empatia com o Festival de Cinema, este foi sempre um prémio que teve o condão de distinguir personalidades e entidades muito diversas mas de extremo significado para o festival.

Em 2017 o Prémio Amizade foi atribuído a um empresário de Avanca, um amigo que ano após ano sempre ajudava e contribuía para a concretização e excelência do evento.

Carlos Tavares subiu ao palco, no ano em que o AVANCA comemorou os seus 20 anos de vida, recebeu o Prémio Amizade do ano e nas suas palavras ficaram espelhadas o seu agradecimento e empenho em continuar a colaboração e participação de sempre.

Tendo emigrado muito cedo, construído uma vida no Canadá, voltou à terra natal onde viu crescer a família, a empresa e onde novos projetos lhe ocuparam os novos dias.

Exímio na arte da carpintaria, foram as madeiras que lhe ocuparam a maior parte da sua vida e a base do seu projeto empresarial.

Agora, num momento em família, um acidente inesperado e a tragédia aconteceu. 

Carlos Tavares deixou o nosso mundo aos 60 anos.

A todos nós, mas sobretudo à família, faltará agora a sua bonança, o sorriso, o saber e a companhia.

O Festival de Cinema AVANCA, que este ano irá comemorar 25 anos e a sua 26ª edição, relembra o momento da atribuição do Prémio Amizade e expressa à família o profundo pesar por este trágico e inesperado momento.

terça-feira, 8 de março de 2022

“FOME DE VIAGEM” LEVA INÊS HOMEM DE MELO À FINAL DO FESTIVAL DA CANÇÃO

Com ascendência em Avanca e Aveiro, atuou no Drive In do Festival de Cinema AVANCA 2020


Inês Homem de Melo acaba de passar à final do Festival da Canção 2022 que a RTP está a promover.

Tendo a sua canção sido escolhida entre as 619 candidatas para uma das 4 vagas para além dos 16 convidados, Inês atuou na segunda semifinal. O conjunto da votação do público e do júri escolheu a sua canção para integrar as 10 canções que chegam à final do Festival da Canção.

É já na noite do próximo sábado dia 12 de março que voltará a ser possível ouvir “Fome de Viagem”.

Inês Homem de Melo é filha de Herlânder Marques, um dos fundadores do Cine Clube de Avanca, e de Helena Homem de Melo, que tendo estudado em Aveiro, tem nesta cidade a sua família.

Seguindo o caminho de seus país e das irmãs, Inês formou-se no Porto em medicina, trabalhando na área da psiquiatria no Hospital Magalhães Lemos.

Tendo paralelamente estudado canto lírico e canto jazz no Conservatório de Música do Porto, cantar tem sido uma companhia incessante da sua vida, onde também as viagens e a aprendizagem das línguas têm sido uma presença crescente. Inês fala fluentemente 4 línguas e tem viajado pelo mundo, tal como toda a sua família.

O tema “Fome de Viagem”, da autoria do compositor Pedro Marques e com letra assinada por Galileu Granito, resulta desta vivência. Cantada em oito línguas, surgindo num momento em que viajar pode ser finalmente um escape para estes dois anos de pandemia, a canção é quase um hino à alegria e ao multiculturalismo.

Em julho de 2020, em plena pandemia, o Festival de AVANCA aconteceu em formato Drive In. Antes das exibições dos filmes no ecrã gigante, aconteceram 4 concertos. Num deles, Inês atuou para uma numerosa audiência que, dentro dos seus carros, pode apitar e fazer sinais de luzes perante o desfiar surpreendente de uma memorável intervenção musical, inédita e premonitória.

Apaixonada pela “world music”, fazendo regularmente concertos, em 2017 gravou um álbum de fados depois de uma experiência a cantar todas as semanas numa conhecida casa de fados em Lisboa. A vida de Inês Homem de Melo tem sido marcada pelos dias passados entre a medicina e a noite pela música, dando continuidade a um pendor familiar onde a arte, as viagens e a medicina são uma presença comum e quase constante.

Inês Homem de Melo, psiquiatra, cantora e artista, com raízes em Avanca e Aveiro, vai subir ao palco do Festival da Canção este sábado e depois, poderá ainda subir ao palco da Eurovisão.

quinta-feira, 3 de março de 2022

A GUERRA RÚSSIA UCRÂNIA CHEGA AOS CINEMAS JÁ ESTE MÊS


“ESQUECIDO” foi premiado no Festival AVANCA

A guerra entre Rússia e Ucrânia começou e  ESQUECIDO é o primeiro filme a chegar aos cinemas portugueses sobre este confronto que tem já um histórico dramático.

Realizado por Daria Onyschenko, uma jovem e premiada realizadora da nova geração de cineastas ucranianas, este é um filme centrado na cidade de Luhansk, na época da sua ocupação por separatistas pró-russos.

No filme, a atriz Maryna Koshkina é uma professora de língua ucraniana, repentinamente obrigada a ensinar russo.

Daniil Kamenskyi, premiado como melhor ator no Festival Avanca, é um estudante adolescente de 17 anos, que ficou órfão entre a guerra, e é agora obviamente um rebelde.

Entre ambos, cresce uma tumultuosa paixão, pelo meio do avançar da ocupação.

No leste da Ucrânia, os confrontos faziam adivinhar a guerra que agora se vive.

Produzido pela Ucrânia e a Suíça, ESQUECIDO, ainda em Work in Progress, foi premiado como “Projeto de Maior Potencial Internacional” no Festival de Odessa.

Entretanto teve a sua estreia mundial na competição oficial do 35º Festival de Varsóvia, tendo sido distinguido com o Prémio Especial.

Em Portugal, estreou no festival AVANCA, onde o filme recebeu uma menção especial e o prémio para o melhor ator.

Na Ucrânia, ESQUECIDO foi o filme de abertura do histórico festival de cinema “Molodist”, tendo a Academia Ucraniana de Cinema distinguiu ESQUECIDO com o Prémio “Fight for Right” e Maryna Koshkina com o Prémio para Melhor Atriz.


Apropriadamente intitulado ESQUECIDO, lida com as muitas vítimas do já longo conflito russo-ucraniano, que acaba de ganhar uma aterradora dimensão. Um filme que penetra nas cidades do leste da Ucrânia, ocupadas por separatistas nas chamadas repúblicas de Oblast, de Donetsk e Luhansk.

A realizadora Daria Onyshchenko, natural de Kiev e formada na escola de cinema HFF de Munique na Alemanha, é já conhecida dos espetadores portugueses.

A sua primeira longa-metragem, EASTALGIA, foi exibida na competição do AVANCA 2013 onde ganhou o Grande Prémio e também o prémio para o melhor ator, o austríaco Karl Markovics, no papel de um velho pugilista. Com produção da Ucrânia, Alemanha e Sérvia, este filme foi uma revelação.

ESQUECIDO é a sua segunda longa-metragem. Em toda a sua filmografia, a Ucrânia e os caminhos de construção da Europa, estão sempre muito presentes.

A estreia do filme deverá decorrer no final do mês de março nos cinemas d todo o país, sendo distribuído pela Filmógrafo.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

ANTÓNIO CAVACAS, TERMINADA UMA “MISSÃO IMPOSSÍVEL”

A animação portuguesa, na esquina dos séc. XX / XXI, perdeu um dos seus melhores timoneiros.

Não consta que António Cavacas alguma vez se tenha preocupado em fazer um desenho ou animá-lo, mas sabemos como soube assumir como missão a força da animação.

Jurista, com um longo passado na banca, chega à Cooperativa Nascente e ao Cinanima e é ali que acontece o encontro modelar com o cinema de imagem a imagem.

De uma entrega total, transportou consigo o rigor da lei e das finanças em cada um dos seus múltiplos passos, ajudando a que Espinho se tenha assumido durante anos, como a centralidade do devir da animação portuguesa.

Sempre presente, longe da ribalta, pugnando continuamente pela verdade dos acontecimentos, ajustando e consertando conflitos, promovendo aproximações, o seu trabalho infindável foi marcante e crucial para que a excelente equipa de trabalho do mais antigo festival de cinema em Portugal, se pudesse manter numa atividade cimeira, inspiradora e reconhecida.

O seu papel conciliador, sempre atento e construtivo, ajudou a manter o Cinanima, mesmo quando forças políticas teimavam aberrantemente em remar para outro lado. 

No site do seu festival, marcadamente se lê:

“Homem culto, leitor assíduo de autores clássicos e contemporâneos, a par de cinéfilo e grande conhecedor do cinema de animação, era pessoa de trato fácil e desprovida de pretensões que nada acrescentariam às suas naturais competências pessoais e aos seus notórios princípios humanistas.

Membro de diversas associações espinhenses, foi no âmbito da Cooperativa Nascente que mais e melhor deu provas das suas capacidades, tendo contribuído decisivamente para a implantação e desenvolvimento desta entidade cultural, desde a década de 80 do século passado.

Aqui exerceu as mais diversas funções e assumiu múltiplas responsabilidades, que aumentaram com a morte de António Gaio, de quem foi colaborador direto durante muitos anos e nas mais variadas áreas da Nascente, em particular no grande desafio anual de garantir a realização de sucessivas edições do CINANIMA, acabando por vir a assumir a direção executiva do Festival durante anos.”

Já nos anos 90 e na primeira década do novo século, António Cavacas trouxe igualmente estes seus princípios de missão para a Cartoon Portugal.

A chegada do Programa MEDIA da Comunidade Europeia teve fortes repercussões no cinema de animação e implicou a criação de um novo vínculo para os animadores portugueses. Em tempos difíceis e recusando a presidência, António Cavacas dinamizou a atividade desta entidade, que nasceu como ponte da animação portuguesa com Bruxelas.

Na altura, todos lhe sublinhámos o poder da palavra seriedade e a justeza do seu compromisso de missão.

Na viragem do milénio, o seu trabalho incansável permitiu a concretização de uma nova animação portuguesa, onde passaram a caber mais autores, mais animadores e onde os filmes se foram multiplicando.

António Cavacas acompanhou e suportou parte significativa desta crucial mudança.

Fez, como sempre tinha feito na sua entrega cívica à sua cidade. Os que, com ele tiveram o privilégio de trabalhar, sabiam que as reuniões tinham um tempo preciso, porque logo de seguida António Cavacas já estaria a correr para os Bombeiros ou outra agremiação para quem a sua presença também era imprescindível.

Tinha 77 anos, uma saúde que se vinha a debilitar e que nos últimos anos o obrigaram a ter de adiar constantemente a presidência do júri do Festival de Cinema AVANCA.

Teria sido esta uma primeira homenagem...